Conhecimentos Históricos (Pré-História)

EU, VIVENDO A HISTÓRIA





Páginas retirada do livro:
História e Consciência do Mundo, Autor: Gilbrto Cotrim, 1999
págs.: 10,11,12
A incógnita do tempo
                                      Uma dúvida curiosa




Vivendo o futuro

ultrapasso o presente

Temo o passado e penso

que talvez não seja assim

Esse futuro que vivo

passa-me também a assombrar

O passado ausente um dia

foi meu futuro

mas no momento vivente

o melhor a fazer é aceitar o presente.

Ele que já foi o futuro

esta à alguns passos

de se tornar o saudoso passado.

Então fico aqui

achando esse pensamento maduro

na incógnita do tempo com

uma dúvida curiosa

com o que será melhor se preocupar

Passado, presente ou Futuro???
 ( texto de Nayara Hellen Trevizan - 2003 7ª série)
História e Tempo


A História estuda a vida humana através do tempo. Estuda o que os homens fizeram pensaram ou sentiram enquanto seres sociais. " História é a ciência do passado e do presente uma e outro inseparáveis."
Tempo: pode ser série ininterrupta e eterna de instantes, ou medida arbitrária da duração das coisas, ou ainda, época determinada, ao medir este tempo estamos periodizando a História, que até pouco tempo se dividia em períodos: antiga, média, moderna e contemporânea, baseada na história da Europa, mais o tempo da história não foi igual em todos os continentes. Então podemos nos orientar pelos europeus, mais analisar cada continente como foi se dando os fatos e a evolução de seus habitantes, nós escrevemos a história, cada ser  humano tem uma história de vida, é como se diariamente fôssemos acrescentando fatos, em folhas em branco e a cada dia temos uma página escrita .


Minha História ( Sônia Maria Trevizan) 3 momentos importantes e distintos de minha vida:
                                
 Eu com 9 meses - julho /1953
Minha mãe muito jovem (+ ou - 1940 a 1950)
Eu e uma tia avó de 84 anos (20100
Meu filho (abril de 1979) com meu Pai (falecido em 1986)
e 2 sobrinhos: Washington  (maior) e Wellington (menor)


O tempo não para, esta expressão é muito usada,  por que temos a certeza que não voltamos a ser bebê, ou parar o dia, por não querer que acabe. Sempre haverá um novo amanhã e um futuro que com certeza envelhecemos. Desde as mais antigas civilizações, os primeiros povos percebiam essa passagem do tempo observando astros e a natureza, aprenderam a calcular as horas, os dias e as noite.As diferentes fases da lua, o movimento das águas (rios e mares), as mudanças das estações do ano, a posição do sol e estrelas viam as sombras das árvores que iam se deslocando na medida que o dia ia transcorrendo e anoitecia, depois o processo se retomava e que todos os seres nasciam, cresciam e morriam;  também observavam dias secos e dias chuvoso, as melhores épocas para o plantio,para a colheita e para as orações. 
Apesar das diferenças entre os diversos calendários do ocidente e do oriente a maior parte considerou os ciclos dos astros e se organizaram para determinar e medir o tempo.


ATIVIDADE PROPOSTA:

- Solicitar que o aluno traga xerox de fotos que marcaram épocas de sua vida. Cole em seu caderno e escreva a história delas, o que ela representa em sua vida.






NSTRUMENTOS DE MEDIR O TEMPO:


relógio de sol

ampulheta



clepsidras 



lamparina


vela relógio
Os relógios mais antigos que se tem noticia são os de sol, criados pelos egípcios (4.000 anos a.C), depois os homens criaram as ampulhetas, as clepsidras, as lamparinas graduadas e as velas relógio, que funcionavam com os recursos da natureza como: a luz, a água, a areia, etc. Muitos grupos  indígenas brasileiros associavam os fenômenos da natureza as diferentes atividades agrícolas e ao ciclo de reprodução dos animais.




CALENDÁRIOS


Calendários são convenções, ou seja, as sociedades em diferentes épocas, utilizavam critérios próprios para marcar: o dia, o mês, o ano. Existem vários tipos de calendários que varia de acordo com cada povo que o relacionam a fatos importantes de sua cultura.


SUCESSÃO DE DIAS

Um dia vai, o outro logo vem,
O hoje vira ontem, é passado.
Um amanhã, um futuro,
será hoje, um presente inesperado.

Presente, são presentes da vida.
Um passado todos possuem,
vivemos na sucessão de dias, de ida...
A volta será futuro, que a Deus pertence também.

Se pararmos pra pensar,
ideias que vão e voltam, numa sucessão de lembranças,
de coisas boas em nossas vidas,
que esquecer não faz bem e nos dão esperanças.

Em nossas mentes são armazenadas,
recordações, momentos, difíceis de se esquecer.
Os ruins são deletados.
E nossa vida transcorre bem, só por isso já vale a pena viver!

Autora: Sônia Maria Trevizan - 14/12/2010.
Mitos sobre a origem da vida
" Em todas as épocas e lugares, os homens sempre buscavam uma explicação para a origem do mundo!
E, por isso mesmo, sempre tiveram muito medo de que um dia ele acabasse! Na Bíblia, por exemplo, está escrito que Deus criou o mundo em apenas seis dias e descansou no sétimo e no último livro do Novo Testamento temos profecias terríveis sobre o destino da humanidade, como aquela que nos diz que o mundo pode terminar em um grande incêndio (o 'apocalipse'). Os, maias, no entanto, acreditavam que o mundo já havia sido criado, destruído e recriado várias vezes. E eles não viam nisso o 'fim dos tempos', pois haviam elaborado um calendário baseado na ideia de ciclos da natureza e da história [...] os deuses bons e maus é que comandavam os ciclos de criação e destruição do mundo. Você pode concluir, então, que os calendários sempre foram um instrumento muito importante para que as religiões de diferentes povos fixassem a 'origem do mundo'e o 'começo dos tempos'. Com isso, procurava-se explicar a história daquele povo sobre a Terra".
(TURAZZI, Maria Inez e GABRIEL, Carmem. 
Tempo e História, São Paulo, Moderna, 2000.)

Os calendários foram criados pelas sociedades para marcar não somente a passagem das estações do ano, mas também os acontecimentos mais importante de sua história.
O calendário que é utilizado no mundo atualmente é o gregoriano, conhecido como caldário cristão. Sendo inteiramente solar, baseado no movimento de rotação da Terra em torno do sol, tendo sua origem no Império romano, sendo chamado juliano que tinha 365,25 dias, sua reforma foi encomendada pelo Papa Gregório XIII (1502 a 1585), procurando a aproximação no calendário solar, que é 365 dias, 5 horas e 49 minutos. O novo calendário instituiu o ano bissexto de 366 dias de 4 em 4 anos, sendo que o mês de Fevereiro tem 29 dias e o início do ano é 1º de Janeiro. 
  • o dia é o movimento de rotação da terra (giro em torno de si própria de seu eixo);
  • o ano é o movimento de translação (movimento completo da terra em torno do sol).
Como você pode imaginar não foi possível universalizar uma medida de tempo,não foi tarefa fácil, nem igual para todos os povos.
Temos os seguintes calendários:
  • Judaico consideram o inicio no ano 3761 ( a.C), do calendário cristão, que Deus criou o universo, estão no ano de 5771  (dias atuais), não consideram o nascimento de Cristo, ainda esperam o Messias; 
  • Cristão:: Para os cristãos o fato mais significativo foi o Nascimento de Jesus Cristo que separa as era antes Cristo (a.C.) e depois de Cristo (d.C.) não sendo necessário utilizar esta sigla. 

-  antes de Cristo é contado de forma decrescente: : do maior para o menor, ex:
-- se a pessoa nasceu em 1950 a.C, então morreu em 1840 
maior                   menor
1950 a.C. <______> 1840 a.C.

