Conhecimentos Históricos II: Antiguidade


A ANTIGUIDADE OU PERÍODO ANTIGO

História antiga é o estudo da escrita do passado desde o início da história humana registrada.no Velho Mundo  para o inicio da Idade Média  na Europa.
A extensão da história registrada é de aproximadamente 5.000 anos, com escrita cuneiforme  script , a forma mais antiga descoberta da escrita coerente, a partir do protoliterate período em torno do século 30 a.C.Este é o começo da história, ao contrário do pré-história , de acordo com a definição utilizada pela maioria dos historiadores. 
O estudo do período histórico compreendido entre a invenção da escrita (± 3000 a. C) e queda do Império Romano do Ocidente (476 A.D.) denominado História Antiga, costuma ser dividido em Antiguidade Oriental (Egito e Mesopotâmia) e Antiguidade Clássica (Grécia e Roma).
Diversos povos se desenvolveram na Idade Antiga. As civilizações de regado - ou civilizações hidráulicas – (Egito, Mesopotâmia, China), as civilizações clássicas (Grécia e Roma), os Persas (primeiros a construir um grande império), os Hebreus (primeira civilização monoteísta), os Fenícios (senhores do mar e do comércio), além dos Celtas, etruscos, eslavos, povos germanos: visigodos, ostrogodos, anglos, saxões, etc) e outros.
Fonte de pesquisa: Revista Novo Conhecer (1977)           1
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A Antiguidade foi uma era importantíssima, pois nessa época tivemos a formação de Estados organizados com certo grau de nacionalidade, territórios e organização mais complexas que as cidades que encontramos antes desse período da história.
Algumas religiões que ainda existem no mundo moderno tiveram origem nessa época, entre elas o cristianismo,o budismo, confusionismo e judaísmo. O próprio estudo da História começou nesse período com Heródoto e Tucidides, gregos que começaram a questionar o mito, a lenda e a ficção do fato histórico.
No mesmo milênio em que se formava a civilização egípcia, um desenvolvimento semelhante se verificava ao longo das margens dos rios Tigre e Eufrates, apenas a poucas centenas de quilômetros de distância.
Ali como no Egito, o progresso técnico ocorria muito mais rapidamente do que na Europa. Antes que todos os povos europeus houvessem adotado o uso do metal, haviam os povos orientais passado pela  era do cobre e do bronze e ingressado na idade do ferro.
De seus primitivos centros no Egito e na terra entre os rios Tigre e Eufrates, a civilização logo se espalhou por todo o FERTIL CRESCENTE, a área de terras produtivas em forma de ferradura que se estende no rumo norte da BABILÔNIA, em direção ao planalto do Eufrates, e depois se curva
no rumo sul, outra vez, passando pela SÍRIA e pela Palestina. Gradualmente, a civilização ainda mais se difundiu: na direção leste para a terra dos Medos e dos Persas; na do oeste pela Ásia Menor, até as ilhas e península da Grécia e da Itália, até as costas distantes do Mediterrâneo. Por conveniência, os historiadores se referem a essa civilização como "mesopotâmica", embora seja às vezes o termo Mesopotâmia restringido à parte norte da terra que fica entre os dois rios.
A civilização mesopotâmica era completamente diferente da egípcia. Sua história política, assinalada por interrupções bruscas; sua composição racial era menos homogênea e sua estrutura  social e econômica oferecia campo mais longo à iniciativa individual. 

Crescente Fértil é uma região do Oriente Médio, compreendendo os atuais Israel, Cisjordânia e Líbano bem como partes da Jordânia, da Síria, do Iraque, do Egito e do sudeste da Turquia. O termo foi criado pelo arqueólogo James Henry Breasted, da Universidade de Chicago, em referência ao fato de que seu traçado forma um semicírculo que lembra a Lua no quarto crescente e também pela presença de grandes rios, cujos vales apresentavam solos férteis propícios para a prática da agricultura. 
Irrigada pelo Jordão, pelo Eufrates, pelo Tigre e pelo Nilo, a região cobre uma superfície de cerca de 400 000 a 500 000 km² e é povoada por 40 a 50 milhões de indivíduos. Ela estende-se das planícies aluviais do Nilo, continuando pela margem leste Ela estende-se das planícies aluviais do Nilo, continuando pela margem leste do Mediterrâneo, em torno do norte do deserto sírio e através da  Península Arábica e da Mesopotâmia, até o Golfo Pérsiico, uma faixa de terra junto ao Mar Mediterrâneo e o nordeste da África. 


