Fonte de pesquisa: Revista National Geographic, fevereiro, 2008. |
Pesquisadores
da Universidade da Califórnia, encontraram os restos de um ichthyosaur anfíbio
na província chinesa de Anhui. A evidência descoberta de ligar o ichthyosaur ,
semelhante ao golfinho, a um passado anfíbio , tornando-se o primeiro exemplar
que marca a transição entre a criatura a terra para o mar . Os ictiossauros
eram répteis marinhos que existiam 250 milhões de anos . Antes dessa descoberta
, não havia nenhuma evidência fóssil do momento em que começou a mover-se para
a vida marinha . ( Nascimento de uma ichthyosaur fossilizado ) As datas de
fósseis de 248 milhões anos atrás durante o período Triássico (250 a 200
milhões de anos ) e mede aproximadamente 46 polegadas.
A descoberta
tem diferenças significativas em relação a ichthyosaur que foi catalogado pela
ciência , este último já totalmente adaptado à vida no mar. O fóssil encontrado
tem barbatanas anormalmente longos , que eram suficientemente flexível para
permitir que a criatura se movendo na terra como se fosse água . Também
presente para permitir pulsos flexíveis arrastado em terra. Além disso , o
ichthyosaur anfíbio tinha um nariz curto que é consistente com os répteis
terrestres , em contraste com a longo Hico , bico , com ictiossaurios que
habitavam os oceanos . Os ossos da criatura são grossas , geralmente associada
a répteis marinhos que estavam fazendo a transição de terrestre para a vida
marinha . A espessura do esqueleto indica que a criatura estava ficando mais
pesado, adaptando-se às águas costeiras duras através de antes de ir para o
mar.
O DILÚVIO BÍBLICO
TEXTO 1:
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TEXTO: 2
O Dilúvio
O Gênesis, a história do dilúvio é uma das poucas que ainda alimenta o interesse dos cientistas, depois que os físicos substituíram a criação do mundo pelo Big Bang e Darwin substituiu Adão pelos macacos. O que intrigou os pesquisadores foi o fato de uma história parecida existir no texto épico babilônico de Gilgamesh - o que sugere que uma enchente de enormes proporções poderia ter acontecido no Oriente Médio e na Ásia Menor. Parte do mistério foi solucionado quando os filólogos conseguiram demonstrar que a narrativa do Gênesis é uma apropriação do mito mesopotâmico. "Não há dúvida de que os hebreus se inspiraram no mito de Gilgamesh para contar a história do dilúvio", afirma Rafael Rodrigues da Silva, professor do Departamento de Teologia da PUC de São Paulo, especialista na exegese do Antigo Testamento.
O povo hebreu entrou em contato com o mito de Gilgamesh no século VI a.C. Em 598 a.C., o rei babilônico Nabucodonosor, depois de conquistar a Assíria, invadiu e destruiu Jerusalém e seu templo sagrado. No ano seguinte, os judeus foram deportados para a Babilônia como escravos. O chamado exílio babilônico durou 40 anos. Em 538 a.C., Ciro, o fundador do Império Persa, depois de submeter a Babilônia permitiu o retorno dos judeus à Palestina. Os rabinos ou "escribas" começaram a reconstruir o Templo e a reescrever o Gênesis para, de alguma forma, dar um sentido teológico à terrível experiência do exílio. Assim, a ameaça do dilúvio seria uma referência à planície inundável entre os rios Tigre e Eufrates, região natal de Nabucodonosor; os 40 dias de chuva seriam os 40 anos do exílio; e a aliança final de Deus com Noé, marcada pelo arco-íris, uma promessa divina de que os judeus jamais seriam exilados.
Solucionado o mistério do dilúvio na Bíblia, continua o da sua origem no texto de Gilgamesh. No final da década de 90, dois geólogos americanos da Universidade Columbia, Walter Pittman e Willian Ryan, criaram uma hipótese: por volta do ano 5600 a.C., ao final da última era glacial, o Mar Mediterrâneo havia atingido seu nível mais alto e ameaçava invadir o interior da Ásia na região hoje ocupada pela Turquia, mais precisamente a Anatólia. Num evento catastrófico, o Mediterrâneo irrompeu através do Estreito de Bósforo, dando origem ao Mar Negro como o conhecemos hoje. Um imenso vale de terras férteis e ocupado por um lago foi inundado em dois ou três dias.
Os povos que ocupavam os vales inundados tiveram que fugir às pressas e o mais provável é que a maioria tenha morrido. Os sobreviventes, porém, tinham uma história inesquecível, que ecoaria por milênios. Alguns deles, chamados ubaids, atravessaram as montanhas da Turquia e chegaram à Mesopotâmia, tornando-se os mais antigos ancestrais de sumérios, assírios e babilônios. Estaria aí a origem da narrativa de Gilgamesh. Essa teoria foi recebida por arqueólogos e antropólogos como fantástica demais para ser verdadeira.
No entanto, no verão de 2000, o caçador de tesouros submersos Robert Ballard, o mesmo que encontrou os restos do Titanic, levou suas poderosas sondas para analisar o fundo do Mar Negro nas proximidades do que deveriam ser vales de rios antes do cataclisma aquático. Ballard encontrou restos de construções primitivas e a análise da lama colhida em camadas profundas do oceano provaram que, há 7 600 anos, ali existia um lago de água doce. A hipótese do grande dilúvio do Mar Negro estava provada.
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TEXTO 3: DILÚVIO BÍBLICO
SOMENTE A CHUVA SERIA INSUFICIENTE:
Embora todos os experts, como historiadores, arqueólogos, metereologistas concordem que se houvesse possibilidade de chover ao mesmo tempo em toda a terra, o nível da água em todo o globo subiria em média apenas 5 centímetros, mesmo que alguns lugares ficassem submerso. Depois disso não haveria mais nuvens, porque precisaria existir o processo natural de evaporação. Por essa razão dentro da naturalidade é impossível existir um dilúvio como o descrito na bíblia e em outros povos. Por isso é preciso salientar que para que esse fato ocorresse como descrito, outros acontecimentos muito forte teriam que ser aliados ao acontecimento, como o terra ter estruturas meteorológicas diferentes das de hoje. Como capa de vapor de água em toda terra, maremotos, tremores, furacões, tempestades, etc.
O DILÚVIO É UM ACONTECIMENTO UNIVERSAL
Os "antropologistas" dizem que há mais de 270 narrativas do dilúvio em povos e culturas diferentes do mundo, e todas elas, coincidentemente, são no início destas civilizações.
Mas não é somente no Oriente Médio onde ficou persistente um dilúvio que assolou a terra. Com a exclusão das culturas africanas, exceto naturalmente a egípcia, que não costumam referirse ao dilúvio, todas as demais têm constância de que em um dado momento de sua história a água supôs um cataclismo que arrasou o planeta e com ele toda a humanidade. Das quatro vezes que segundo o calendário asteca terminou o mundo, uma foi por causa da água. Os índios americanos, os poucos que restam, pensam que o mundo fica velho e vai se gastando paulatinamente, até que as cordas que o sustentam são rompidas e se afunda irremissivelmente .no oceano que o rodeia, de onde voltará a surgir jovem e pujante.
Para a civilização ocidental, a história mais conhecida a respeito do dilúvio é a da Arca de Noé, segundo a tradição judaico-cristã.
O Dilúvio também é descrito em fontes americanas, asiáticas, sumérias, assírias, armênias, egípcias, persas, gregas e outras, de forma basicamente semelhante ao episódio bíblico, porém algumas civilizações se relata sobre inundações em vez de chuvas torrenciais: uma divindade decide limpar a Terra de uma humanidade corrupta, ou imperfeita, e escolhe um homem bom aos seus olhos para construir uma arca para abrigar sua criação enquanto durasse a inundação. Na mitologia judaica, Javé estava disposto a acabar com toda a humanidade, porémNoé foi agraciado por Ele, pois era um varão temente a seu Deus e não se deixou corromper. Após um certo período, a água baixa, a arca fica encalhada numa montanha, os animais repovoam o planeta e os descendentes de tal homem geram todos os povos do mundo.