- depois de Cristo é contado de forma crescente, do menor para o maior, ex
          __ uma nasceu em 1922 e morreu em 1986
menor                        maior
1922 d.C. <______> 1986d.C.
                                  
  • Muçulmano: marco inicial é a fuga do profeta Maomé de Meca para Medina que morreu no ano 622 do calendário cristão
    Linha do tempo Cristão:
    3760______________________________0________________________2010
     criação               antes de Cristo         Nascimento      depois de Cristo       
     do universo                                               de                                                                                                       
                                                                 Jesus Cristo


    Linha do tempo do Calendário Judaico:


    1_________________________________0__________*_____________5771
                                                                     3761                4382


    Linha do tempo islâmico:


    3235_____________________________622_________1_____________ 1432
                                                                                                         
    O Calendário Judaico:
    "No calendário civil, o dia começa à meia noite e vinte e quatro horas se contam a partir dai. Já no calendário judaico, o dia começa e termina ao por do sol. No calendário judaico,  uma pessoa nascida às nove horas da noite da quinta feira, dia 1º de janeiro de 1981 é considerado como se tivesse nascido na seta feira  26 de tever de 3741, que corresponde a 2 de janeiro de 1981. (...)"
                    (KOLATCH, Alfred j.Livro judaico dos parques, São, Editora e Livraria Séler, 1997)  
    ATIVIDADES PROPOSTA:


    - Construa com os alunos uma linha do tempo colocando:
    • 4000 a.C - invenção da escrita: 
    • Nascimento de Jesus Cristo
    • ano do nascimento do aluno(a)
    • ano atual.



    A CRONOLOGIA CRISTÃ


    Na cronologia cristã os anos foram agrupados em múltiplos de dez:
    1 década    = 10 anos
    1 século     = 100 anos
    1  milénio   = 1.000 anos

    A história não é linear, numa mesma época podem coexistir grupos sociais em diferentes situações. No Brasil, por exemplo, há grupos indígenas que vivem isolados na mata, não tem luz elétrica, água encanada e esgoto; também, há grupos que possuem altas tecnologias.

    Índios que vivem da natureza
    O uso da tecnologia pelos índios.
    CRONOLOGIA DA ERA CRISTÃ:     

     Séculos                     anos                              Séculos                       anos

    I
    1
    a
    100

    XI
    1001
    a
    1100
    II
    101
    a
    200

    XII
    1101
    a
    1200
    III
    201
    a
    300

    XIII
    1201
    a
    1300
    IV
    301
    a
    400

    XIV
    1301
    a
    1400
    V
    401
    a
    500

    XV
    1401
    a
    1500
    VI
    501
    a
    600

    XVI
    1501
    a
    1600
    VII
    601
    a
    700

    XVII
    1601
    a
    1700
    VIII
    701
    a
    800

    XVIII
    1701
    a
    1800
    IX
    801
    a
    900

    XIX
    1801
    a
    1900
    X
    901
    a
    1000

    XX
    1901
    a
    2000





    XXI
    2001
    a
    2100


    PASSO A PASSO DE CÁLCULO DOS SÉCULOS:

    Os séculos são marcados em algarismos romanos (Recordar os algarismos romanos).
    Os anos terminados em 00 conserva-se os dois primeiros algarismos, ex:
    • 1100    séc.   XI (11)
    • 1700    séc.   XVII (17)
    • 500      séc.   V (5)
    • 2000    séc.  XX (20)
    Anos que terminam em 01 a 99, calcula-se assim:
    1445 isolamos os 2 últimos algarismos, no caso (45)
    sobra o 14 que + 1= 15 ou seja, século XV
    1763 isolamos os 2 últimos algarismos, no caso (63)
    sobra o 17 que + 1 = 18 ou seja, século XVIII

    Para o processo inverso: temos o século e queremos saber o ano:
    Ex: séc. XVI (algarismo romano que é 16)
    pegamos o 16 e acrescentamos 00 = 16 00, ou seja, 1600, isto quer dizer que o século termina em 1600, então o inicio do século 16 é 1501, então este século fica entre os anos 1501 a 1600.
    resultado: séc. XVI = 1501 a 1600

    ATIVIDADES PROPOSTA:


    1) Complete:
    a) O século XXI iniciou-se no ano de ......... e terminará no ano.........
    b) O terceiro milénio começou no ano de ........... e terminará no ano de ............
    c) São três os calendários citados no texto: ....................., ........................... e ............................


    2) Ligue os Séculos aos anos:
          


    IV


    1101 a.C. a 1100 a.C.








    XI a.C.


    1801 a 1900









    XIV


    301  a  400









    XV a.C.


    1301 a 1400









    XIX


    1401 a.C. a 1500 a.C.

    3) Calcule os séculos dos seguintes anos:
    476a.C.
    1888
    1789
    706 a.C.
    1235
    1700
    200
    2005
    2100
    1372


    4) Enumere a 2ª coluna pela 1º

    ( 1 ) 1301 a.C a 1400 a.C

    (   ) Século IV
    ( 2 ) 301 a 400


    (   ) Século XXI
    ( 3 ) 901 a.C.a 1000 a.C.

    (   ) Século XIII a.C.
    ( 4 ) 1701 a 1800


    (   ) Século XVIII
    ( 5 ) 2001 a 2100 


    (   ) Século X a.C.







    FONTES HISTÓRICA

    Fontes Históricas: São todos os vestígios deixados por vidas passadas e que são estudadas por historiadores,  se tornam fonte a partir de estudos realizados é através deles que se aprende sobre o passado e produz documentos sobre suas conclusões


    (digitalização da pág.16 do livro História das cavernas ao terceiro milênio
    doa autores: Patricia Ramos Braick e Myriam Becho Mota, ed.Moderna, 2006
    (digitalização da pág.17 do livro História das cavernas ao terceiro milênio
    doa autores: Patricia Ramos Braick e Myriam Becho Mota, ed.Moderna, 2006
    bureka: tipo de pastel de queijo ou de carne.
    Sabá: sétimo dia da semana para os israelitas. Dia que testemunham a fé em Deus

    (Livro Porta Aberta de Mirna Lima 4ª série)
    A partir do século XIX (1801 a 1900) , os principais documentos utilizados pelos historiadores eram os escritos,sobretudo os oficiais emitidos pela administração: Certidão de Nascimento, Atestado de óbito, Acordos diplomáticos, Cartas, Leis, etc..Eles davam muito valor a estes documentos e achavam que eram verdades absolutas sobre o passado, hoje eles não acreditam mais em "verdade absoluta", dando várias versões para o mesmo documento e que cada elemento que participou do acontecimento tenha a sua verdade.. No lugar das verdades entram as perspectivas, as quais são parciais e podem mudar, porque cada um olhou o acontecimento e avaliou sob seus critérios e interesses. 


    O TEMPO NA HISTÓRIA

    De maneira igual na vida das pessoas, o tempo da história em sua base de estudo, pode ser dividido em períodos ou fases. A divisão da história mais conhecida é aquela criada pelos historiadores (denominação para professores e estudiosos de história) de origem europeia, que formularam o estudo de um período “pré–história”,isto é, antes da história propriamente dita, e quatro fases da História da humanidade. Inicialmente, na sua primeira ideia, a história é desenvolvida em seu estudo a partir do princípio do surgimento do homem sobre a Terra. Com base na formação da humanidade, ela é dividida entre períodos conhecidos como Pré-História e História.