MESOPOTÂMIA

Mesopotâmia — nome grego que significa "entre rios" (meso - pótamos) - é uma região de interesse histórico e geográfico mundial. Trata-se de um  planalto de origem vulcânica localizada no Oriente Médio, localizado entre os vales dos rios: Tigre e Eufrates, atual território do Iraque e terras próximas.Os rios desembocam no Golfo Pérsico e a região toda esta entre desertos.
Inserida na área do Crescente Fértil, da Lua crescente, exatamente por ela ter o formato de uma Lua crescente e de ter um solo fértil, uma região do Oriente Médio excelente para a agricultura, exatamente num local onde a maior parte das terras vizinhas era muito árida para qualquer cultivo, a Mesopotâmia tem duas regiões geográficas distintas:ao Norte a Alta Mesopotâmia ou Assiria, uma região com muitas montanhas, isolada, desértica, de poucas pastagens; ao Sul a Baixa Mesopotâmia ou Caldéia, região fértil por causa dos regimes de cheias dos rios que, nascem nas montanhas da Armênia e vem desaguar no Golfo Pérsico.O trabalho do controle das cheias do Tigre e Eufrates e de construção de sistemas de irrigação era fundamental para a sobrevivência das populações da região e gerando essa necessidade de uma organização coletiva. Essas atividades eram exercidas por homens livres e por escravos que tinham alguns direitos definidos em leis.Todo este esforço coletivo  para o abastecimento de água visava ao desenvolvimento da agricultura (cevada, trigo, legumes, árvores frutíferas), principal atividade econômica da região. Para o desenvolvimento da agricultura e das cidades, foi necessária a construção de diques (construção  sólida utilizada para represar águas correntes), para conter as violentas enchentes, além de canais de irrigação para levar a água dos rios às terras distantes.Até o século VI a.C., não havia moeda cunhada na  economia Mesopotâmica. A cevada e metais como a prata e o cobre eram muito utilizados como padrão de valor nas trocas comerciais. Na importação de mercadorias, o pagamento podia ser efetuado com lingotes de metal.
A exploração da terra na  Mesopotâmia baseava-se em um complexo sistema de propriedade, segundo a qual a posse privada ainda não era exercida na plenitude. De modo geral a propriedade da maioria das terras era dos templos e do Estado que as distribuíram para rendeiros, colonos e funcionários públicos. Para realizar todas as tarefas, exigiu esforços de todos e com o tempo sentiu-se a necessidade de um poder centralizado que dirigisse essa sociedade. Desse processo surgiu o  ESTADO. O poder do  Estado justificava-se inicialmente porque um governo centralizado poderia coordenar melhor o trabalho da população na construção de grandes obras de interesses comum.
Houve, no entanto, um desvio de funções que se esperava do Estado. O pequeno grupo de pessoas que controlavam o governo passou a usar o poder que detinham para explorar o restante da sociedade. Os governantes aumentavam suas riquezas e privilégios. A maioria do povo era vítima da pobreza e da exploração, desta forma acentuam-se a distância entre governantes e governados.
Assim o nascimento da civilização na MESOPOTÂMIA foi marcada, não só pela formação do  Estado, mas também pelo início da desigualdade e da exploração social entre homens, que passaram de uma sociedade comunitária para uma sociedade dividida em classes.
O controle político era exercido por uma elite que obrigatoriamente também era o chefe religioso (patesi) e responsável pelo templo (zigurate).
Diferente do Egito, onde o chefe do Estado era visto como um deus, na MESOPOTÂMIA ele era apenas um dos representantes dos deuses na Terra.
Ele mantinha um grupo de sacerdotes para ajudá-lo a administrar as cidades. Estabeleceu assim uma íntima relação, muito presente e forte nesse período da história entre o poder político e o religioso; um não existia sem o outro.  Pode-se perceber que a organização da sociedade mesopotâmica dividida de forma geral entre os chefes religiosos e sacerdotes (no comando), os ricos comerciantes e proprietários, a população livre e os escravos. Os mesopotâmicos destacaram se nas construções de templos e palácios. 
As atividades administrativas das cidades (arrecadação de impostos e obras públicas), o trabalho coletivo  e o intenso comércio foram importantes para o gradativo desenvolvimento da escrita, da matemática, do calendário, das leis, dos padrões monetários de pesos e medidas. Era muito instável o quadro político na MESOPOTÂMIA, em razão dos confrontos, disputas entre os povos e as cidades da região. Por ser área muito fértil no meio de um deserto, atraia invasores nômades à região. Com o passar dos tempos, alguns povos e cidades destacaram-se, assumiram um relativo poder durante um determinado período. *A VIDA DOS MESOPOTÂMICOS*
Escravos e homens de condições humildes levavam o mesmo tipo de vida. A alimentação era muito simples: pão de cevada, um punhado de tâmara e um pouco de cerveja leve. Isso era essencial no cardápio diário. Às vezes comiam legumes, lentilhas, feijão, pepinos ou ainda algum peixe pescado nos rios ou nos canais; a carne era um alimento muito raro.
Na habitação era a mesma simplicidade. Às vezes a casa era um simples cubo de tijolos crus revestidos de barro. O telhado era plano e feito com troncos de palmeiras e argila comprimida. Esse tipo de telhado tinha a desvantagem de deixar passar a água  nas chuvas mais torrenciais, mas em tempos secos eram usados como terraços.
*Os mesopotâmicos acabaram por desenvolver um complexo sistema hidráulico, para dessecar os pântanos  e armazenar água para o período das secas. Com essas medidas e a construção de diques e canais de irrigação, tornou-se possível o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio.*
As casas não tinham janelas e à noite eram iluminadas por lampiões de óleo de gergelim. Os insetos eram abundantes nessas moradias. Embora os ricos se alimentassem melhor, e morassem em casas mais confortáveis que os pobres, suas  condições de higiene não eram mais adequadas. Quando as epidemias se abatiam sobre as cidades a mortalidade era a mesma em todos as classes.
O Iraque, país que ocupa a maior  parte do território da antiga Mesopotâmia, dispõe de uma das maiores jazidas de petróleo do mundo e tem na extração desse produto sua principal fonte de riqueza. A religião é muito importante para a população iraquiana, que professa, na sua quase totalidade (95%) o islamismo, religião criada na  Arábia no século VII pelo profeta Maomé. A fé islâmica, que prega a submissão a Alá, o único deus, reúne 20% da população mundial. *OS POVOS DA MESOPOTÂMIA*
A história da mesopotâmia é marcada por uma sucessão de guerras e conquistas de um povo sobre o outro. Povos que de modo geral disputavam as melhores terras junto à rica planície dos rios TIGRE e EUFRATES, além disso, seus exércitos realizaram expedições de roubo fazendo guerras para conquistar as riquezas dos adversários e submetê-los à escravidão.
Devemos aos mesopotâmicos vários elementos de nossa própria civilização: 
 - ano de 12 meses e a semana de 7 dias.
 - divisão do dia em 24 horas.
 - crença nos horóscopos e os doze signos do zodíaco.
 - hábito de fazer o plantio de acordo com as fases da Lua.
 - círculo de 360 graus.
 - processo aritmético da multiplicação.
Segundo alguns estudos realizados, a ocupação dessa parcela do Oriente Médio aconteceu aproximadamente há 4000 a.C., graças ao deslocamento de pequenas populações provenientes da Ásia Central e de regiões montanhosas da Eurásia. Cerca de um milênio mais tarde, os povos semitas também habitaram essa mesma região. Já nesse período, a Mesopotâmia possuía um expressivo conjunto de cidades-Estado, como Nipur, Lagash, Uruk e Ur. A Mesopotâmia foi uma região por onde passavam muitos povos nômades vindos de diversas regiões. A terra fértil fez com que alguns desses povos aí se estabelecessem. Do convívio entre muitas dessas culturas floresceram as sociedades mesopotâmicas. Os povos que ocuparam a Mesopotâmia foram: os sumérios, os acádios, os amoritas ou antigos babilônios, os assírios,os elamitas e os caldeus ou novos babilônios. Como raramente esses Estados atingiam grandes dimensões territoriais, conclui-se que apesar da identificação econômica, social e cultural entre essas civilizações, nunca houve um Estado mesopotâmico.