Dilúvio Judaico
Segundo a Bíblia, Noé, seguindo as instruções divinas, constrói uma arca para a preservação da vida na Terra, na qual abriga um casal de cada espécie animal, bem como a ele e sua família, enquanto Deus, exercendo julgamento sobre os ante-diluvianos (povo de ações perversas), inundava toda a Terra com uma chuva que durararia quarenta dias e quarenta noites. Após alguns meses, quando as águas começaram a baixar, Noé enviou uma pomba, que lhe trouxe uma folha de oliveira. A partir daí, os descendentes de Noé teriam repovoado a Terra, dando origem a todos os povos conhecidos.
Na esfera cultural hebraica primitiva, o evento do Dilúvio contribuiu para o estabelecimento de uma identidade étnica entre os diferentes povos semíticos (todos descendentes de Sem, filho de Noé), bem como sua distinção dos outros povos ao seu redor (cananeus, descendentes de Canaã, neto de Noé, núbios ou cuxitas, descendentes de Cuxe, outro neto de Noé, etc.). No Antigo Testamento, Noé amaldiçoa Canaã e abençoa Sem, o que serviria mais tarde como uma das justificativas para a invasão e conquista da terra dos cananeus pelas Tribos de Israel
Após o período diluviano, procura-se até os dias de hoje os restos da Arca, que segundo alguns historiadores realmente encontra-se no Monte Ararat. Mas não existe como precisar a localização, já que a região é bem acidentada, e vasta.
Dilúvio Sumério
O mito sumério de Gilgamesh conta os feitos do rei da cidade de Uruk, Gilgamesh, que parte em uma jornada de aventuras em busca da imortalidade, nesta busca encontra as duas únicas pessoas imortais: Utanapistim e sua esposa, estes contam à Gilgamesh como conquistaram tal sorte, esta é a história do dilúvio. O casal recebeu o dom da imortalidade ao sobreviver ao dilúvio que consumiu a raça humana. Na tradição suméria, o homem foi dizimado por encomodar aos deuses. Segundo este mito, o deus Ea, por meio de um sonho, apareceu a Utanapistim e lhe revelou as pretensões dos deuses de exterminar os humanos através de um dilúvio. Ea pede a Utanapistim que renuncie aos bens materiais e conserve o coração puro. Utanapistim, então, reúne sua família e constrói a embarcação que lhe foi ordenada por Ea, estes ficam por sete dias debaixo do dilúvio que consome com os humanos. Aqui um techo de tal história:
"Eu percebi que havia grande silêncio, não havia um só ser humano vivo além de nós, no barco. Ao barro, ao lodo haviam retornado. A água se estendia plana como um telhado, então eu da janela chorei, pois as águas haviam encoberto o mundo todo. Em vão procurei por terra, somente consegui descobrir uma montanha, o Monte Nisir, onde encalhamos e ali ficamos por sete dias, retidos. Resolvi soltar uma pomba, que voou para longe, não encontrando local para pouso retornou (…) Então soltei um corvo, este voou para longe encontrou alimento e não retornou." (TAMEN, Pedro. Gilgamesh, Rei de Uruk. São Paulo: ed. Ars Poetica, 1992.)
Dilúvio Hindu
Nas escrituras védicas da Índia encontramos um rei chamado Svayambhuva Manu, que foi avisado sobre o dilúvio por uma encarnação de Vishnu(Matsya Avatar). Matsya arrastou o barco de Manu e lhe salvou da destruição.
Este aviso veio através de um peixe, que foi poupada da morte, que advertiu que se avizinhava um dilúvio de grandes proporções que destruiria a raça humana. Manu construiu uma nave e arrastou-a até o ponto mais alto, e foi assim que ele salvou-se da grande tragédia. Dessa forma ele, fez um sacrifício aos deuses, usando azeite e nata azeda, sobre as águas, de onde da mesma emergiu uma mulher conhecida pelo nome de Filha de Manu, com o qual se uniu e deu início à nova geração da raça humana.
Dilúvio Grego
A mitlogia grega relata a história de um grande dilúvio produzido por Poseidon, que por ordem de Zeus havia decidido pôr fim à existência humana, uma vez que estes haviam aceitado o fogo roubado por Prometeu do Monte Olimpo. Deucalião e sua esposa Pirra foram os únicos sobreviventes. Prometeu disse a seu filho Deucalião que construísse uma arca e nela introduzisse uma casal de cada animal, de forma análoga à Arca de Noé. Assim estes sobreviveram.
Ao terminar o dilúvio, a arca de Deucalião pousou sobre o Monte Parnaso, onde estava o Oráculo de Temis. Deucalião e Pirra entraram no templo, para que o oráculo lhes dissesse o que deviam fazer para voltar a povoar a Terra, e a deusa somente lhes disse:"Voltem aos ossos de suas mães" Deucalião e sua mulher adivinharam que o oráculo se referia às rochas.Destas formas, as pedras tocadas por Deucalião se converteram em homens, e as tocadas por Pirra em ninfas ou deusas menores, por que ainda não se havia criado a mulher.
Dilúvio Mapuche
Nas tradições do povo Mapuche igualmente existe uma lenda sobre uma inundação do lugar deste povo (ou do planeta). A lenda se refere à história das serpentes, chamadas Tentem Vilu e Caicai Vilu.
Dilúvio Pascuense
A tradição do povo da Ilha de Páscoa diz que seus ancestrais chegaram à ilha escapando da inundação de um mítico continente, ou ilha, chamado Hiva.
Dilúvio Maia
A mitologia do povo maia relata a existência de um dilúvio enviado pelo deus Huracán.
Segundo o Popol Vuh, livro que reúne relatos históricos e mitológicos do grupo étnico maia-quiché, os deuses, após terminarem a criação do mundo, da natureza e dos seres vivos, decidiram criar seres capazes de lhes exaltar e servir. São criados então os primeiros seres humanos, moldados em barro. Porém, esses seres de barro não eram resistentes ao clima e à chuva e logo se desfizeram em lama.
Então, os deuses criaram o segundo tipo de seres humanos, à partir de madeira. Essa segunda humanidade, ao contrário da primeira, prosperou e rapidamente se multiplicou em muitos povos e cidades (tudo indica que é nessa época da segunda humanidade que se passam as aventuras dos gêmeos heróis Hunahpú e Ixbalanqué contra os senhores de Xibalba). Mas esses seres feitos de madeira não agradaram aos deuses. Eles eram secos, não temiam aos deuses e não tinham sangue. Se tornaram arrogantes e não praticavam sacrifícios aos seus criadores. Então, os deuses decidem exterminar essa segunda humanidade através de um dilúvio. Ao contrário da maioria dos outros relatos conhecidos sobre dilúvios, nenhum indivíduo foi poupado.
Após a catástrofe, a matéria prima utilizada para moldar os novos seres humanos foi o milho. Foram criados quatro casais, que são considerados os oito primeiros índios quiché. Eles deram origem às três famílias fundadoras da Guatemala, pois um dos casais não deixou descendência.
Dilúvio Asteca
No manuscrito asteca denominado como Código borgia, há a história do mundo dividido em idades, das quais a última terminou com um grande dilúvio produzido pela deusa Chalchitlicue.