    LEITURA COMPLEMENTAR


    ATIVIDADE PROPOSTA:


    __ Escrever um diário de um dia de sua vida.





    A Era dos Dinossauros 
     
    'Dinossauro' é a denominação comum para qualquer grupo de criaturas répteis, já extintas, que andaram pela terra por mais de 160 milhões de anos. A palavra se deriva do Grego deinos (terrível) e sauros (lagarto). 
    Contrariando as imagens exibidas no cinema, os dinossauros jamais comeram os homens. De fato, nenhum humano jamais viu um dinossauro. Eles desapareceram há mais de 60 milhões de anos e o Homo sapiens chegou no planeta há apenas 40.000 anos. 
    Os dinossauros viveram através de Era Mesozóica, que se estendeu desde aproximadamente 245 milhões a 66 milhões de anos atrás. A Era Mesozóica é dividida em 3 períodos:
    ·                                 Período Triássico (há 245 a 208 milhões de anos)
    ·                                 Período Jurássico (há 208 a 114 milhões de anos)
    ·                                 Período Cretácico (há 114 a 66 milhões de anos)
    Da enorme evidência fóssil existente, os cientistas determinaram que os dinossauros foram a forma dominante de vida animal terrestre através da Era Mesozóica. Houve um contínuo revezamento entre as espécies de dinossauros. Algumas espécies viveram através dos três períodos, outras através de dois ou apenas um período. Quando os dinossauros apareceram pela primeira vez, há 230 milhões de anos, mais ou menos na metade do Período Triássico, a Terra era um lugar muito diferente. Havia somente uma massa de terra, conhecida como Pangaea, lugar onde dizem ser ocupado pela África atualmente. Cadeias de montanhas como os Himalayas e os Alpes ainda não se haviam formado e a vida das plantas se limitava a coníferas, cycads e samambaias. Os primeiros dinossauros podiam andar livremente por este 'supercontinente' rodeado por um enorme e calmo oceano.
     
    Uma imagem de dinossauro no Aquário de São Paulo.
    Eu próximo a uma decoração de parede. Aquário de São Paulo
    Uma cabeça de um Dino. Aquário São Paulo.
    Minha neta Eduarda na mesma parede do Aquário em São Paulo.
    Esqueleto artificial no Aquário de São Paulo.
    Um dinossauro montado no Aquário de São Paulo. 
    O esqueleto do dinossauro.
    ATIVIDADES PROPOSTAS:
    1) Jogo de sete erros:
    a) procure os sete erros na gravura.
    b) pinte os 2 desenhos iguais
    c) Responda:
    Esta cena podia mesmo ter ocorrido? Explique.












    1. O Momento Pré-Histórico


    Para estudar o mais longo período da história da Humanidade, a  pré-história, teve início com o surgimento do homem e terminou com o aparecimento da escrita (por volta de 3500 a.C.), o critério adotado para o estudo deste período foi baseado nos artefatos de pedra. e de metal , encontrados pelos arqueólogos. Nesse período não existiu registros de uma escrita, onde então seria uma fase da história da humanidade que é estudada através de documentos não escritos. 


    A base da Pré-História é ainda hoje estudada  tendo como fonte as pinturas e desenhos encontrados em cavernas, ossadas, restos de armas e utensílios: destaca-se à presença de materiais lícitos, isto é, feitos em pedra ou petrificados (fósseis), assim como para as pinturas rupestres.


    Retirado do Livro: História - Projeto RADIX / 6º ano
    A Pré - história foi dividida em três grandes períodos:
    • Idade da Pedra Lascada ou Paleolítico que vai da origem do homem até cerca de 10 mil a.C.;
    • Idade da Pedra Polida ou Neolítico que vai de 10 mil a.C. até cerca de 6 mil a.C.;
    • Idade dos Metais, que são os dois últimos milénios que antecedem com o aparecimento da escrita, por volta de 3500 a.C.. Alguns grupos substituíram a pedra pelo metal, como o bronze e o cobre
    Livro: História, autor Divalte, Vol.Único, Ed.Ática, São Paulo, 2009

    2. O período Histórico


    A história tem início com o aparecimento dos primeiros registros em forma de linguagem escrita,o que atestaria para a nova evolução no interior das sociedades primitivas do Homem. Assim sendo, a base de  seu estudo é realizado através de documentos escritos, assim como também pela presença de outros elementos materiais, os quais representariam as formas de documentos não escritos.

    Seguindo depois a maneira tradicional de origem dos estudos europeus ou ocidentais, a história é dividida em quatro períodos denominados como sendo as Idades da sociedade humana: 
    Idade Antiga ou Antiguidade inicia com a invenção da escrita até a queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C.;
    idade Média ou Medieval: Vai desde a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.), até a queda do Império Bizantino ou Império Romano do Oriente, com a tomada de Constantinopla em 1453;
    idade Moderna se inicia com a tomada de Constantinopla pelos árabes até a Revolução Francesa em 1789;
    Idade Contemporânea começa em 1789 com a Revolução Francesa até os nossos dias de hoje.


    ATIVIDADES PROPOSTA:


    1) Coloque F se for falso e V se for verdadeira as sentenças:
    (    ) A História está dividida em duas etapas: Pré-história e História.
    (    ) A pré-história inicia quando o homem aprende a escrever.
    (   ) A Idade Contemporânea é um dos períodos da História, que se inicia em 1789, com a Revolução Francesa até os dias de hoje.
    (    ) A Idade Média é também chamada de Idade Moderna.
    (    ) A pré-história é dividida em: Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais.


    2) Responda:
    a) Quando ocorreu o aparecimento da escrita?
    b) Qual é o mais longo período da pré-história?
    c) Leia o texto "Perigo nas cavernas" e faça um pequeno comentário.





    A EVOLUÇÃO HUMANO


    Há muitos e muitos anos, há tantos anos que nem você nem eu, ninguém sabe exatamente quando o mundo testemunhou o surgimento de um novo ser. Foi o nascimento de um animal que, durante alguns milhões de anos, talvez 5,6 ou 7, ou mais, foi sofrendo mudanças ( no corpo, no comportamento) que o transformaram no ser humano. 
    Vários cientistas procuram explicações sobre a origem e a evolução do ser humano. Os antropólogos, por exemplo, estudam as características físicas e culturais dos grupos humanos. Já os arqueólogos pesquisam os vestígios deixados por diferentes povos, enquanto, os paleontólogos dedicam-se ao estudo dos fósseis.
    Hoje em dia, após muitas pesquisas a maioria dos estudiosos aceita a ideia de que esse novo ser surgiu na África, no vale do Rio Omo, situado na Etiópia, de inicio esse ser teria se desenvolvido nas savanas, próximas ao Lago Rudolf (no atual Quênia). As savanas substituíram as florestas, que havia desaparecido, provavelmente devido a uma violenta mudança do clima, ocorrido há milhões de anos.
    A necessidade de se adaptar para sobreviver ao meio ambiente ( a savana) seria a explicação para a origem do mais antigo antepassado do homem. Porém apesar de todas as duvidas que cercam a origem do ser humano, acredita-se que, a partir da África, ele iniciou um longo processo de povoamento dos demais continentes, originando diferentes tipos.

    Curiosidade de adaptação ao Meio Ambiente

    EVOLUCIONISMO:
    Figura 1


    Figura 2
    Livro: História Projeto RADIX - 6º ano
    A Teoria da Evolução é fruto de um conjunto de pesquisas, ainda em desenvolvimento, iniciadas pelo legado deixado pelo cientista inglês Charles Robert Darwin e pelo naturalista britânico Alfred Russel Wallace.Em suas pesquisas, ocorridas no século XIX, Darwin procurou estabelecer um estudo comparativo entre espécies aparentadas que viviam em diferentes regiões. Além disso, ele percebeu a existência de semelhanças entre os animais vivos e em extinção. A partir daí, concluiu que as características biológicas dos seres vivos passam por um processo dinâmico em que fatores de ordem natural seriam responsáveis por modificar os organismos vivos. Ao mesmo tempo, ele levantou a ideia de que os organismos vivos estão em constante concorrência e, a partir dela, somente os seres melhores preparados às condições ambientais impostas poderiam sobreviver.Por perceber que se tratava de descobertas polémicas, e que contrariavam ideias consideradas absolutas, como a de que as espécies eram imutáveis, Darwin teve receio em divulgá-las. Wallace, que admirava de longe o prestígio do famoso naturalista, enviou a ele alguns de seus escritos acerca de ideais que estava desenvolvendo. Surpreendentemente, ambos estavam estudando o mesmo fenómeno constatação esta que encorajou Darwin a abrir mão de seu segredo e publicar, juntamente com Wallace, suas descobertas, em 1858.Contando com tais premissas, esta teoria afirma que o homem e o macaco possuem uma mesma ascendência, a partir da qual estas e outras espécies se desenvolveram ao longo do tempo. Contudo, isso não quer dizer, conforme muitos afirmam, que Darwin supôs que o homem é um descendente do macaco. Em sua obra, A Origem das Espécies, ele sugere que o homem e o macaco, em razão de suas semelhanças biológicas, teriam um mesmo ascendente em comum. 