OS SUMÉRIOS
Foram talvez, os primeiros a habitar o sul da Mesopotâmia. A região foi ocupada em 4000 a.C. pelo povo sumério,   Entre os montes  ZAGROS e o  DESERTO DA ARÁBIA, correm dois rios caudalosos que desembocam no Golfo Pérsico: o Eufrates e o Tigre O vale que eles fertilizam é conhecido como  MESOPOTÂMIA,designando-se Assíria a sua parte norte e Caldeia a sua parte sul. Na zona mais meridional da MESOPOTÂMIA onde antes desembocavam separados os dois rios foi que os sumérios se estabeleceram no quarto milênio antes de Cristo. Sua origem é desconhecida, mas parece que vieram do planalto da Ásia Central. Fundaram cidades como  UR,  NIPPUR,  LAGASH, cada uma constituindo um pequeno estado. As cidades foram erguidas sobre colinas e fortificadas para que pudessem ser defendidas da invasão de outros povos que buscavam um melhor lugar para viver. Sua organização política era semelhante a uma confederação de cidades-Estado, governadas por um chefe religioso e militar que era denominado patesi.
Os sumérios tinham rebanhos bovinos, ovinos e praticavam agricultura para a qual haviam ideado um arado e uma semeadora puxados por bois. Em seu novo lar apreenderam como aumentar a produtividade natural do vale fluvial construindo canais de irrigação.Aprenderam a construir suas aldeias em outeiros naturais ou artificiais, de modo a ficarem a salvo das águas de enchentes e terem maior segurança contra ataques. Por volta de 3.500 a.C., como sabemos por escavações feitas em UR, os sumerianos haviam atingido uma brilhante civilização.Provavelmente sua cultura continuou a dominar a  BAIXA MESOPOTÂMIA por mais de 1500 anos enquanto na  BABILÔNIA reinava a dinastia de HAMURABI. *A influência da arquitetura sumeriana pode ser vista atualmente no minarete (torre da Mesquita da Samarra no finado Iraque). Construído em 848, o minarete tem uma rampa exterior em forma de caracol que termina num pequeno templo.*
Uma acentuada evolução técnica chegou a caracterizar a vida das cidades sumerianas. Para edificar suas moradias tiveram que recorrer ao tijolo, material cujas possibilidades souberam aproveitar ao máximo e que deu uma fisionomia singular à arquitetura mesopotâmica; a pedra, porém costumavam a utilizá-la para esculpir estátuas de deuses e de reis, dos quais algumas eram de notável expressão.




Como a maioria dos povos antigos, os sumérios eram politeístas. Porém os deuses serviam mais para resolver problemas terrenos do que solucionar os problemas que fazem parte após a morte. Cada cidade sumérica tinha seu Deus "comandante". Na visão dos sumérios, os deuses tinham comportamentos parecidos com o das pessoas, praticavam o bem e o mal, e eram muito mais temidos do que amados.
Os Sumérios são conhecidos pelo desenvolvimento da escrita cuneiforme (assim chamada porque o registro era feito em placas de argila com auxílio de estilete que imprimia traços com forma de cunha) Os sumérios desenvolveram um  sistema de escrita que inicialmente se destinava ao registro da contabilidade dos templos. Os registros escritos eram necessários para a administração do rico patrimônio acumulado pelos templos através de oferendas religiosas, como escravos, rebanhos, terras. 