Dilúvio Inca
Na mitologia dos incas, Viracocha destruiu os gigantes com uma grande inundação, e duas pessoas repovoaram a Terra (Manco Capac e Mama Ocllo mais dois irmãos que sobreviveram. A religião é um forte elo de ligação entre as várias culturas andinas, sejam elas pré-incaicas ou incas. A imposição do Deus Sol é um forte elemento da crença e dominação através do mental, ou seja daquilo que permanece impregnado por gerações nas concepções e mentalidades destas culturas, adorando o Deus imposto e entendendo ser ele o mais importante. Pedro Sarmiento de Gamboa, cronista espanhol do século XVI, relata como os Incas narravam sua criação e as lendas que eram passadas através da oralidade de geração em geração, desde o surgimento de Viracocha e seus ensinamentos, procurando definir um homem que o venerasse e fosse pregador de seus conhecimentos. Em algumas tentativas de criar este homem, Viracocha acaba punindo-o com um grande dilúvio pela não obediência como comenta Gamboa(2001),: Mas como entre ellos naciesen vicios de soberbia y codicia, traspasaron el precepto del Viracocha Pachayachachi ,que cayendo por esta trasgresión en la indignación suya, los confundió y maldijo. Y luego fueron unos convertidos en piedras y otros en formas, a otros trago la tierra y otros el mar,y sobre todo les envió un diluvio general, al cual llaman uñu pachacuti , que quiere decir “agua que trastornó la tierra”. Y dicen que llovió sesenta días y sesenta noches, y que se anegó todo lo creado, y que solo quedaron algunas señales de los que se convierteron en piedras para memoria del hecho y para ejemplo a los venideros en los edificios de pucara que es sesenta leguas del Cuzco. (p. 40) A narração do dilúvio está presente entre muitos povos e culturas por todo o mundo. O início de tudo, ou seja, a criação, é um fator muito importante para estabelecer relações e explicações sobre o que não se conhece e o que não foi vivido. Assim, os mitos e lendas buscam criar uma ancestralidade, um ponto em comum que defina a origem e o começo do cosmos e tudo existente nele, ou seja, o conhecer de si mesmo, do próprio homem inserido na natureza, buscando sua sobrevivência e continuidade de sua existência e a harmonia com os elementos naturais e sobrenaturais.
Dilúvio Uro
O povo uro (ou uru), que habita próximo ao Lago Titicaca, crê numa lenda que diz que depois do dilúvio universal, foi neste lago onde se viram os primeiros raios do Sol.
Dilúvio Chinês:
Porém onde nos encontramos com uma figura sugestivamente paralela à de nosso bíblico Noé, é na China, onde a água sempre esteve em estreita relação com o nascimento da terra e o gênero humano. Foi o grande herói YÜ, o domador das águas, quem conseguiu que estas se retirassem para ornar, logrando assim que as terras ficassem aptas para o cultivo, contribuindo ao engrandecimento da população. Dos distintos relatos do dilúvio temos o de Fah-le, ocasionado pelo crescimento dos rios ao redor de 2.300 a.C. Mas a tradição mais extensa é a que tem a Nu-wah como protagonista, que se salvou junto com sua mulher, seus três filhos e as esposas destes em uma nave construída para eles e para dar capacidade e salvamento a um par de cada espécie animal que habitava a terra. Tão arraigada está a lenda de Nu-wah que hoje em dia é escrita a palavra "nave" em chinês, representada por uma barca com oito bocas dentro, aludindo aos oito navegantes que foram salvos da catástrofe. Também o Gênesis diz que Noé foi salvo juntamente com outras sete pessoas.
O DESAPARECIMENTO DE ATLANTIDA:
Alguns alegam que o Dilúvio foi a causa do desaparecimento de um grande continente que foi engolido pelas águas. No caso nos vem a mente Atlântida, outros referem-se a Lemúria (Império Mu), que é anterior aos atlantes. De qualquer forma parece que todos os povos falam da fatalidade da humanidade com o elemento água.
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TEXTO 4: DILÚVIO
Recolher os animais para dentro da arca foi a parte mais fácil da tarefa imposta sobre Noé. Seu maior desafio foi prover-lhes acomodações e comida para um ano.
Muitos anos mais tarde Sem, filho de Noé, relatou a Eliezer, servo de Abraão, a história das suas experiências com os animais dentro da arca. Eis o que ele disse:
– Tivemos enormes dificuldades na arca. Os animais diurnos tinham de ser alimentados de dia, e os animais noturnos de noite. Meu pai não sabia que comida dar à pequena zikta. Um dia ele cortou uma romã ao meio e da fruta caiu um verme, que foi imediatamente devorado pela zikta. Dali em diante meu pai moía farelo e deixava até que criasse vermes, que ele usava para alimentar o animal. O leão teve febre o tempo todo, e dessa forma não incomodou os ouros, porque não gostava de comida seca. O animal urshana meu pai encontrou dormindo num canto da embarcação, e perguntou se ele precisava de alguma coisa para comer. Sua resposta foi: “Vi que o senhor estava muito ocupado e não quis incomodar”. Ao que meu pai disse: “Seja da vontade do Senhor abençoá-lo com a vida eterna”, e sua benção se tornou realidade.
As dificuldades aumentaram quando o dilúvio começou a jogar a arca de um lado para o outro. Todos dentro dela eram sacudidos como lentilhas numa panela. Os leões começaram a urrar, os bois mugiam, os lobos uivavam, e todos os animais deram vazâo à sua agonia, cada um com o som que era capaz de produzir.
Também Noé e seus filhos, achando que a morte estava próxima, romperam em lágrimas. Noé orou a Deus:
– Ó, Senhor, ajude-nos, pois não podemos suportar o mal que nos assedia. As ondas erguem-se ao nosso redor, as torrentes da destruição nos aterrorizam e morte olha-nos de frente. Ah, ouça a nossa oração, liberte-nos; incline-se na nossa direção e seja compassivo para conosco. Resgate-nos e salve-nos!
O dilúvio foi produzido pela união das águas masculinas, que estão acima do firmamento, e das águas femininas, que brotam da terra. As águas superiores precipitaram-se no espaço quando Deus removeu duas estrelas da constelação das Plêiades. Depois disso, a fim de parar o dilúvio, Deus teve de transferir duas estrelas da constelação da Ursa para a constelação das Plêiades. É por isso que a Ursa corre atrás das Plêiades; ela quer seus filhos de volta, mas eles lhe serão restaurados apenas no mundo futuro.
Durante o ano do dilúvio houve mudanças nas esferas celestiais. Enquanto o dilúvio durou o sol e a lua não produziram luz, razão pela qual Noé recebeu seu nome, “O do descanso”, pois em seu período de vida o sol e a lua descansaram. A arca era iluminada por uma pedra preciosa, cuja luz era mais intensa durante a noite do que durante o dia, possibilitando assim que Noé distinguisse o dia da noite.
O dilúvio durou um ano inteiro. Começou no décimo-sétimo dia de Chesvan, e a chuva estendeu-se por quarenta dias, até o vigésimo-sétimo dia de Kislev. Essa punição correspondeu ao crime daquela geração pecaminosa. Eles levavam vidas imorais e geraram filhos bastardos, cujo estágio embrionário dura quarenta dias.
Do dia 27 de Kislev até o primeiro de Sivan, um período de cento e cinqüenta dias, a água permaneceu com a mesma profundidade, quinze varas acima do solo. Durante esse período todos os perversos foram destruídos, cada homem recebendo a punição que merecia. Caim estava entre os que pereceram, e assim a morte de Abel foi vingada. Tão poderosa foram as águas em sua destruição que o corpo do próprio Adão não foi poupado em seu túmulo.
Em primeiro de Sivan as águas começaram a declinar, um quarto de vara por dia, e ao fim de sessenta dias, no dia dez de Av, o topo das montanhas ficou visível. Muitos dias antes, no dia dez deTamuz, Noé havia soltado um corvo, e uma semana depois uma pomba, na primeira de suas três saídas, que foram repetidas em intervalos de uma semana.
