domingo, 19 de outubro de 2014

Calada da noite




É na calada da noite, que os fantasmas criam vida,
Ponho-me a procurar soluções para os problemas,
Procuro encaixe para as porcas e o parafuso, nada,  
As horas vão passando e eu não encontro meios, só duvida...

É como querer acertar o alvo
com a flecha apontada para cima.
Então escrevo, são meras palavras sem nexo, nem importância alguma, inúteis?
Frases confusas, rimas dissonantes.

O meu grito ninguém ouve,
o que eu sinto ninguém quer saber,
para abafar a confusão da mente...
só me resta escrever.

O que escrevo não importa, são frases soltas,
Minha mente esta confusa, em turbilhoes?  Talvez...
O que importa é que o dia vem raiando,
Eu continuo pensando, a insônia aumentando, as frases soltas continuam borbulhando,
Soluções, nenhuma? Quem me entende? 
Nem eu, só sei que hoje, mais tarde, estarei sonolenta,
Por uma noite mal dormida, esquecida como tantas outras que ainda virão no calar da noite.

Autor: Sônia Maria Trevizan - 20/10/2014