*Provérbio Sumério*

"O pobre está melhor morto do que vivo.
Se tem pão, não tem sal,
Se tem sal, não tem pão,
Se tem carne, não tem cordeiro,
Se tem cordeiro, não tem carne."      
Os antigos agricultores sumérios enfrentaram muitas dificuldades. A principal delas era a escassez de chuvas. Para obter água, abriram canais de irrigação.e desde o quarto milênio a.C., possuíam um complexo e completo sistema de controle da água dos rios. Realizavam obras de irrigação, barragens e diques, utilizavam também técnicas de metalurgia do bronze. Sua organização social influenciou muitos povos que os sucederam na região.
Através da maior parte de sua história os sumerianos viveram numa frouxa confederação de cidades-estados, unidas unicamente para fins militares. À frente de cada uma estava um patesi, que acumulava as funções de primeiro sacerdote, comandante do exército e superintendente do sistema de irrigação. Ocasionalmente um desses governadores mais ambiciosos teria estendido seu poder sobre certo número  de cidades a assumindo o título de
rei. No entanto foi só na época de  DUNGI, mais ou menos 2300 a.C., que todos os sumerianos se uniram sob a autoridade unica de um chefe de sua nacionalidade. Dungi que, em longo reinado de cinqüenta e oito anos sabiamente dirigiu o trabalho de restabelecer a vida civilizada na Suméria e na Acádia. Infelizmente, porém, viu-se ele envolvido em guerras estrangeiras em que desgastaram as forças do império. Este por fim foi destroçado pelos amoritas do norte e os elamitas do leste e a capital Ur, sofreu total destruição.
O enfraquecimento político dos sumerianos, decorrentes da desunião, permitiu que povos semitas vindos do norte da cidade de ACAD, invadissem a região.
Os sumerianos possuíam um sistema econômico muito simples, e dava importância aos empreendimentos individuais do que geralmente se concebiam no Egito. A terra não era propriedade cimente do rei, nem a atividade comercial, nem industrial era monopólio governamental. As massas populares não tinham quase nenhum patrimônio como também propriedades. A escravidão não era uma instituição importante, muitos dos que eram considerados escravos não passavam na realidade de servos que haviam hipotecado sua pessoa por dívida.
A agricultura era o principal  interesse econômico da maior parte da população, sendo os sumerianos excelentes lavradores. Devido ao seu conhecimento de irrigação, conseguiram farta colheita de flutues e também de cereais. Sendo a terra divididas em  grandes latifúndios que achavam nas mãos dois governadores, dos padres e dos oficiais do exército, o cidadão médio ou era rendeiro ou um servo. No comércio estava a segunda parte da riqueza sumeriana. Em todas as transações comerciais maiores, serviam como dinheiro, barras ou lingote de ouro e de prata, sendo a unidade-padrão de trocas um círculo de prata de valor  de aproximadamente dois dólares ao câmbio moderno. 
Os sumerianos eram muito religiosos consideravam o culto a seus deuses a principal função a desempenhar na vida. Quando interrompiam as orações, deixavam estatuetas de pedras que os representavam diante dos altares para rezarem em seu nome. Dentro dos templos havia oficinas para artesãos, cujos produtos contribuíram para a prosperidade da  SUMÉRIA. Os sumerianos acreditavam num dado número de deuses, tendo cada um deles uma personalidade distinta com atributos humanos. Podemos citar alguns deuses:  ISTAR, a deusa do princípio feminino da natureza:
  SHAMASH,  era  o  deus  do  sol,  

dava  o  calor, luz em beneficio do homem, mas também podia mandar seus raios abrasadores para secar o solo e as plantas. O dualismo religiosos, envolvendo a crença em divindades inteiramente separadas do bem e do mal, só aparece na civilização muito depois.
Os sumerianos destinavam sua religião exclusivamente a este mundo e não ofereciam qualquer esperança  à outra vida, não partejavam a mumificação e nem construíram túmulos complicados. Os mortos eram enterrados sob o piso da casa sem caixão.
Os sumerianos não realizavam grades coisas nas atividades intelectuais. Sua grande realização, no entanto, foi a escrita que esta destinada a ser usada durante milhares de anos depois do desaparecimento de nação. Na matemática, descobriram o processo de  multiplicação e divisão a até a raiz quadrada e cúbica. Seu sistema de numeração, pesos e medidas, era duodecimal, com o número sessenta como unidade mais comum. A astronomia era pouco mais que astrologia e a medicina, um curioso misto de ervaria e magia. O  receituário dos médicos consistia principalmente em feitiços para exorcizar os epítetos  maus e acreditavam serem causas das doenças.
Toda a história dos sumerianos foi coalhada de invasões, guerras e criação de impérios. Uma razão dessas guerras - por paradoxal que possa parecer - era a de que o país reclamava paz, porque as riquezas do delta dependiam da cooperação no trabalho de irrigação e a guerra interrompia essa cooperação. Eis por que os governantes de pequenos reinos procuravam aumentar seus domínios a fim de torná-los mais seguros; para fazê-lo, porém, parece que achavam que deviam levar a guerra aos reinos vizinhos.
Como artistas os sumerianos, destacaram-se nos trabalhos com metal, na lapidação de pedras preciosas e esculturas. Os edifícios característicos da arquitetura sumeriana é o ZIGURATE,  
                                                                               
                                                                                        TORRE DE BABEL
depois de muito copiado pelos povos que se sucederam na região, era uma construção em forma de torre composta por sucessivos terraços e encimada por pequeno templo.
A educação estava nas mãos dos sacerdotes e assim sua influência era culminante sobre e a vida intelectual total da nação. Nas escolas dos templos, ensinavam aos estudantes o complicado sistema de escrita. Também se ensinava a matemática e ainda a língua sumeriana e semítica. Os estudantes que desejassem podiam continuar em estudos mais especializados, visando a profissão como medicina, o sacerdócio e a arquitetura. Na literatura, constituída principalmente pelos poemas e narrativas épicas, destacam-se duas obras sumerianas: a  Epopéia de Gilgamés a mais antiga narrativa sobre o dilúvio e o Mito da Criação.