Demorou do primeiro dia de Av até o primeiro dia de Tishrei para que a água desaparecesse por completo da face da terra. Porém o solo permaneceu tão lamacento que os ocupantes da arca tiveram de permanecer dentro dela até o dia vinte e sete de Chesvan, completando assim um ano solar, que consiste de doze luas e onze dias.
Noé havia experimentado todo tipo de dificuldade para determinar o estado da água. Quando decidiu enviar um corvo, este disse a ele:
– O Senhor, seu mestre, me odeia, e você também me odeia. Seu mestre me odeia porque, embora tenha mandado que entrassem na arca sete pares de animais puros, mandou que entrassem apenas dois pares de animais impuros, grupo ao qual pertenço. Você me odeia, porque não escolheu como mensageiro um dos pássaros dos quais há sete pares na arca, mas escolheu a mim, e da minha espécie só há um par. Ora, suponha que eu morra de calor ou de frio: o mundo não ficaria privado de uma espécie inteira de animais? Ou não será o caso que você tenha lançado um olhar lascivo sobre minha companheira, e quer agora livrar-se de mim?
Diante do que Noé respondeu:
– Infeliz! Sou obrigado a viver separado da minha própria esposa na arca. Quanto menos me ocorreria o tipo de pensamento dos quais você me acusa!
A saída do corvo não teve sucesso, porque assim que viu o cadáver de um homem ele passou a devorá-lo, e não obedeceu às ordens dadas a ele por Noé. Por essa razão foi enviada uma pomba.
Perto do entardecer a pomba voltou com uma folha de oliveira no bico, tirada do monte das Oliveiras em Jerusalém, pois a Terra Santa não havia sido devastada pelo dilúvio. Ao colhê-la, a pomba disse a Deus:
– Ah, Senhor do Mundo, prefiro que meu sustento se mostre amargo como a oliveira, desde que me seja dado pela sua mão, do que, sendo doce, eu seja entregue nas mãos dos homens.
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Lendas dos Judeus é uma compilação de lendas judaicas recolhidas das fontes originais domidrash (particularmente o Talmude) pelo talmudista lituano Louis Ginzberg (1873-1953).Lendas foi publicado em 6 volumes (sendo dois volumes de notas) entre 1909 e 1928.
Escavações numa casa na Guatemala descobrem novo calendário maia que prevê que o mundo continuará por, pelo menos, 7.000 anos mais. Uma equipe de arqueólogos descobriu os calendários astronômicos maias mais antigos de que se tem notícia e que descartam o fim do mundo em 2012, revelou um estudo...
Atlântida (ou Atlantis) é uma lendária ilha – ou continente – cuja primeira menção conhecida é a do filósofo grego Platão, em suas obras “Timeu ou a Natureza” e “Crítias ou a Atlântida”.
De acordo com Platão, Atlântida era uma potência naval, localizada ”na frente das Colunas de Hércules”, e que conquistou grande parte da Europa Ocidental e da África, 9.000 anos antes da era de Solon, ou seja, aproximadamente em 9.600 a.C.. Depois de uma tentativa fracassada de invadir Atenas, a Atlântida teria afundado no oceano “em um único dia e noite de infortúnio”. Os estudiosos ainda discutem se a história de Platão foi inspirada por antigas tradições. Alguns dizem que o filósofo criou a história mediante memórias de antigos acontecimentos, como a erupção de Thera (*) e a guerra de Troia, enquanto outros afirmam que ele se inspirou em eventos mais recentes, como a fracassada invasão ateniense da Sicília, em 415 a.C.–413 a.C.
(*) A erupção minoica de Thera, foi uma catastrófica erupção vulcânica que se estima ter ocorrido em meados do segundo milênio a.C. A erupção foi um dos maiores incidentes vulcânicos registrados na História da humanidade. O espantoso fenômeno devastou a Ilha de Thera (também conhecida como Santorini), incluindo o sítio minoico de Akrotiri, bem como as comunidades agrícolas e áreas em ilhas próximas e na costa da ilha de Creta. A erupção parece ter inspirado certos mitos gregos e pode ter tido repercussão no Egito. Além disso, tem-se especulado que a erupção minoica e a destruição da cidade de Akrotiri inspiraram a história platônica de Atlântida.
A existência de Atlântida foi razão de muitas polêmicas durante a Antiguidade Clássica; no entanto é rejeitada por autores atuais. Alan Cameron comenta que “só nos tempos modernos é que as pessoas começaram a levar a sério a história da Atlântida; ninguém o fez na Antiguidade”. Embora pouco conhecida na Idade Média, a história de Atlântida foi redescoberta pelos humanistas na Idade Moderna. As descrições de Platão serviram de tema para trabalhos de vários escritores da Renascença, como Francis Bacon em “Nova Atlântida”. O assunto ainda inspira a literatura – da ficção científica a gibis – e o cinema. Atlântida tornou-se referência para qualquer suposição sobre avançadas civilizações pré-históricas perdidas.
Na literatura
Segundo Platão, durante suas viagens pelo Egito, Solon conversou com um sacerdote que vivia em Sais, no delta do Nilo, e este teria lhe falado de antiquíssimas tradições ligadas a uma guerra entre atenienses e atlantes. Segundo esse sacerdote, o povo de Atlântida vivia numa ilha, além dos pilares de Heracles, onde terminava o Mar Mediterrâneo e começava o Oceano Atlântico . O homem teria contado que, quando os deuses helênicos partilharam a Terra, Atenas foi dada à deusa Atena e a Hefesto, enquanto Atlântida tornou-se parte do reino de Poseidon, deus dos mares.
Poseidon e Clito
Nas montanhas do centro da ilha vivia uma jovem órfã de nome Clito. Conta a lenda que Poseidon teria se apaixonado pela moça e erguido muralhas de água e fossos em volta da morada da sua amada. Assim, Clito e Poseidon viveram por muitos anos e, desta relação, nasceram cinco pares de gêmeos. O mais velho chamou-se Atlas. Depois de dividir a ilha em dez áreas circulares, Poseidon concedeu supremacia a Atlas, dedicando-lhe a montanha de onde ele exercia o seu poder sobre o resto da ilha.
Em cada um dos anéis reinavam as monarquias de cada um dos descendentes dos filhos de Clito e Poseidon. Reuniam-se uma vez por ano, no centro da ilha, onde o palácio e o templo de Poseidon, com seus muros cobertos de ouro, brilhavam ao sol. A reunião marcava o início de um festival em que cada um dos monarcas caçava um touro. Uma vez caçado, beberiam o sangue do animal e comeriam sua carne, enquanto todos trocavam cumprimentos entre si.
Atlântida seria uma ilha de extrema riqueza vegetal e mineral. Não era apenas magnificamente rica em depósitos de ouro, prata, cobre e ferro, mas também de oricalco, um metal que brilhava como fogo. Os reis de Atlântida construíram inúmeras pontes, canais e passagens fortificadas entre os seus cinturões de terra, cada um protegido com muros revestidos de bronze no exterior e estanho pelo interior. Entre estes brilhavam edifícios construídos de pedras brancas, pretas e vermelhas.
Pouco mais se sabe sobre a Atlântida. Segundo Platão, a ilha foi destruída por um desastre natural – possivelmente um terremoto ou maremoto – cerca de 9.000 anos antes da sua era. Roger Paranhos, em seu livro Akhenaton – A Revolução Espiritual do Antigo Egito, afirma Atlântida foi destruída por um cometa. Essa teoria pode ser confirmada pela hipótese do cometa Clóvis, segundo a qual uma explosão aérea ou um impacto de um ou mais objetos espaciais sobre a Terra, ocorrido entre 12.900 e 10.900 anos atrás, desencadeou uma era glacial e pode ter atingido e submergido o continente.