    A partir destas afirmações e dispondo de outras áreas da ciência, como a Genética e a Biologia Molecular, vários membros da comunidade científica, ao longo dos anos, se lançaram ao desafio de compreender o processo de variação e adaptação de populações ao longo do tempo, e o surgimento de novas espécies a partir de outra preexistente.
    Quanto a uma das espécies estudadas, Homo sapiens sapiens, surgida há aproximadamente 120 mil anos, sabe-se que esta tem parentesco com os antigos hominídeos. Este grupo, que surgiu há mais de quatro milhões de anos, contempla, além de nós, o Homo habilis (2,4 – 1,5 milhões de anos) o Homo erectus (1,8 – 300 mil anos), o Homo sapiens neanderthalensis, com cerca de 230 a 30 mil anos de existência, e vários outros. Uma constatação interessante é a de que hominídeos de espécies diferentes já coexistiram em um mesmo período.
    No dia a dia, costumamos nos referir à teoria como sendo algo superficial, simplório, uma especulação. Entretanto, nas investigações científicas, o termo se refere a uma hipótese confirmada por inúmeras experimentações, com alto grau de precisão, durante muito tempo. Assim, estas são dignas de bastante credibilidade. A Teoria da Evolução, assim como a Teoria da Gravitação Universal, são alguns exemplos.





    CRIACIONISMO:


    Criacionismo: Teoria que explica a origem dos seres vivos por criação. Ela é contrária a chamada evolução espontânea (evolucionismo).
    Criação: é o nome que se dá à formação do universo e dos seres vivos. A necessidade de buscar explicações para sua própria origem levou ao surgimento de teorias que deram origem a algumas religiões.
    Num segundo momento, de racionalização do pensamento criacionista, formularam-se conceitos e propostas de sentido mais filosófico do que religioso. Nesse plano, as respostas podem reduzir-se a três possibilidades: a auto-suficiência da matéria eterna, a emanação a partir da substância divina, e a criação.
    O Gênesis: O primeiro livro do Antigo Testamento, descreve a origem do mundo e do homem com linguagem e imagens semelhantes às dos relatos mesopotâmicos. O primeiro capítulo diz: "No princípio, Deus criou o céu e a terra. Ora, a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o abismo, um vento de Deus pairava sobre as águas. Deus disse: 'Haja luz' e houve luz. Deus viu que a luz era boa, e Deus separou a luz e as trevas. Deus chamou à luz 'dia' e às trevas 'noite'. Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia. (...) Deus disse: 'Fervilhem as águas um fervilhar de seres vivos e que as aves voem acima da terra, diante do firmamento do céu' e assim se fez. (...) Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou, homem e mulher ele os criou." 
    Os mitos: são soluções imaginativas que alguns povos elaboram para justificar sua existência, sua história e os fenômenos da natureza. Algumas explicações, no entanto, encontram ressonância em homens das mais diversas culturas.
    No Brasil, a cosmogonia dos índios se reporta a um criador do céu, da Terra e dos animais (o Monã dos tupinambás) e a um criador do mar, Amã Atupane, talvez Tupã, entidade mítica que os jesuítas consideraram a expressão mais adequada da ideia de Deus surgida nos domínios da catequese.Os estudiosos do século XIX pensavam que o tema da criação por um ser supremo era inerente a um estágio cultural avançado. Pesquisas posteriores, no entanto, observaram essa crença entre povos primitivos da África, ilhas do norte do Japão, América, Austrália central e em muitas outras partes do mundo.

    ATIVIDADE PROPOSTA: 


    - Procurar na Bíblia, no velho Testamento em Genesis, o trecho que fala da criação do homem, escreva um breve comentário sobre o tema.


    - Observe as gravuras e responda:






    a) Quais as semelhanças encontradas nos dois desenhos? Dê sua opinião e comente: O homem se originou do macaco, o que você acha? Explique
    b) colorir os dois desenhos e criar uma história.




    O HOMINÍDEO TORNOU-SE  HOMEM


    O hominídeo tem inteligência, isto é, tem capacidade de raciocinar, de fabricar utensílios, de articular uma linguagem e de se comunicar. Mas estas capacidades foram surgindo aos poucos . Os cientistas constataram que o género homo dividiu-se em quatro espécies distintas  (nós pertencemos a uma delas) sendo que uma não gerou a outra e algumas delas podem ter convivido entre si em curtos períodos de tempo, foram eles:
      

    Homo Neandertal  (de cera do Aquário de São Paulo)
    Homo Australoptecus ( de cera do Aquário de São Paulo)
    Homo Erectus (de cera do Aquário de São Paulo)
    Homo sapiens sapiens
    Homo Sapiens sapiens (de cera do Aquário de São Paulo)


    A gravura abaixo mostra a evolução craniana do hominídeo, e com ela houve também a capacidade de desenvolvimento cerebral aumentada, consequentemente a inteligência foi se aprimorando, esta é uma das capacidades que diferenciava os homens dos animais.

    da direita para a esquerda temos a evolução. A última da esquerda é do
    homo sapiens, que originou o homem atual.


    TEXTOS COMPLEMENTARES:


    Assim como o crânio, houve também a evolução da arcada dentária,
    do homo como mostra a gravura acima.
    FILME:
    Sugestão de filme: GUERRA DO FOGO.




    LUCY


    O esqueleto de Lucy, a famosa fêmea da espécie  Australopithecus afarensis,  idade: cerca de 20 anos; altura: 1,20 m; residência:deserto de Hadar (no nordeste da Etiópia); que viveu há 3,5 milhões de anos, foi reconstruído em gesso dentária, o primeiro hominídeo conhecido a manter-se de pé. A. afarensis era um hominídeo onívoro que podia explorar vários ambientes, da floresta às savanas: com dentes fortes e pouco afiados, comia sementes e nozes duras, mas também frutas macias e insetos fáceis de capturar. foi descoberta em 1974, pelo paleantropólogo Donald Johanson. Seu nome é uma homenagem à canção dos Beatles, "Lucy in the Sky with Diamonds". A música estava tocando no momento em que os pesquisadores perceberam que o esqueleto encontrado era de uma mulher. assim como vários outros achados arqueológicos, confirmam a hipótese de que a África oriental foi o berço da humanidade. Este é apenas um dos episódios da história do surgimento do Homem na Terra.






    Imagens do crânio encontrado e o rosto constituído
    por técnicas tecnológicas.
    OS PERÍODOS DA PRÉ-HISTÓRIA

    CONVIVÊNCIA DOS SERES HUMANOS NO PALEOLÍTICO,  

    A palavra Paleolítico vem do grego, paleos = antigo e littho = pedra. Era da pedra lascada ou antiga (paleolítico), o período mais antigo da pré-história, que se inicia com o surgimento dos seres humanos, do gênero homo (2 milhões até a prática da agricultura), temos então o período paleolítico: inferior  (de 500 mil anos a 30 mil anos a.C.) e o paleolítico superior (30 mil a 8000 a.C.).
    Período longo, de poucas fontes históricas, versão que pode mudar de acordo com achados: de fósseis, esqueletos, objetos, construções, etc; os hominídeos foram se adaptando à natureza, aprenderam o domínio do fogo, que coletavam durante tempestades que os raios provocavam o fogo ou de larvas de vulcões os quais procuravam manter a chama acesa, mais tarde eles aprendem a produzir o fogo friccionando gravetos, conforme exemplo abaixo.