Na primeira, Gilgamés é apresentado como rei de  Uruk que busca a imortalidade, acompanhado em suas aventuras por Enkidu. Em uma de sua passagens, o poema assemelha-se intensamente a posterior descrição do dilúvio no Antigo Testamento, não deixando dúvida alguma de que autores do Gênesis ali se inspiraram. No poema sumério, o herói é  Utanapishtim, enquanto no Gênesis é Noé. "quando chegou o sétimo dia, soltei um pombo o pombo partiu, mas regressou em seguida deu um vôo curto, pois não encontrou lugar seguro para pousar Depois soltei uma andorinha. A andorinha partiu, mas logo regressou. Mandei soltar um corvo que, vendo que as águas tinham descido, come, descreve um circulo e não regressa." Já o mito da criação narra a origem do mundo, através do mito do Marduk, deus da Babilônia, que cria o céu e a terra, os astros e o homem para servir aos deuses.”
Existe na Babilônia uma maravilhosa lenda que conta a façanha do gigante  GILGAMESH. Inúmeros poetas contribuíram para a criação dessa lenda, mas seus nomes foram perdidos na noite dos tempos. Gilgamesh, há séculos, reinava na cidade de URUK, e quis forçar seu povo a construir uma gigantesca muralha fortificada ao redor da cidade. Assuntados com esse trabalho, muito fatigante para as forças humanas, seus súditos imploraram a ajuda dos deuses.
Os deuses os ouviram: a deusa Ishtar lhes enviou Enkidu, seu protegido que vivia só nos fundos das florestas de cedros, entre os animais selvagens. Enkidu deveria desafiar o gigante para um combate singular, onde mataria, mas os dois adversários, contrariando o desígnio da deusa, tornaram-se amigos. Juntos organizaram harmoniosamente o mundo, livrando-o dos invasores Um dia  Enkidu levou seu companheiro para visitar  Ishtar. Esta, descobrindo que lhe a tinha abandonado por  Gilgamesh, tentou seduzir o gigante. Este porém, sabia que todo  aquele que amasse a deusa estava destinado a morrer e por isso repeliu suas seduções. Despeitada,  Ishtar fez Enkidu morrer leproso e afligiu Gilgamesh com o mesmo mal. *OS ACÁDIOS*
Copilação 

"O DILÚVIO NA EPOPÉIA DE GILGAMESH

POR WAGNER VENEZIANI COSTA

Meus Caros Irmãos da Antiga Honrosa Fraternidade Nautas da Arca Real,
Minhas Reverências e Minha Fidelidade!!!!

Nos poemas Sumérios Utnapishtim é um rei e um sacerdote de Shurrupak. É o filho de Ubara-Tutu, e seu nome é traduzido geralmente como “ele que viu a vida”. É o protegido do Deus Ea, único sobrevivente da inundação Suméria, com sua família e com a chamada no poema “a semente de todas as criaturas vivas”. Seu nome significa que “encontrou a vida” (isto é imortalidade). É o personagem principal da história da inundação na décima primeira tabela do Épico de Gilgamesh. Em uma versão diferente deste épico é nomeado Atrachasis, ou seja, “sábio excepcional”. Utanapishtim mostra muitas similaridades com o Noé da história bíblica. A Tabuinha XI está inserida no final do texto, marquei em vermelho algumas passagens, interessantes.

O narrador bíblico, inspirado por essa lenda, conta que primeiro Noé soltou um corvo, depois uma pomba, que ao voltar com um ramo verde no bico, sinalizou que as águas haviam baixado.
Pesquisadores acreditam que o mito de uma enchente universal tenha origem no povo sumeriano, que presenciou há cerca de 4.000 anos antes da Era Comum, uma enchente que cobriu uma grande área, a Noroeste do Golfo Pérsico. Os cientistas calculam que a área atingida pelas águas foi em cerca de 160 km de largura por 630 km de comprimento. Para os antigos, que não tinham noção da extensão de mundo, parecia tratar-se de uma enchente universal, e esse acontecimento foi transmitido de geração em geração. Escavações realizadas em Ur, próximo a Bagdá, provaram ter de fato havido uma grande inundação em tempos remotos.

Alguns metros abaixo do solo formou-se uma capa muito grossa de lama. Para surpresa dos pesquisadores, sob esta lama sedimen
tada encontraram restos de uma civilização antiga. A Ur dos Caldeus. A grande enchente, que para os que sobreviveram a ela, teria coberto todo o planeta, pode ter sido provocada por um dos degelos cíclicos da Terra. As águas do Golfo Pérsico teriam invadido uma longa extensão de terra, exterminando pessoas, animais e plantas. Como os antigos justificavam todas as tragédias como sendo castigo divino, logo surgiu o mito do dilúvio.

Gilgamesh se tornou um herói do mundo antigo, um homem vaidoso buscando aventuras, glória, fama e imortalidade. Foi contemporâneo dos reis de Quich, os dois últimos da primeira dinastia, Enmebareggesi e seu filho Agga. Este último preparou o cerco militar de Uruk sob Gilgamesh, porém, foi forçado a suspendê-lo. Gilgamesh derrotou Agga acabando com a supremacia de Quich sobre a Suméria. Entre os cuneiformistas, a primeira dinastia de Quich e a de Uruk são coincidentes em grande extensão. Quanto à primeira dinastia de UR, - da qual se têm diversas inscrições contemporâneas - , seu fundador, o rei Mesannapadda, viveu muito tempo após Gilgamesh. Sua dinastia coincidiu também com a primeira dinastia de Uruk, no reinado do seu último rei Lugalkidul. Os sucessores de Gilgamesh foram seu filho Urnungal - a partir do qual os reis de Uruk ganham o título de “Reis de Quich”, o que significava supremacia -, e o seu neto Udulkalamma. Lugalkidul subiu ao trono 120 anos após Gilgamesh em 2560 a.e.c., e seu reinado aconteceu no tempo da segunda dinastia de Quich, principalmente no período do rei Mesilim, que dominou o rei de Uruk e ganhou a independência de Quich. Posteriormente Lugalkidul é destronado por Mesannapadda de Ur.Como grande feito de governo, é atribuído à Gilgamesh a construção da colossal muralha que defendeu e garantiu a soberania da cidade em diversas ocasiões. Segundo nos conta as lendas babilônicas, a construção da muralha custou várias vidas e marcou o reinado do grande rei como tirânico e impiedoso.
A mais remota história narrada pelo Homem é de origem suméria, um épico conhecido como A Epopéia de Gilgamesh. Esta narrativa está inserida no modelo literário mesopotâmico, uma antologia de lendas e poesias das quais não se pode precisar a procedência, o início e a realidade. Ela foi transmitida, ao longo do tempo, de geração para geração, através da práxis típica da literatura oral. Gilgamesh foi um importante rei da Suméria, seu reinado aconteceu no período pós-diluviano. Sua história, segundo relatos lendários, lembra muito a de Héracles, conhecido personagem da mitologia grega, pois ele era considerado robusto e poderoso, o mais forte do Planeta. Estudiosos comparam sua saga com a de Noé, um dos protagonistas da mitologia judaico-cristã. O elo de ligação entre os dois textos seria Ninrode, supostamente um dos descendentes do construtor da Arca Sagrada.