Diz-se ainda que os atlantes teriam sido vítimas das suas ambições de conquistar o mundo, acabando por ser dizimados pelos atenienses. Outra tradição chega-nos através de Diodoro da Sicília, segundo a qual os atlantes seriam vizinhos dos líbios e teriam sido atacados e destruídos pelas amazonas, as mulheres guerreiras. Segundo ainda outra lenda, o povo que habitava a Atlântida era muito mais evoluído do que os outros da época e, ao prever a destruição iminente, teria emigrado para a África, sendo os antigos egípcios seus descendentes.
Teoria extra-terrestre
Uma das mais polêmicas teorias sobre a Atlântida foi proposta, recentemente, pelo pesquisador e professor Ezra Floid. Partindo do desenho da cidade circular descrita por Platão, Floid propõe que Atlântida, na verdade, era uma gigantesca nave espacial, uma espécie de disco voador movido a hidrogênio e hidromagnetismo, com uma usina central de hidro-forças, chamada de Templo de Poseidon, um imenso OVNI descrito por muitas culturas como A Ilha Voadora (citada no livro Viagens de Gulliver, um romance do escritor irlandês Jonathan Swift.) e relacionada à Jerusalém Celestial descrita na Bíblia (Apocalipse 3, 12), à Purana Hindu que desce do céu e ao Disco Solar dos astecas, maias,incas e egípcios.
Sendo Atlântida uma missão colonizadora extraterrestre, ela teria estado em muitos pontos daTerra, pois se locomovia e se instalava em diferentes regiões. Este seria o motivo pelo qual a localização da ilha ora é imaginada no Mediterrâneo, ora na Indonésia, ora no Atlântico, nos Polos e nos Andes. Atlântida seria a mesma nave descrita na Epopeia de Gilgamesh, dos sumérios. Segundo esta teoria, Atlântida não teria submergido catastroficamente, mas sim intencionalmente, como parte do projeto colonizador que seu povo realizava na Terra. Depois de permanecer algum tempo no fundo do mar, como cidade submarina, o disco-voador atlante teria usado também a hidroenergia de emersão para lançar-se no espaço sideral, provocando, com o seu enorme volume e seu arranque, um gigantesco tsunami circular no oceano onde estaria oculta. Os sobreviventes deste tsunami, depois da tragédia, teriam julgado que Atlântida havia afundado. No entanto, os atlantes apenas teriam voltado para seu sistema natal.
Uma formulação moderna da história de Atlântida e dos atlantes foi feita por Helena Petrovna Blavatsky, a famosa e polêmica fundadora da Teosofia (foto). No seu principal livro, A Doutrina Secreta, madame Blavatsky descreve, detalhadamente, a raça atlante, o seu continente e suas cultura, ciência e religião.
A localização mais recente foi sugerida pela imagem obtida com o Google Earth, por um engenheiro aeronáutico e publicada no tablóide The Sun, mostrando contornos que poderiam indicar a construção de edifícios numa vasta extensão, com dimensões comparáveis ao País de Gales e situado no Oceano Atlântico, numa área conhecida como o Abismo Plano da Ilha da Madeira. Richard Freund, um arqueólogo da Universidade de Hartford, em Connecticut, afirma que um tsunami inundou a antiga cidade.
( Google - Curiosidades)
10 ditadores espantosamente loucos
Ideias loucas ficam ainda mais perigosas nas mãos de chefes de nações. É ainda pior quando tal pessoa é um ditador. Veja, a seguir, alguns ditadores muito malucos:
HUGO CHÁVEZ
Presidente da Venezuela, Hugo Chávez é famoso por suas críticas aos Estados Unidos. Chamou George Bush de “diabo” e garantiu que o terremoto do Haiti foi causado pelos americanos. De acordo com ele. Chávez, Israel está fazendo a mesma coisa que Adolph Hitler fez com os judeus e os EUA são como o Conde Drácula, sempre em busca de sangue e combustível.
BENITO MUSSOLINI
Aliado de Adolph Hitler na segunda guerra mundial, Benito Mussolini foi um ditador terrível. Era chamado de “ll Duce”, (“O Líder, O Condutor”). O prédio de onde ele governava era uma gigantesca estrutura com uma enorme foto sua. Em seu delírio, ele afirmava que faria com que a Itália tivesse novamente a grandeza do Império Romano. Acabou sendo enforcado por rebeldes que o capturaram, juntamente com sua mulher, e passaram a declarar guerra à Alemanha nazista, em 1945.
FERDINAND MARCOS
Ferdinand Marcos foi ditador das Filipinas. Sua esposa, Imelda Marcos, tornou-se famosa por possuir cerca de 3 mil pares de sapatos. Tanto dinheiro era evidentemente roubado do país. Marcos começou como um político democrático, mas logo virou ditador. Foi finalmente derrubado e fugiu para o Havaí, levando 24 barras de ouro. É conhecido como um dos políticos mais corruptos que já existiram, tendo desviado milhões de reais dos cofres públicos do seu país.
ENVER HOXHA
Eis os títulos que Enver Hoxha, ditador da Albânia, deu a si mesmo: camarada, presidente, primeiro ministro, ministro dos negócios estrangeiros, ministro de guerra, comandante do exército popular e outros. Na sua loucura, ele proibiu as barbas, as máquinas de escrever e as TVs em cores. Construiu 750 mil bunkers (construções fechadas e fortificadas) em um pequeno país de 3 milhões de pessoas, com medo de uma invasão por parte da Iugoslávia. Cada bunker era bastante para manter apenas uma pessoa. Hoxha tinha uma forte relação pessoal e grande admiração por outro ditador louco: Joseph Stalin.
NE WIN
Ne Win foi ditador da Birmânia. Como era muito supersticioso, mudou as moedas do país para 15, 30, 45, e 90 – porque eram seus números de sorte. A Birmânia perdeu as suas economias, porque Ne Win acreditava que viveria 90 anos se fizesse isso. Seu delírio fez com que ele mudasse as estradas do país da antiga forma esquerda para a direita, porque estava preocupado com o seu regime comunista se inclinando demais para a esquerda. Dizem que ele tomava banho com sangue de golfinho.
SADDAM HUSSEIN
Saddam Hussein dizia que era a reencarnação do rei babilônico Nabucodonosor. A foto dele estava por toda parte no Iraque: podia ser vista em escritórios, escolas, aeroportos, lojas e até na moeda iraquiana. Ele escreveu um livro, chamado “Zabibah e o Rei”. Na história, ele se apaixona por Zabibah, que representava o povo do Iraque. O marido de Zabibah, que representava os Estados Unidos, estuprava a jovem. Os outros inimigos eram: Hezkel (Israel), Shamil (judeus), e Nuri Chalabi – que representava Ahmed Chalabi, um inimigo pessoal dele.
KIM IL-SUNG
Ele e seu filho Kim Jong-Il eram completamente loucos. Jong obrigou todo mundo, na Coreia do Norte, a usar um crachá com o nome dele. Disse que tinha o poder de transformar areia. Não satisfeito, construiu 30 mil monumentos dele mesmo. O pai estabeleceu o Juche, ou “auto-suficiência”, regime que acabou com as viagens e o intercâmbio cultural entre a Coreia do Norte e o ocidente.
TEODORO OBIANG NGUEMA
Governou a Guiné Equatorial com punho de ferro. Dizem que ele era canibal e comia os testículos dos adversários políticos para aumentar seu poder. Executou o próprio tio e fez tudo para ganhar um Prêmio de Ciência das Nações Unidas em sua homenagem. Em janeiro de 2010, Nguema foi sequestrado, torturado e confessou uma tentativa de golpe de estado, antes de ser morto.
GNASSINGBE EYADEMA
Gnassingbe Eyadema afirmava que era um super-herói. Criou até uma história em quadrinhos, estrelada por ele mesmo. Todas as lojas do Togo tinham sua foto e relógios de pulso de 30 reais com a sua imagem, que aparecia a cada 15 segundos. Morreu em 2005 e foi sucedido pelo filho.