    Eles eram caçadores e coletores , viviam com o que retiravam da natureza , em lugares de savanas, suas casas eram uma mistura de madeira, ossos e peles, outros moravam em cavernas.



    Caçavam animais como mamutes , dos quais aproveitavam tudo: a carne os alimentavam, a pele faziam roupas e habitações, os ossos eram transformados em armas e também nas habitações; os dentes de sabre que eram de marfim faziam armas. Eram nômades por que andavam muito a procura de alimentos e abrigos.
    Mamute
    Suas ferramentas:
    Foram desenvolveram por conta de sua capacidade de pensar, ou seja, sua inteligência, seus primeiros instrumentos foram: as facas para cortar a carne e peles;: raspadores para limpar as peles e utiliza-las como roupas e coberturas de habitações; pontas de lança, arpões para pescas, etc.A maioria destes instrumentos eram de pedras, mais também usavam a madeira e ossos de animais. 




    O que ocorreu de importante neste período foi o domínio do fogo (500 mil anos) atrás, com o fogo espantavam os animais, iluminavam, aqueciam e cozinhavam.
    Por volta de 40 mil anos, os hominídeos começaram a viver em grupos mais numerosos, ao mesmo tempo começaram a criar moradas a partir de gravetos e pele de animal ou em cavernas, sendo esta uma das mais ricas fontes históricas deste período, pois nas paredes das cavernas eles desenhavam o seu cotidiano, onde foram encontradas as pinturas rupestres, que nos fornece informações de seu dia a dia.




       
    No final deste período as glaciações mudaram o clima do planeta, as temperaturas ficaram mais amenas e foi possível a fixação de grupos humanos, com isso muitas mudanças ocorreram. 



    ATIVIDADES PROPOSTAS:
    1) Desenhar e pintar as habitações do paleolítico: 

    2) Responda:
    a) O que ocorreu de importante no período paleolítico?
    b) O que quer dizer a palavra paleolítico?
    c) Quais os instrumentos produzidos durante o paleolítico
    O NEOLÍTICO E A REVOLUÇÃO  AGRÍCOLA


    Por volta do ano de 8.00 a.C., os grupos humanos começaram a fabricar armas e utensílios com a pedra polida, então inicia-se o período Neolítico ou Pedra Polida.
    A Revolução agrícola



    Conta a história que foram as mulheres que inventaram a agricultura, neste período eram elas as responsáveis pela coleta de raízes  e frutos, então elas observavam que quando caia semesnte e que a terra cobria brotava, dando origem as plantas, foi a grande descoberta, então, o homem além de caçar e pescar passou a cultivar, daí surgiram novos utensílios para carregar as sementes, plantar, colher e fazer os alimentos para comer, surgiram: os cestos, a enxada. a foice, cestos e a cerâmica 


     Segundo as pesquisas as primeiras atividades agrícolas ocorreram na região de Jerico, num grande oásis junto ao mar Morto, há cerca de12.mil anos Por meio de mistura ou movimentos independentes, supõe-se que o fenômeno tenha se desenvolvido também na Índia (há 8 mil anos), na China (7 mil), na Europa (6.500, na áfrica tropical (5 mil) e nas Américas (4.500a.C.)A crença no Egito como berço da agricultura já não tem tantos seguidores. A dificuldade em estabelecer uma certeza a este respeito decorre da inexistência de documentação indiscutível: os trigais desaparecem com o tempo. Só através de comprovações indiretas - ruínas arqueológicas de silos, onde os cereais eram armazenados - é que se pode tentar datar o início de uma atividade agrícola sistemática.
    Os produtos cultivados variavam de região para região de acordo com as espécies nativas, como o trigo, cevada, arroz, milho, batata doce e mandioca. Quando os humano iniciaram as plantações ele  foi aprendendo a selecionar as melhores plantas para a semeadura e a enxertar para aumentar as variedades, de modo a produzir alimentos mais nutritivos do que os selvagens.Essa prática permitiu o aumento da oferta de alimento dessas pessoas, na medida em que as plantas foram variando.,logo, as frequentes e perigosas buscas à procura de alimentos eram evitadas. Com o tempo, foram selecionados os grãos selvagens aqueles que possuíam as características que mais interessavam aos primeiros agricultores, tais como tamanho, produtividade, sabor etc.

    O que foi a revolução agrícola?  Porque o impacto da nova atividade na história do homem foi enorme. E não se trata apenas de mera questão acadêmica, mas de algo muito real e palpável como o próprio número de seres humanos sobre a face da Terra. .No Oriente Médio, agricultores que haviam sido pioneiros na vida sedentária e no cultivo de cereais, começaram a  criar ampla variedade de animais domésticos, ovelhas, cabras e gado. Os sistemas de caça e coleta estabelece-se um controle demográfico resultante da limitação da oferta de alimentos. Não é devido a que não existam alimentos na natureza, mas devido a que sua obtenção torna-se extremamente mais complicada para grandes grupos além disso, o caçador e o coletor não podem chegar ao extremo de dizimar suas reservas alimentares (animal ou vegetal) sob pena de prejudicar a reposição ou reprodução; a técnica de caça sendo levada para além de certos limites pode criar um desequilíbrio ambiental. 
    Há um outro fator que determinava o controle populacional: em grupos de caçadores e coletores, crianças pequenas constituem empecilhos tanto para a fácil locomoção da tribo, como para a própria obtenção do alimento. Elas não podiam caçar e atrapalhavam as mães nas longas caminhadas que precisavam ser feitas para a busca de raízes, caminhadas maiores quanto maior fosse o grupo e mais tempo estivesse acampado no mesmo local.
    Já na agricultura, a coisa mudava de figura. Mesmo, o grupo agrícola tinha que se fixar num local o tempo suficiente para que sua plantação produzisse ao menos uma vez. A área plantada ficava bem próxima ao acampamento, propiciando trabalho com menos locomoção por parte das mulheres. De resto, crianças relativamente pequenas eram utilizadas pelo grupo de maneira a se constituírem em força de trabalho.locomovendo-se menos e usando as crianças para a agricultura, os homens passaram a se reproduzir mais, causando um crescimento demográfico notável.
    Com o advento da agricultura, os grupos podem ser maiores, desde que dentro de limites estabelecidos pela fertilidade do solo, quantidade de terra disponível e a estrutura social do grupo. Quando o crescimento do grupo entrava em contradição com qualquer um desses fatores, ocorria uma subdivisão procurando outro local. Este processo intenso de subdivisões e deslocamentos iria provocar uma onda de difusão da agricultura e da atividade pastoril.
    Acredita-se, portanto, que durante muito tempo a atividade agrícola não fixou em definitivo o homem ao solo; apenas o deixou mais sedentário do que quando coletor e caçador, também houve a migração periódica dos rebanhos para as montanhas durante o verão, e seu retorno à planície quando se vai aproximando o inverno, foi uma característica importante do início da revolução agrícola. E, por conseqüência, a difusão cultural também caracterizou essa revolução: podemos imaginar inúmeros grupos reproduzindo-se e subdividindo-se, plantando e criando, invadindo espaços de caçadores e coletores, convivendo entre si ou em guerras, ou ensinando e submetendo os habitantes da região ocupada, .não se pode pensar em agricultores "respeitando" a cultura de coletores, aceitando seu próprio desenvolvimento sócio-econômico,
     A revolução agrícola torna-se quase irresistível. Seu avanço, a partir de poucos focos difusores, atinge áreas cada vez mais extensas, cercadas por contornos marginais.
    __Isso é bom? Isso é mau?
    O fato é que a revolução agrícola vagarosamente destrói formas de existência anteriores, e os povos que se mantém coletores são poucos e facilmente assimiláveis às idéias da revolução, quando atingidos.