Quando se estuda o Gênesis, um dos principais livros da mitologia judaico-cristã, encontra-se logo na introdução deste texto similaridades entre os dois épicos, especialmente no trecho que descreve como é gerado o Homem. Na epopéia suméria os súditos, insatisfeitos com o orgulho e a lascívia do soberano Gilgamesh, clamam aos deuses pela gestação de um ser que fosse a cópia exata do rei, detentor de tanta autoridade quanto ele, para assim ser capaz de lutar contra ele e de resgatá-lo dos seus vícios. Um dos deuses, An, atende aos pedidos do povo e transmite a Aruru, deusa que preside a criação, a ordem de que produza o ser conhecido como Enkidu. Ela elaborou sua obra-prima através do barro e da água, com sua natureza preenchida pela mesma substância que constitui Anu, o Senhor dos céus, assim como o Homem, segundo o Gênesis, foi criado à imagem e semelhança de Deus, também constituído do elemento terra.
Há ainda várias outras passagens semelhantes entre as duas obras mais antigas da Humanidade, como, por exemplo, a idéia de que tanto Enkidu quanto Adão foram situados pela Divindade no seio da Natureza, sobrevivendo através de sua coexistência pacífica com o meio, dispondo de todos os recursos apropriados para a vida humana. Além disso, nas duas epopéias o papel da sedução, do pecado e da luxúria cabe à mulher – uma hieródula sagrada em Gilgamesh, e Eva, a serpente ou o fruto proibido no Gênesis.