JEAN-BEDEL BOKASSA
Foi ditador da República Centro-Africana. Tinha 17 esposas e 50 filhos. Apesar disso, proibiu a poligamia no país. Em 1979, crianças protestaram depois de terem sido forçadas a comprar uniformes escolares caríssimos numa fábrica de uma das mulheres dele. Por vingança, ele prendeu 180 crianças e as visitava diariamente para agredi-las. Ele realmente tinha algo contra crianças, tanto que esmagou o crânio de cinco filhos com uma bengala. Dizem que ele também teria comido bebês.
CUECÃO DE FERRO
Cavaleiros da Idade Média usavam protetores genitais?
Eduardo Segura
Taubaté, SP
Sim. Era o codpiece, que podia ser de metal ou de couro, segundo Bridget Clifford, responsável pelas coleções de armaduras da Torre de Londres. Mas, em montarias ou durante uma justa, o famoso duelo a cavalo, eles trocavam o codpiece por uma peça mais confortável: "Uma cota de malha [espécie de tecido metálico], mais ou menos como uma minissaia", explica Clifford. O codpiece era removível, o que facilitava para urinar. Afinal, até os heróis têm necessidades.
História da Fogueira de São João
O nascimento de Jão Batista foi anunciado pelo Arcanjo Gabriel sendo o filho da velhice de Isabel e Zacarias( Luc. 1, 5-24). Comemora-se o nascimento desse grande santo, porque o fato marcou o inicio do cumprimento das promessas divinas, João é o filho único do profeta da Antiga Aliança, ele é identificado como Elias, que estava destinado a preceder imediatamente o Messias para preparar o povo de Israel para a sua vinda.
Após a morte de seus pais, João doou todos os bens da família e viveu na austeridade do deserto. Pregou um batismo de conversão e preparou realmente a vinda de Jesus. Foi João quem batizou Cristo no Rio Jordão, quando Deus revelou a divindade de Jesus: "Este é Meu Filho muito amado, no qual encontro o meu agrado". (Mc 1,11).
Curiosidade.
Isabel, mãe de João, estava próxima de a dar a luz, João quando Nossa Senhora foi visita-la e lhe perguntou como poderia ficar sabendo do nascimento da criança, Isabel lhe respondeu que quando João nascesse acenderia uma fogueira bem grande e também mandaria erguer um mastro com uma boneca sobre ele. Assim Nossa Senhora ficaria sabendo que o bebê nasceu.
Por isso se chama "Fogueira de São João".
A origem da cachaça
No começo da colonização do Brasil, a partir de 1530, a produção açucareira apareceu como primeiro grande empreendimento de exploração. Afinal, os portugueses já dominavam o processo de plantio e processamento da cana – já realizado nas ilhas atlânticas – e ainda contavam com as condições climáticas que favoreciam a instalação de grandes unidades produtoras pelas regiões litorâneas no território.
Para que todo esse trabalho fosse realizado, os portugueses acabaram optando pelo uso da mão de obra escrava dos africanos. Entre outras razões, os colonizadores notavam que os escravos africanos eram adaptados ao trabalho compulsório, apresentavam maiores dificuldades para empreender fugas e geravam lucro à Coroa por conta dos impostos cobrados sobre o tráfico negreiro.
No processo de fabricação do açúcar, os escravos realizavam a colheita da cana e, após ser feito o esmagamento dos caules, cozinhavam o caldo em enormes tachos até se transformarem em melado. Nesse processo de cozimento, era fabricado um caldo mais grosso, chamado de cagaça, que era comumente servido junto com as sobras da cana para os animais.
Tal hábito fazia com que a cagaça fermentasse com a ação do tempo e do clima, produzindo um liquido fermentado de alto teor alcoólico. Desse modo, podemos muito bem acreditar que foram os animais de carga e pasto a experimentarem primeiro da nossa cachaça. Certo dia, muito provavelmente, um escravo fez a descoberta experimentando daquele líquido que se acumulava no coxo dos animais.
Outra hipótese conta que, certa vez, os escravos misturaram um melaço velho e fermentado com um melaço fabricado no dia seguinte. Nessa mistura, acabaram fazendo com que o álcool presente no melaço velho evaporasse e formasse gotículas no teto do engenho. Na medida em que o liquido pingava em suas cabeças e iam até a direção da boca, os escravos experimentavam a bebida que teria o nome de “pinga”.
Nessa mesma situação, a cachaça que pingava do teto atingia em cheio os ferimentos que os escravos tinham nas costas, por conta das punições físicas que sofriam. O ardor causado pelo contato dos ferimentos com a cachaça teria dado o nome de “aguardente” para esse mesmo derivado da cana de açúcar. Essa seria a explicação para o descobrimento dessa bebida tipicamente brasileira.
Inicialmente, a pinga aparecia descrita em alguns relatos do século XVI como uma espécie de “vinho de cana” somente consumida pelos escravos e nativos. Entretanto, na medida em que a popularização da bebida se dava, os colonizadores começaram a substituir as caras bebidas importadas da Europa pelo consumo da popular e acessível cachaça. Atualmente, essa bebida destilada é exportada para vários lugares do mundo.
Por Rainer Sousa
Mestre em História
Equipe Brasil Escola
Interpretação do Hino Nacional Brasileiro
(feito por Sônia Maria Trevizan - em 30/06/2012)
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
As margens calmas do riacho Ipiranga ouviu-se um grito
De um povo heroico brado retumbante
Um berro ecoou por um herói para salvar seu povo.
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Os raios resplandecentes iluminam uma liberdade
Brilhou no céu da Pátria nesse instante
No instante da liberdade o céu brilhou forte
Se o penhor dessa igualdade
A garantia de uma população igual no Brasil
Conseguimos conquistar com braço forte
Foi uma conquista quando D.Pedro I ergueu se braço e gritou
Em teu seio, ó liberdade,
Ser livre em todo o seu território
Desafia o nosso peito à própria morte!
Tornar-te livre é uma necessidade que desafia os teus filhos até a morte
Ó Pátria amada
Amo-te Brasil
Idolatrada
Que é venerada como um deus.
Salve! Salve!
Saudamos, saudamos.
Brasil, um sonho intenso um raio
vivido
Uma liberdade sonhada como um raio brilhante.
De amor e de esperança à terra desce.
Que vem com tanta força e amor que clareia todo o seu território.
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
Num céu limpo que parecia sorrir de tão lindo que estava
A imagem do Cruzeiro resplandece
O Cruzeiro do Sul brilha intensamente.
Gigante pela própria natureza
A natureza que fez o Brasil um território grande
És belo, és forte, impávido colosso,
De imenso território, forte e lindo que impõem respeito,
E o teu futuro espelha esta grandeza
Sua grandeza também será refletido no futuro.
Terra adorada
Território amado
Entre outras mil
Será lembrado por muitas outras nações
És tu, Brasil.
O Brasil que será lembrado
Ó Pátria amada
Este país amado
Dos filhos deste solo és mãe gentil
De todos os que aqui nascem o Brasil será a mãe
Pátria amada,
Nação amada,
Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Estará eternamente localizado neste grandioso solo,
Ao som do mar à luz do céu profundo
Com o barulho do mar que parece emendar ao céu sem fim
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Na América sobressai como uma flor que se destaca,
Iluminado ao sol do Novo mundo!
Que engrandecer o céu de um mundo que surge como um novo continente.
Do que a Terra, mais garrida,
Em relação a Terra é um sino pequeno,
Teus risonhos, lindos campos tem mais flores,
Os campos do Brasil com lindas flores que florescem e faz todos felizes,
“Nossos bosques tem mais vida”,
A floresta do Brasil tem mais variedades de vida,
“Nossa vida”, no teu seio, “mais amores”
O seio do Brasil que alimenta com amor, toda a vida que existe nela.