    Começa a “criação”

    O homem aprendeu antes a plantar, a domesticar os animais e criá-los, ou ambas atividades surgiram de maneira simultânea? Fazemos parte da corrente que acredita ter a agricultura precedido à criação. Ainda hoje há tribos de agricultores que não possuem animais domésticos e temos registro de grupos que aliavam a agricultura à caça, enquanto não se tem notícia de criadores que desconheçam a atividade agrícola."Gordon Childe" __ imagina ter se iniciado a criação a partir de alguma seca prolongada no Oriente Médio. Assim, animais que viviam adequadamente com uma baixa precipitação de chuva teriam ficado em situação desesperada, sem água, tendo a necessidade de procurar um oásis em busca de algum alimento ou líquido. Lá já estariam os animais predatórios - em busca de água e caça - e o próprio homem. Sendo o homem agricultor, é possível imaginá-lo permitindo que os animais pastassem em seus campos já colhidos e se alimentassem das hastes de cereais que ficavam no chão. Fracos demais para fugir e magros demais para servirem de alimento, carneiros e bois instalavam-se e eram aceitos pelos homens que teriam estudado seus hábitos, expulsando leões e lobos e eventualmente até lhes oferecendo alguma sobra de cereal como alimente complementar. Em troca, os animais teriam sido domesticados, habituando-se à presença do homem, confiando nele (no que cometeram um evidente erro de avaliação)...
    O gado confinado funcionava como uma reserva de caça, no início. Aos poucos o homem teria estabelecido critérios no abate dos animais. Teria passado a abater apenas o necessário à sua alimentação. Preservando os mais dóceis e matando os não-domesticáveis, ia promovendo uma criação seletiva.
    Ao chegar novamente o momento de plantar, alguns agricultores teriam simplesmente expulsado os animais. Outros, porém, já conhecendo seus hábitos, levavam-nos a locais onde havia abundância de água e alimentos, impedindo o ataque de animais selvagens, deixando-os tranqüilos com relação à sua sobrevivência. Assim, aos poucos, o rebanho teria passado a ser não apenas domesticado, mas verdadeiramente dependente do homem.Em alguns casos esse processo não teria dado certo porque o animal escolhido não seria domesticável, pela sua própria natureza. Mas em outros, o sistema teria se aperfeiçoado a ponto de mostrar ao homem outras vantagens da criação entre as quais o esterco, que ele havia aprendido a utilizar para adubar seus campos e conseguir maior produtividade; e ainda o leite, transformado num alimento muito importante, com a grande vantagem de não exigir a morte do animal.Mais tarde, o couro passa a ter grande importância em alguns grupos e o pêlo de algumas espécies, como a ovelha, passa a desempenhar significativo papel na economia de vários grupos.
    Em alguns casos a criação continua sendo atividade complementar: pequeno número de animais, alimentados por pastos naturais em volta do aldeamento e por restos de colheita em diferentes épocas do ano. Com jovens não muito úteis para outras atividades atuando como pastores, a vida econômica do grupo não sofre muitas alterações, continuando baseada na atividade agrícola organizada.
    Eventualmente, seriam plantadas determinadas espécies exclusivamente para alimentar o gado. Poderia ocorrer também uma migração de parte da população, atrás do gado que caminhava em busca de pastos verdejantes. Em alguns lugares uma pequena fração da comunidade migra, mas em outros a maior parte da população acompanha o gado, o qual deixa de ser uma atividade complementar, tornando-se a mais importante base econômica do grupo. É provável que esta tenha sido a origem de tribos e povos criadores.

     

    Existiria uma “cultura neolítica”?


    Não se deve pensar que a passagem da atividade coletora para a agrícola tenha-se dado de uma maneira brusca ou através de um toque de mágica. Deu-se, antes, através de um longo processo que inclui cuidadosa percepção dos fenômenos naturais, elaboração de teoria causa/efeito e doses de ocidentalidade. Um grão caído na terra começa a germinar e é observado em seu crescimento por algumas mulheres que estão coletando na área: aí temos, provavelmente, a base da transformação lenta, sem duvida. Afinal, entre saber que os vegetais crescem e que podem ser plantados,  passa pela necessidade de alteração de padrões de comportamento já arraigados. A convivência da agricultura com a coleta deve ter sido o fenômeno mais comum durante muito tempo.

    O fato é que a economia simples de produção de alimentos provocará grande transformação no grupo. Pela primeira vez haverá um excedente a ser armazenado. Isto não decorre da vontade do grupo, mas da própria realidade ditada pela natureza: os grãos produzidos ficam maduros de uma só vez numa certa época e não ao longo do ano. Entretanto, deverão ser consumidos lentamente, em refeições distribuídas pelo ano todo. Além disso, parte da colheita deverá servir de semente na próxima semeadura. O grupo precisa mudar sua atitude com relação ao alimento: começa a planejar e a poupar; começa também a construir silos, depósitos adequados para armazenamento dos grãos. Entre as construções mais antigas que sobreviveram até hoje estão os silos de Faium, no Egito, e Jericó, na Cisjordânia, comprovando uma mudança na organização econômica e na mentalidade dos grupos neolíticos.

    SAIBA MAIS
    Faium é uma província oficialmente nova, OÁSIS


    O excedente de carne e produtos agrícolas servirá para atender às necessidades da comunidade em períodos mais duros, propiciando o crescimento da população e o surgimento posterior de um comércio incipiente; a comunidade é auto-suficiente, uma vez que coleta ou produz todo o alimento de que necessita, utiliza matérias-primas da região para os equipamentos necessários (madeira e palha, argila e pedra, ossos e chifres) e fabrica suas próprias ferramentas e utensílios.Trocas eventuais de produtos excedentes não alteram á estrutura dos grupos.não se pode falar em uma cultura neolítica 'comum a todos os povos do período. Cada grupo, a partir do número de seus membros, condições geoclimáticas, fauna e flora naturais, matéria-prima disponível; além de outros fatores, estabelecia sua especie previamente construída. Sua diversidade era tão grande quanto a variedade dos territórios ocupados. Assim, em vez de cultura neolítica, seria mais correto referir-se às culturas neolíticas, no plural.


     Da divisão sexual de tarefas


    Adão e Eva do Neolítico
    Nos grupos precedentes à revolução agrícola já havia uma divisão sexual de tarefas: ao homem cabia a caça e a preparação de todo o equipamento para a atividade, enquanto a mulher era a coletora e a responsável pela educação dos filhos. Com as mudanças ocorridas com a agricultura, o homem passa a derrubar os bosques e preparar a terra para a lavoura, enquanto a rotina da lavoura fica nas mãos das mulheres. São elas que cuidam da casa, das crianças, da comida e da colheita, submetidas à rotina massacrante dos dias iguais, que tolhem a criatividade e reduzem a imaginação ao horizonte de suas vidas.
    O homem não é o principal produtor. De resto já não o era antes. Vimos que a atividade de coleta propiciava mais alimentos ao grupo que a caça, na maioria das vezes. o homem era quem trazia alimentos para casa. Já nas sociedades agrícolas, a mulher era quem semeava, colhia e preparava os alimentos, ficando os homens fora da produção direta.
    Então, como é que eles mantinham sua dominação sobre as mulheres? Através de mitos, ritos e instituições que institucionalizam seu poder virtualmente ameaçado. Por meio de crenças e cultos perpetua-se uma precedência social que já não corresponde ao papel masculino na nova economia dos povos agrícolas. Força física para manter a ordem e reproduzir.
    Nas sociedades pastoris a dominação não precisava dessas sofisticações, uma vez que os homens desempenhavam relevante papel no sistema produtivo. Como resultado, a mulher ficava numa atitude mais submissa ainda, o homem que lhe dá condições melhores de guerrear - atividade freqüente no Neolítico -, faz com que sua precedência sobre a mulher se amplie
    A sociedade neolítica estabelecia divisão de tarefas e não de trabalho, a chefia era um ônus e não privilégio, não havia extração de mais-valia. Mas, entre os iguais, os homens eram um pouco mais-iguais que as mulheres.







    ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O PERÍODO NEOLÍTICO



    É no período Neolítico que o homem começa a se interessar pela agricultura e a aprisionar filhotes de animais para amansá-los e utilizá-los na caça e no desenvolvimento agrícola.

    O cachorro foi possivelmente o primeiro animal domesticado e o cavalo, possivelmente o último. Na agricultura, o boi é que exercia a preciosa ajuda na aragem.

    A necessidade de aldeamento tornou-se fundamental e era preciso preservar a terra dos povos que viriam depois em busca da fertilidade. Criaram celeiros nos quais esticavam alimentos para o inverno, destinados aos animais ruminantes.

    Desenvolveram a agricultura, conhecendo o trigo, a cevada, a espelta e o painço. Cultivavam o linho, fornecedor da matéria prima para a confecção dos tecidos e ainda a cerâmica, que criada, teve relevante progresso.

    O sílex era muito usado na fabricação de lâminas, pontas de flechas, dardos e raspadores.

    O polimento de materiais líticos é uma das primeiras características da época. No entanto, não era o polimento para o embelezamento do material, mas para um melhor aperfeiçoamento, ganhando maior potência na perda de suas arestas, conseqüentes da talha.

    Ainda, com chifres de cervos, ossos e madeira, eram feitos suas armas e instrumentos de trabalho.
    Na ornamentação encontramos colares de contas de pedras, conchas perfuradas, presas de javali, extremidades de chifres de veados e braceletes de valvas de grandes pedúnculos.

    As necrópoles onde eram enterrados seus mortos apresentavam-se como fossas cavadas no chão ou em cofres feitos de lajes de pedra. Às vezes, eram sepultados em grutas ou quando era desfeita a carne, após o seu sepultamento, os ossos eram recolhidos e transportados a outros lugares.

    Já no fim do período surge uma divindade funerária, cuja representação era gravada em baixo relevo na entrada das grutas funerárias.
    Por: Omar Carline Bueno

    O que quer dizer:

    Espelta: Trigo, de qualidade inferior, cujo grão, pequeno e escuro, adere fortemente à gluma.
    Panço instrumento para separar a baganha do linho. / Instrumento usado pelos hortelões para  raspar a terra e juntar as pedras. / Pequena cama ou sofá em que se descansa ou dorme a sesta.
    Sílex: Rocha muito dura composta de calcedônia e opala, de cor ruiva, parda ou negra. (O sílex partido, com arestas cortantes, foi utilizado pelos pré-históricos como arma ou instrumento.) / Nome comum de várias pedras cuja base é a sílica; pederneira.


    O NASCIMENTO DAS PRIMEIRAS CIDADES

    O desenvolvimento da agricultura irrigada nas planícies dos grandes rios foi o fator econômico decisivo na fundação das primeiras cidades, no Oriente Próximo. O principal progresso técnico que a acompanhou foi a descoberta e uso do bronze (metal conseguido a partir da mistura do cobre e do estanho), que substituiu definitivamente a pedra na manufatura de todas as espécies de armas e ferramentas. As primeiras cidades surgiram entre 3 500 e 3000 a. C., nos vales dos rios Nilo, no Egito e Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia; posteriormente, mais ou menos em 2 500 a.C., no vale do rio Indo, na Índia e por volta de 1 500 a. C., na China.

    Agricultura, trabalho coletivo e cidade

    As enchentes periódicas dos rios deixavam nas margens uma camada de húmus que favorecia a produtividade da terra. Entretanto, os rios que fertilizavam o solo e serviam de acesso às fontes de matérias primas precisavam ser drenados e controlados, o que demandava a cooperação entre os homens. A abertura de canais de irrigação, a drenagem de pântanos, a construção de represas e poços eram obras que requeriam o trabalho coletivo da população de várias aldeias, para o melhor aproveitamento das águas. Exigiam também uma direção centralizada, capaz de dividir e racionalizar as tarefas.
    A necessidade de centralização levou ao aparecimento da cidade, centro administrativo que reunia várias aldeias surgidas em torno do templo do principal deus totêmico da comunidade. Nesse templo era armazenada a produção excedente das aldeias; à sua volta, viviam as pessoas que se dedicavam à administração, ao comércio e ao artesanato. Entre os servidores do templo, destacavam-se os sacerdotes (herdeiros dos “feiticeiros” das aldeias neolíticas), intérpretes da vontade dos deuses, que acabavam por assumir a função de dirigentes das cidades. Exerciam tarefas de muita importância. Como a distribuição das águas e das sementes, a supervisão das colheitas e a armazenagem dos grãos, apropriando-se também de boa parte das terras e da produção dos  camponês como pagamento de impostos devidos aos deuses.

     A Divisão do Trabalho, as desigualdades sociais, o Estado


    Além do desenvolvimento da agricultura, com direção centralizada dos trabalhos coletivos de irrigação, outros fatores contribuíram para transformar as aldeias em cidades. As técnicas de trabalhar metais, ouro,  prata, bronze, se desenvolveram com rapidez, tornando-se profissões especializadas, como joalheiros e metalúrgicosA existência das primeiras cidades dependia também da possibilidade de se organizar o transporte eficaz de grandes quantidades de produtos e de matérias primas. Os habitantes das cidades precisavam receber com regularidade alimentos vindos dos campos ou de localidades distantes. Era indispensável ir buscar em florestas e montanhas, por vezes longínquas, madeira, metais e até pedra.
    Essas necessidades levaram a um grande aperfeiçoamento dos meios de transporte e ao desenvolvimento do comércio.
    As canoas primitivas foram sendo aperfeiçoadas, até se transformarem em autênticos navios, capazes de transportar artigos volumosos. A descoberta da vela aumentou o raio de ação dos navios. De igual significação foi o desenvolvimento dos transportes terrestres, com  a invenção da roda, da tração animal e também do arado de metal.
    canoa exposta no museu arqueológic
    As canoas eram esculpidas nas madeiras das árvores.
    O comércio, de início, se processava por simples troca; depois, pelo uso do gado (pecúnia) como unidade de troca, ou por meio de artigos valiosos facilmente transportáveis, tais como os metais (cobre e posteriormente ouro e prata). O aparecimento de mercadores especializados deveu-se à necessidade de se adquirir produtos estrangeiros em regiões distantes, transformando essa atividade numa profissão.O comércio, de início, se processava por simples troca; depois, pelo uso do gado (pecuniária) como unidade de troca, ou por meio de artigos valiosos facilmente transportáveis, tais como os metais (cobre e posteriormente ouro e prata). O aparecimento de mercadorias especializados deveu-se à necessidade de se adquirir produtos estrangeiros em regiões distantes, transformando essa atividade numa profissão. O desenvolvimento do comércio e da vida urbana em geral tornou inevitável a invenção da escrita, dos processos de contagem, dos padrões de medida e do calendário, que foram sendo melhorados com o tempo.


    Como começou o trabalho:
    Nas cidades, os cidadãos passaram a ser classificados de acordo com a sua função, incluindo os sacerdotes, os escribas, os mercadores, os artesãos, os soldados, os camponeses,  os escravos domésticos, os estrangeiros. A divisão do trabalho e as  desigualdades de riquezas entre os cidadãos criaram a necessidade de leis e de forças capazes de fazer cumprir as leis. A liderança natural do grupo, que nas aldeias era exercida pelos mais velhos e sábios, cedeu lugar ao governo de um só homem, geralmente o principal administrador do templo ou um grande chefe guerreiro, surgindo assim a cidade-Estado. Por volta de 3 500 a.C., as cidades dos vales dos rios Nilo, Tigre e Eufrates já constituíam civilizações com governo centralizado nas mãos do rei e o trabalho baseado na servidão dos camponeses.