O herói sumério tem um objetivo fundamental em sua vida, a procura da imortalidade. O mito tem como principal função, portanto, narrar sua jornada em busca da eternidade, da qual se viu privado pelos deuses assim que nasceu. Ele passa toda a existência, assim, perseguindo sem sucesso esta meta inatingível.
Vários fragmentos desse épico são encontrados aqui e ali, em variantes narradas por outros povos, com certeza influenciados pelo texto original, o qual possivelmente se tornou grande sucesso de público na época em que surgiu. As primeiras versões encontradas provêm do Período Babilônico Antigo (2000-1600 a.e.c.), mas podem pertencer a um momento anterior. Afirma-se isto porque o protagonista desta narrativa foi historicamente o quinto rei da primeira dinastia de Uruk surgida na era pós-Dilúvio, a qual teria deixado suas marcas na cultura suméria no período Primeiro Dinástico I (3000-2500 a.e.c.). Dizem alguns pesquisadores que esta ancestral epopéia pode ter influenciado inclusive clássicos gregos como a Odisséia e a Ilíada, ambos de Homero, escritos entre os séculos VIII e VII a.e.c.
Bem, vamos alimentar um pouco mais sobre o Dilúvio…
Dentre as várias mitologias sumerianas e babilônicas, estão os relatos do dilúvio, episódio também retratado nas Escrituras Sagradas dos judeus e cristãos. Muitas tabuinhas foram preservadas até hoje na Mesopotâmia, entre elas uma em sumério, duas em acádico (do século XVII) e uma em grego.
No entanto, as sumérias e as acádicas se encontram em estado deplorável, e para não perder o fio da história, tomou-se a tradução das tabuinhas encontradas na biblioteca assíria do rei Assurbanipal, datadas do século VII. Ocupando quase dois terços da 11ª tabuinha da Epopéia de Gilgamesh, eis o seu contexto: Gilgamesh, insatisfeito com a morte de seu amigo Enkidu parte em busca da imortalidade. Chega a um lugar depois das águas da morte, morada de Utnapishtim (o Noé babilônico) e sua esposa, onde desfrutam da imortalidade.
Não tenho nenhuma dúvida que a lenda de Adão e Eva, Cain e Abel, tenham surgido também da mitologia Babilônica.
Quando Gilgamesh pergunta “Como entraste na assembléia dos deuses e obtiveste a Vida?” Utnapishtim se vê obrigado a lhe contar a história de como escapou do grande Dilúvio.
Tabuinha XI
Utnapishtim disse a Gilgamesh:
“Vou revelar-te, Gilgamesh, algo oculto,
10 e o segredo dos deuses, a ti quero contar. “Shuruppak, a cidade que conheces,[e] que está situada [à margem] do Eufrates,esta cidade é antiga, é lá que estavam os deuses.Suas más disposições levaram os grandes deusesa desencadear um dilúvio;
15 a isso também levaram seu pai Anu,seu conselheiro, o destemido Enlil, seu camareiro Ninurta e seu comissário Enugi. O Príncipe Ea, que jurara com eles,
20 repetiu suas propostas na choupana de junco:choupana, choupana, tabique, tabique,choupana escuta, tabique, esteja atento.Homem de Shuruppak, filho de Ubar-Tutu,passa a demolir tua casa, constrói um barco;
25 renuncia à riqueza e busca a vida;despreza os bens e conserva a vida.Faze subir à barca viventes de todas as espécies.Que da barca que construirás,as dimensões se correspondam:
30 que sua largura e comprimento sejam iguais; cobre-a como é coberto o Apsu. Eu compreendi e disse a Ea, meu Senhor”[...] meu Senhor, assim será como tu me disseste;[fiquei] atento e, assim, o farei!
35 [mas] que devo dizer à cidade, povo e anciãos?”Ea abriu a boca e disse,dirigindo-se a mim, seu servo:”Quanto a ti, tu lhes dirás: pode ser que Enlil não me queira bem pessoalmente;
40 não mais habitarei em vossa [cidade]e sobre o solo de Enlil não mais porei os pés;descerei a Apsu para ali habitar com Ea meu Senhor.[Sobre] vós, fará chover para vós a opulência,quantidade de aves, cestos de peixes;
45 [ele vos concederá] riquezas e [abundante] colheita.De manhã, ele fará chover doces para vós e, à noite, frumento a cântaros!”Aos primeiros albores da manhã[...] o país se reuniu,
50 [o carpinteiro] trazendo [sua] per[chá],[o tecedor de juncos] trazendo [...]os jovens [...][...]a criança [tra]zendo (?) o betume;
55 o pobre trouxe o que era preciso.No quinto dia, eu tracei os contornos:sua superfície era de um “campo”, suas paredes de 10 perchas de altura cada uma. cada pé direito era igual a 10 perchas.Eu dispunha suas formas, eu o desenhava;
60 eu o marcava seis vezes;eu o dividia em 7 (andares);eu dividia o interior em nove.Enterrei em seu centro buchas de água.Encontrei uma estaca e coloquei o que era preciso,65 Derramei 3 vezes 3.600 medidas de betume refinado no forno;[...] 3 vezes 3.600 medidas de betume cru dentro.Os portadores de selhas que transportavam o óleo eram 3 vezes 3.600:ao lado das 3.600 (medidas) de óleo que absorveram a farinha da semente do figo,(havia) 2 vezes 3.600 medidas que o bateleiro pôs de lado.
70 abati bois para [...];matei carneiros todos os dias;[dava] aos artesãos cerveja, cerveja Kurunnu, óleo e vinho, como se fosse água do rio, para que festejassem como no primeiro dia de um novo ano.
75 [Ao nascer] do sol, comecei a emboçar com óleo;ao pôr-do-sol, a embarcação estava terminada![...] muito difícil,e não pararam de transportar as achas de lenha (?) de trás para frente.[...] foram (?) seus dois terços.
80 Eu o carreguei [com tudo o que eu tinha]:Eu o carreguei com tudo quanto tinha em prata;Eu o carreguei com tudo quanto tinha em ouro;Eu o carreguei com toda espécie de tudo que tem vida;fiz subir na embarcação toda a minha família e contra-parentes;
85 fiz subir o gado da estepe, os animais da estepe e todos os artesãos.Shamash fixara-me um prazo:”De manhã farei chover doces e, à noite, frumento a cântaros;entra no barco e fecha a porta”.Este prazo expirou:
90 de manhã, fez chover doces e, à noite, frumento a cântaros.Eu vi o aspecto do tempo,o tempo estava terrível para se ver.Entrei no barco e fechei a porta;ao calafetador do barco, a Puzur-Amurru,o construtor do barco,
95 dei o palácio com seus bens.Aos primeiros albores da manhã,uma nuvem escura surgiu no horizonte;Adad dela trovejava os deuses Shullat eanish o precedendo
100 e, com seus arautos, atravessavam montanhas e o país.Erragal arrancou as estacas; Ninurta derrubou os diques, os Anunnaku ergueram as tochase com sua irradiação abrasaram a terra.
105 O furor (gerado por) Adad cortou os céus;mudando em trevas tudo quanto era luz.[...] quebraram [...] do país como um jarro.Um dia inteiro a tempestade [...];rugiu fortemente e [...].
110 A arma divina passou sobre as pessoas como furacão.Um irmão não via mais seu irmão,e, debaixo dos céus, ninguém, ninguém se reconhecia.Os deuses se amedrontaram com o dilúvio,afastaram-se e subiram aos céus de Anu.
115 Os deuses, encolhidos como cães, permaneciam do lado de fora.lshtar gritava como uma parturiente; Belet-ili lamentava-se com sua bela voz:”Realmente, os antigos dias se transformaram em lama,
120 visto eu ter ordenado algo mau na assembleia dos deuses!Como pude eu ordenar algo mau na assembleia dos deuses?Ordenei um furacão para a perda de minha gente(como se) eu tivesse dito: gerarei minha gentepara que povoem o mar como peixes pequeninos!”Os deuses, aqueles que pertencem aos Anunnaku, choravam com ela;
125 os deuses… em pranto;seus lábios estavam febris, estavam tomados…Seis dias e [sete] noitesruge o vento; o dilúvio, a tempestade nivelam o país.Quando chegou o sétimo dia, a tempestade, o dilúvio, o furacão…
130 Ela que se debatia como uma mulher em parto,o mar se acalmou; calou-se o vento mau, o dilúvio cessou.Eu olhava o tempo: reinava o silêncioe todos os seres vivos tinham-se transformado em barro;a terra amolecida, assemelhava-se a um teto.
135 Abri uma lucarna e o ar fresco atingiu meu rosto.Ajoelhei-me e sentei-me chorando;por minha face corriam as lágrimas.Contemplava a orla do mar;a cada 12° (léguas) erguia-se um país.
140 A embarcação acostou no monte Nicir;o monte Nicir segurou a embarcação e não a deixou mais mover.Um primeiro dia, um segundo dia, o monte Nicir ditoum terceiro dia, um quarto dia, o monte Nicir ditoum quinto, um sexto, o monte Nicir dito.
145 Quando chegou o sétimo dia,fiz sair uma pomba e soltei-a;a pomba se foi e voltou:não encontrando onde pousar, voltou.Fiz sair uma andorinha e soltei-a;
150 a andorinha se foi e voltou:não encontrando onde pousar, voltou.Fiz sair um corvo e soltei-o;o corvo se foi e, vendo o refluxo das águas,comeu, patinhou (?), crocitou, e não voltou.
155 Fiz outros saírem, em todas as direções, ofereci um sacrifício;fiz uma oferta, expandida sobre o piso da montanha;ergui sete e sete vasos em libação;a seus pés coloquei cana, cedro e mirta.Os deuses sentiram o odor;
160 os deuses sentiram o bom odor;os deuses, à semelhança de moscas, reuniram-se em torno do sacrificador.Após o que, a “Suprema” chegou,levou as grandes “moscas” que Ann lhe ofertara quando (brincavam com ela):”Deuses que aqui estão! sejam elas o (adorno) em lazulite de meu pescoço! Possa eu nunca esquecer!
165 Os dias nos quais vivo, possa eu deles sempre lembrar, jamais esquecê-los!Que os deuses se aproximem da oferta derramada,(mas) que Enlil não chegue até a oferta derramada, porque ele não refletiu, provocou o dilúvioe entregou meu povo a uma catástrofe!”
170 Logo após Enlil ter chegado,Enlil viu a embarcação e enfureceu-se;cheio de rancor contra os deuses Igigu:”Alguém escapou com vida! Ninguém deveria sobreviver à catástrofe!”Ninurta abriu a boca e disse, dirigindo-se ao valente Enlil:
175 “Quem, pois, senão Ea poderia inventar coisa (semelhante)?Porque Ea é todo artifício”.Ea abriu a boca e disse, dirigindo-se ao intrépido Enlil:”Tu, o tão sábio dentre os deuses, o valente,como explicar não teres refletido e teres provocado um dilúvio?
180 Faze com que o faltoso carregue sua falta, o malfeitor sou malefício; seja indulgente, que ele não seja cerceado; temporiza, que ele não [...]. Em vez de teres provocado um dilúvio, (melhor seria) que um leão tivesse aparecido e decimado as pessoas!Em vez de teres provocado um dilúvio, que um lobo tivesse surgido e decimado as pessoas!Em vez de teres provocado um dilúvio, que uma fome tivesse sido provocada e que ela… [...] o país!
185 Em vez de teres provocado um dilúvio, que Ea tivesse surgido e massacrado toda gente!Eu, eu não revelei o segredo dos grandes deuses;ao extremamente inteligente fiz ver um sonho e ele aprendeu (assim) o segredo dos deuses.Agora, informe a seu respeito”.Enlil subiu (então) no barco,
190 tomou-me pela mão e fez-me subir;fez também subir e ajoelhar minha mulher a meu lado.Tocou nossas frontes e, de pé entre nós, abençoou-nos:”Antes, Utnapishtim possuía natureza humana; agora, que Utnapishtim e sua mulher tornem-se como nós, os deuses;e que Utnapishtim permaneça longe, na embocadura dos rios”.
195 Eles me tomaram e me fizeram ficar a distância,na embocadura dos rios.
“Diariamente, adore seu Deus(a) pessoal com oferendas, preces e incenso perfumado. Dê seu coração ao seu Deus ou a sua Deusa, Pois Ele(a) foi Escolhido para ser seu Deus ou a sua Deusa pessoal. Preces, súplicas, erguer a mão num cumprimento, tais atos deves ofertar a cada manhã para que seu poder seja maior, e desta maneira você, através do seu Espírito Protetor, ter enorme sucesso.”
Provérbio Babilônico
TRÍADES - A religião babilônica conhecia duas triades (con junto de três deuses, segundo o esquema familial, pai, mãe e filho) principais; a característica mais notável dessas tríades é que não correspondem ao sentido comum que lhe dão, feito sob o esquema familial, de pai, mãe e filho; em geral, as religiões evoluídas de um culto naturista, não guardam essa noção.A primeira tríade babilónica é composta de Anu, Enlil e Ea; a segunda é formada por Sin, Sarnas e Istar.