Ó Pátria amada,
Salva a Pátria que amamos
Idolatrada,
Que é venerada como um deus,
Salve! Salve!
Saudamos, saudamos.
Brasil, de amor eterno seja símbolo,
Que o Brasil seja sempre um símbolo de amor para sempre.
O lábaro, que ostentas estrelado,
A bandeira que exibe com orgulho da Pátria.
E diga o verde-louro dessa flâmula
A pequena bandeira da cor da relva (verde, amarelo) que tem no Brasil.
_ “Paz no futuro e glória no passado”
Coloque nesta bandeirola que queremos paz no futuro e um passado
glorioso.
Mas se ergues da justiça a clava forte
Mas se alguém erguer as armas contra o Brasil e for injusto,
Verás que um filho teu não foge a luta
Todos os teus filhos te defenderão com honra, ninguém vai fugir.
Nem teme, quem te adora, a
própria morte
Ninguém terá medo e a defenderá com a própria vida porque ama sua
Pátria.
Terra adorada
Amor a sua terra
Entre outras mil,
No meio de outras nações
És tu, Brasil,
Foi você que escolhi Brasil
Ó Pátria amada
Ter amo minha Pátria
Dos filhos deste solo és mãe gentil
De todos os que aqui nascem, você é a mãe.
Pátria amada.
Amo-te minha Pátria.
Brasil!
Posse do Presidente João Batista Figueredo
https://www.facebook.com/binho.sonbra/videos/874143535967042/
Posse do Presidente João Batista Figueredo
https://www.facebook.com/binho.sonbra/videos/874143535967042/
TESTE: ERRO DOS QUADROS
HISTÓRIA DO BRASIL
1 - O quadro "Independência ou Morte", de Pedro Américo de Figueiredo e Mello, é uma das pinturas clássicas mais cheia de erros de que se tem notícia. Qual desses erros NÃO aparece no quadro?
Dom Pedro montava um cavalo imponente e estava com as roupas impecáveis, como se espera de alguém com o seu posto. | |
As margens do Riacho do Ipiranga foram desviadas para integrar à paisagem | |
A comitiva de Dom Pedro era numerosa, visto que ele vinha de uma viagem longa e importante. | |
Dom Pedro aparece declarando a independência em Petrópolis.
2 - Sobre como os paraguaios foram pintados no quadro "Batalha de Campo Grande", de Pedro Américo de Figueiredo e Mello, está CORRETO informar
3 - Quanto a forma como Tiradentes foi morto, apresentada no quadro "Litografia Tiradentes", de Décio Villares, qual alternativa é VERDADEIRA
4 - Sobre como o famoso bandeirante brasileiro, Domingos Jorge Velho, foi representado no quadro "Domingos Jorge Velho e o Loco-Tenente Antônio F. de Abreu", de Benedito Calixto de Jesus, é CORRETO afirmar
5 - Sobre como os soldados brasileiros foram pintados no quadro "Batalha de Campo Grande", de Pedro Américo de Figueiredo e Mello, está ERRADO dizer
6 - Existe um erro clássico apresentado no quadro "Martírio de Tiradentes", de Aurelio de Figueiredo e Melo. Qual é o ERRO?
7 - Sobre os índios representados no quadro "Desembarque de Cabral em Porto Seguro", de Oscar Pereira da Silva, é CORRETO dizer
8 - Sobre o cenário retratado no quadro "Domingos Jorge Velho e o Loco-Tenente Antônio F. de Abreu", de Benedito Calixto de Jesus, é CORRETO afirmar
9 - De todos os quadros que apresentam a morte de Tiradentes, há um ERRO que só a pintura "Tiradentes Esquartejado", de Pedro Américo de Figueiredo e Mello, apresenta. Qual é?
ENTENDA OS ERROS QUADRO A QUADRO
Batalha de Campo Grande, de Pedro Américo
Imagem: Divulgação/Museu Imperial Petrópolis, RJ
1) Os combatentes se encontravam corpo a corpo e se matavam com a flecha das baionetas, como a imagem mostra, mas num terreno muito mais amplo, nada tão concentrado. Campo Grande é uma vasta planície com aproximadamente 12 quilômetros quadrados, ideal para a cavalaria brasileira.
2) A pintura mostra os paraguaios como índios (dando a eles uma característica de selvagens) e fortes (para ressaltar o heroísmo brasileiro). Os paraguaios não eram tão índios e nem tão fortes: a maior parte das vítimas morreu por fome ou cólera: eram todos esquálidos e desnutridos.
3) Os soldados brasileiros também sofriam disso e não tinham uniformes tão asseados, isso quando tinham uniformes.
Desembarque de Cabral em Porto Seguro, de Oscar Pereira da Silva
Imagem: Divulgação/Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro
1) No quadro, os índios aparecem meio curvados, humildes, e os portugueses, como manda-chuvas fortões. Não era bem assim: depois de meses nas caravelas, os portugueses chegavam sujos, esfarrapados, fracos e doentes. E não mandavam nos índios: tinham que negociar com eles, pedir favores e rezar pra não serem atacados por flechas venenosas.
2) O nativo ou o índio é mostrado eufórico, vibrando pela chegado das naus. No entanto, trata-se de expressões artísticas, pois sabemos pela carta de Pero Vaz de Caminha que os primeiro contatos foram apenas amistosos, mas não eufóricos.
3) A obra aglomera dois momentos distintos. Houve três contatos com os índios antes de Cabral desembarcar. No segundo, Afonso Lopes trouxe dois índios a bordo da caravela, que pernoitaram com os tripulantes e conheceram Cabral (os índios aparecem na pintura, embora o desembarque de Cabral só tenha acontecido no dia seguinte, quando eles já tinham saído do barco e ainda depois da realização da primeira missa no ilhéu). Ao transpor as duas passagens para o mesmo episódio, o pintor elide a precaução tomada pelo capitão ao desembarcar no território, bem como a estratégia que adotou para efetivá-la.
Domingos Jorge Velho e o Loco-Tenente Antônio F. de Abreu, de Benedito Calixto de Jesus
Imagem: Divulgação/Museu Paulista/USP
1) A maioria dos bandeirantes não era branco, mas mameluco - fruto da mestiçagem de portugueses com índias. Por isso, eram bastante parecidos com os índios.
2) Essa roupa de gala só era usada em ocasiões de festas muito especiais, nunca no meio da selva, como o quadro retrata. Os bandeirantes andavam descalços e com roupas para lá de estropiadas e não com roupas e botas de couro limpinhas. Tinham armaduras de couro de anta e camisas de algodão cru. Botas eram artigo de luxo, no máximo para os chefes das expedições: os desbravadores andavam descalços, usando chapéu e colete de couro de anta para se protegerem das flechas. Colares e penas índigenas se misturavam a crucifixos.
3) Os bandeirantes manuseavam tão bem o arcabuz, sua arma de fogo, quanto arco e flecha destreza que aprenderam com os índios. Mas a faca que Domingos Jorge Velho aparece segurando na imagem é fina demais para cumprir seu papel de abrir espaço na mata fechada.
4) É muito pouco provável que ele fosse robusto e gordinho quanto retratado. Acostumados a longas caminhadas, os bandeirantes eram magros. Em alguns casos, quase desnutridos: na selva, comiam pouco e, não raro, passavam fome.
5) A serra retratada ao fundo da imagem é uma fantasia. A visão mais comum para os desbravadores era um mar de árvores, que tinha de ser aberto a golpes de facão.
Independência ou Morte, de Pedro Américo de Figueiredo e Mello
Imagem: Divulgação/Museu Paulista/USP
É o quadro clássico mais cheio de erros de que se tem notícia. Entre sua concepção e seu acabamento, perpassam uma série de interesses políticos, que se relacionam ao declínio da monarquia brasileira e até aos ideais republicanos do pintor, embora este fosse protegido de dom Pedro 2o.