    As Primeiras Cidades

    Por volta de 6.000 a.C., alguns grupos humanos descobriram a técnica de produção de cerâmica pelo aquecimento da argila. Na mesma época aprenderam a converter fibras naturais em fios e estes em tecidos. Aos poucos começaram a trabalhar com metais para produzir instrumentos. Os indivíduos que trabalhavam com cerâmica, metais e tecelagem tornou-se artesãos. Eram os primeiros sinais de mais uma divisão social do trabalho (antes apenas entre homens e mulheres). A diversidade na produção, a especialização do trabalho e as novas funções na sociedade contribuíram para que algumas comunidades de agricultores se transformassem em vilas e cidades, constituindo o que alguns historiadores chamaram de Revolução Urbana.
    A sedentarização causada pela agricultura provocou verdadeira revolução no modo de vida da humanidade Um dos acontecimentos mais importantes relacionados a isso foi o desenvolvimento das vilas e cidades.
    Em geral, as vilas desenvolveram-se em regiões onde os solos eram férteis e propícios a agricultura. Elas tinham inúmeras funções. Na América, por exemplo, estavam associadas a cultos religiosos  mas podiam também servir de abrigo para artesãos e de espaço de troca de produtos. Dessa forma, o surgimento das vilas e cidades facilitou a prática do comércio e o desenvolvimento de novas técnicas, como a olaria (fabricação de peças de barro) e da metalúrgica  (fabricação de peças de metais).
    Assim, percebe-se que o processo de consolidação das vilas está associado ao aumento da organização social. Em outras palavras, está relacionado com a prática da religião e do comércio, com o aumento da população e com a diversificação das atividades produtivas.

                       Escavações na área sul de Çatalhüyük, uma das primeiras cidades do mundo.
    Uma das mais antigas cidades do mundo é Çatal Huyuk. Ela foi descoberta em escavações no centro sul da  Turquia, no Oriente Médio. As casas dessa cidade eram feitas de tijolos e construídas uma ao lado da outra, sem espaço 




    Idade dos Metais


    No sistema proposto no século XIX por arqueólogos escandinvavos, a pré-história pode ser ordenada em estágios sucessivos de desenvolvimento tecnológico, segundo os instrumentos empregados. Assim, à idade da pedra se segue a idade dos metais que abrange as idades do bronze e do ferro. No entanto, o conhecimento dos metais não ocorreu simultaneamento nas diferrentes regiões do mundo antigo. Na Grécia por exemplo, a idade dos metais começou antes de 3000 a.C., enquanto na China isso se deu por volta de 1800 a.C. O período de transição entre o neolítico (fase da pedra polida) e a idade do bronze é comumente denominado calcolitico, ou idade do cobre. Embora inicialmente raro, o cobre já era utilizado no leste da Anatólia em6500 a.C., e seu uso logo se generalizou. A encrópole pré-hitita de Alac ostenta estatuetas de cervos e touros de cobre, além de numerosas peças de ourivesaria e joalheria.
    A Idade dos Metais é o último período da Pré-História. De curta duração, este período vai de 6, 5 mil até (por volta de 5,5 mil anos atrás).Tal fase compreende os dois últimos milênios antes do surgimento da escrita, em 3.500 a.C. A Idade dos Metais é majoritariamente caracterizada pela substituição das ferramentas de pedra por aquelas de metal, antes até por volta do ano 6000 a.C., o homem obteve uma importante conquista: descobriu que era possível fazer objetos de metais. O primeiro metal trabalhado por ele foi o cobre. Posteriormente, por meio da fusão, misturou cobre com estanho e obteve um metal mais resistente, passou a produzir armas mais poderosas e ferramentas mais eficientes. 
    Por volta de 2000 a.C., Biblos, porto da costa fenícia de influência egípicia, era importante centro metalúrigo do bronze. Ali foram encontrados sarcófagos de reis vassalos ou aliados dos faraós da XII dimastia, com vasos de prata, harpas de bronze, facas e punhais. Em Ugarit (Ras-Shamra) a norte da Síria, o empenho do bronze, introduzido no fim do terceiro milênio difundiu-se muito rapidamente e alcançou o apogeu na época do novo império egípcio e da expansão miceniana na Síria. Em 1500 AC. aproximadamente a metalurgia florescia na Europa, onde espadas, pulseiras e grampos eram às vezes trabalhados com técnicas artísticas. O motivo predominante nas obras da idade do bronze era espiral, e na Alemanha e na Escandinávia a ela se acrescentaram as estilizações de animais, pricipalmente do cisne.
    Em torno de 1500 a.C., conseguiu utilizar o ferro. O uso dos metais representou um grande avanço para o homem daquela época. As novas e mais eficientes ferramentas permitiram o desenvolvimento da agricultura e da criação de animais, os metais, nesse período, foi o principal fator para o aperfeiçoamento dos instrumentos e das técnicas usadas na guerra, na caça e na agricultura. Os vestígios metalúrgicos mais antigos foram encontrados no Irã, na Turquia e no Libano. Com essa melhora, o homem começou a se deparar com o excedente, ou seja, aquela quantidade de alimentos que era produzida além de sua necessidade. Foi a partir daí que se iniciaram as primeiras disputas entre os homens, para ver quem ficaria com esses excedentes. Os indivíduos vencedores dessas disputas passaram a impor seu domínio para com os outros, nascendo assim, a propriedade privada e a desigualdade social. Neste momento também, surgia a necessidade de um agente regulador das relações entre os homens e que garantisse a propriedade privada: o Estado.
    Com a agricultura, a criação de animais, o desenvolvimento da cerâmica, da tecelagem e o uso de metais, surgiram os trabalhadores especialistas, o tecelão e o ferreiro.
    Ao mesmo tempo, o desenvolvimento dessas atividades levou ao surgimento das primeiras povoações, com a formação de pequenas vilas e cidades. Como resultado dessas conquistas os homens passaram a produzir mais do que necessitavam para seu próprio consumo.
    Assim, começaram as disputas para ver quem ficava com esse excedente. Os vencedores enriqueciam ao se apropriar das terras e dos bens dos vencidos, que ficavam mais pobres.
    Acredita-se que o trabalho especializado, as cidades, a propriedade privada, a desigualdade social, o Estado e a escrita surgiram primeiramente na Mesopotâmia e no Egito.

    Principais avanços do período da Idade dos Metais:







    - Idade do Cobre - por volta de 6 mil anos atrás, o homem pré-histórico (homo sapiens sapiens) adquiriu conhecimentos para o desenvolvimento de técnicas para derreter e moldar o cobre. Usava moldes de pedra ou barro para colocar o cobre derretido e produzir espadas, lanças e ferramentas. Usava o martelo para moldar estes objetos depois que esfriavam. 

    - Idade do Bronze - por volta de 4 mil anos atrás, o homem começou a produzir o bronze (metal mais resistente que o cobre), a partir da mistura da liga do cobre com o estanho. Espadas, capacetes, martelos, lanças, facas, machados e outros objetos de bronze começaram a ser fabricados neste período. Esta época, de grande avanço tecnológico, passou a ser chamada de Idade do Bronze.

    - Idade do Ferro - por volta de 3,5 mil anos atrás o homem já dominava muito bem a metalurgia, passando a fabricar o ferro, usando fornos em altas temperaturas. Com o ferro, o homem passou a desenvolver, principalmente, armas mais resistentes.



    Esqueleto da Idade do Bronze é encontrado na Síria; período data de cerca de 3300 a.C