1) Nem Dom Pedro nem a comitiva que o acompanhava vestiam as roupas de gala que estão nas fotos. Com toda certeza, estariam usando trajes mais simples e mais práticos, provavelmente sujos do pó e da lama do caminho., já que eles tinham acabado de subir a serra do Mar, vindo de Santos.
2) A comissão de Dom Pedro não era tão grande quanto pinta o quadro.
3) Dom Pedro não estava montado num imponente cavalo. Para viagens longas, os animais utilizados eram jumentos e mulas. Ele ainda não poderia estar tão exaltado e bem disposto assim como o artista o representa. Afinal, ele havia parado naquele local em função de uma diarréia que o atormentava, devido aos seus excessos alimentares em Santos, na véspera
4) Para que o Ipiranga e suas célebres margens integrassem a paisagem, o pintor "desviou" o curso do riacho. A rigor, ele estaria passando por trás de quem observasse a cena naquele local.
Litografia Tiradentes, de Décio Villares
Imagem: Divulgação/Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro
1) Barba, cabelo cabelo comprido e bigode lembram a imagem de Jesus. Como Tiradentes passou os três anos precedentes de seu enforcamento preso, é bastante provável que os detentos fossem obrigados a cortar barba e cabelo na cadeira. Sem falar que, como Tiradentes era militar, ele nunca deve ter podido usar um cabelo desse tamanho.
2) A corda está entrelaçada no pescoço de Tiradentes, mas está frouxa, não ameaça enforcar. É fina e delicada, bem diferente da que realmente foi usada para a execução.
Martírio de Tiradentes, de Aurelio de Figueiredo e Melo
Imagem: Divulgação/Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro
Este quadro é a representação que ligaria definitivamente a imagem de Tiradentes à de Jesus Cristo. O próprio título da obra toma ares de santidade.
1) Não se sabe se Tiradentes foi enforcado com uma túnica branca ou com seu uniforme militar. É provável que estivesse com a camisola branca, traje típico dos condenados, mas pode ser que vestisse uniforme por tradições militares.
2) Como incorretamente pintado no quadro "Litografia Tiradentes", de Décio Villares, é bastante provável que Tiradentes não tinha barba e cabelo tão grande. Era comum que os detentos fossem obrigados a cortar barba e cabelo na cadeira. Sem falar que, como Tiradentes era militar, ele nunca deve ter podido usar um cabelo desse tamanho.
Tiradentes Esquartejado, de Pedro Américo de Figueiredo e Mello
Imagem: Divulgação/FUNDAÇÃO MUSEU MARIANO PROCÓPIO MG
A aparência de Tiradentes era outra (como já explicado nos demais quadros) e as partes de seu corpo nunca foram expostas dessa forma.
Como os maias sabiam tanto sobre astronomia?Eles conheciam mais do que os europeis na época. Como é que chegaram lá?
Por Tiago Cordeiro
Enquanto estiveram no auge, entre os anos 200 e 900, os maias, que habitaram a América Central, foram uma das civilizações mais cabeças do planeta. Seus conhecimentos matemáticos e de astronomia estavam não apenas à frente de todos os outros povos vizinhos, mas também dos chineses e dos europeus.
Eles eram craques da matemática e foram os únicos, em todas as Américas pré-descobrimento, que desenvolveram um sistema completo de escrita. No ano 325, eles já dominavam o conceito de zero, coisa que os europeus só descobriram e começaram a usar cerca de 700 anos depois.
Eles também eram excelentes observadores do céu. Em várias cidades maias, como Palenque, Sayil e Chichén Itzá, os centros astronômicos ocupavam áreas centrais. O Caracol, de Chichén Itzá (à direita), foi construído por volta do ano 1050, tinha 22,5 metros de altura e era dedicado ao deus da chuva, Chaac.
Cruzando a matemática com a observação, os maias conseguiram conhecer, com uma precisão espantosa, a duração dos ciclos lunar, solar e do planeta Vênus. Eles calcularam que Vênus passa pela Terra a cada 583,935 dias – algo espantosamente próximo do número considerado correto hoje, que fica entre 583,920 e 583,940. Também definiram que o ciclo lunar dura 29,53086 dias (atualmente os astrônomos falam em 29,54059).
Os maias registraram que o Sol completa seu ciclo em 365,2420 dias, enquanto que na atualidade esse número está definido em 365,2422. Com base nesses conhecimentos, eles criaram um conjunto de calendários complexos e interligados que, juntos, formavam um dos sistemas de contagem do tempo mais precisos de sua época.
Hoje sabemos que os maias estavam certos em seus cálculos. Mas como foi possível que eles avançassem tanto sem usar nenhum tipo de lente?
Entre os europeus, a astronomia só começou a avançar mais rápido lá pelo século 17, quando Galileu Galilei se apropriou da invenção do telescópio, registrada pelo fabricantes de lentes holandês Hans Lippershey, para olhar para o espaço. É difícil saber como os maias chegaram a essas conclusões porque, enquanto Galileu localizava manchas no Sol e identificava o planeta Júpiter, os espanhóis se empenhavam em destruir a civilização maia.
Como os maias não tinham um reino unificado, foi um processo lento, em que cada cidade-Estado caiu sozinha. A última, Tayasal, foi derrotada em 1697. Todas elas foram saqueadas e tiveram bibliotecas e templos queimados. “Não conhecemos as pesquisas deles em detalhes, porque os espanhóis destruíram tudo o que encontraram pela frente. É certo que o que sobrou é apenas um resíduo do conhecimento que eles tinham construído”, diz o antropólogo americano Marcello Canuto, professor da Universidade Yale, nos EUA.
Poucos documentos resistiram. O mais importante deles é o Código Dresden, um manuscrito que reúne praticamente tudo o quesabemos sobre os conhecimentos matemáticos e astronômicos deles. Nesse texto de 39 folhas, escritas dos dois lados, encontram-se não só a descrição de rituais religiosos mas também os cálculos para a previsão de eclipses e as conclusões a respeito do ciclo de Vênus – que funcionava como uma referência para a data das colheitas e para a escolha
da época mais favorável para guerrear.
Curosidade: Calendários marcavam datas de festas e sacrifícios
Os maias tinham uma maneira curiosa de registrar o tempo. Mais do que simplesmente contar os dias, seus calendários tinham a função de identificar as datas propícias para cada atividade. Os pesquisadores sabem que, a partir de combinações matemáticas, eles faziam uma espécie de prognóstico astrológico para prever o que iria acontecer numa determinada data. Dependendo dessa previsão, o dia podia ser reservado para o trabalho na colheita ou para rituais religiosos, quase sempre acompanhados de sacrifícios aos seus deuses.
Por que o sobrenome Silva se tornou tão comum no Brasil?
No Império Romano, o nome era um apelido que designava os habitantes das cidades provenientes da selva. No século I a.C., quando os romanos invadiram a Península Ibérica, muitos lusitanos acabaram incorporando a alcunha. Quinze séculos depois, quando chegaram ao Brasil, grande parte deles tinha o sobrenome Silva. Sua difusão acabou sendo incrementada pelos escravos, que chegavam aqui com apenas um nome, escolhido por padres durante as viagens nos navios negreiros. Com a abolição da escravatura, eles passaram a se registrar com o sobrenome dos seus antigos donos.
O lingüista Flávio di Giorgio, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, lembra outro fator que pode ter ajudado a popularizar o Silva. Segundo ele, os portugueses que atravessavam o Atlântico recebiam acréscimos ao sobrenome original. “Quem ficava no litoral incorporava o Costa; quem ia para o interior ganhava o Silva, de selva”, explica. Como a maioria dos escravos era de fazendas do interior, o Silva se espalhou ainda mais após a abolição.
CARNAVAL NO RIO DE JANEIRO DE 1955. |