Por Wagner Veneziani Costa
Grão-Mestre da Grande Loja de Mestres Maçons da Marca Brasil
Referências bibliográficas:
PESSOA P. Fernando. História da Suméria e sua relação com a origem: Recife, Livro Rápido, 2009.http://www.sumeria.templodeapolo.net/ver_reis.asp?Cod_rei=14&Video=Civiliza%C3%A7%C3%A3o%20Sum%C3%A9ria&Imagens=Gilgamesh&topo=#1
VV.AA. A Criação e o Dilúvio segundo os textos do Oriente Médio Antigo. Trad. M. Cecília de M. Duprat. São Paulo: Paulinas, 1990.Autor (a): Mariana G. Coelhohttp://www.astrologosastrologia.com.pt/dicionario=mitologia+babilonica.htm
http://www.angelfire.com/me/babiloniabrasil/glossa1.html
http://www.pauloliveira.com/MySiteOLD/Zigurate/Zigurates.htm
A Epopéia de Gilgamesh, Madras Editora, 2004." (Toda a citação na integra com as referências)

Após um período de domínio dos reis elamitas (viviam no sudoeste do atual Irã), os sumerianos voltaram a gozar de independência.Entretanto, a guerra entre os sumérios para a permanência no poder acabou dando espaço para que a conquista acadiana da Mesopotâmia tivesse êxito. Mas esses dois povos, de culturas similares, acabariam se unificando para formar o I Império Mesopotâmico
Grupos de nômades, vindos do deserto da Síria, começaram a penetrar nos territórios ao norte das regiões sumerianas. Conhecidos como acadianos, dominaram as cidades-estados da Suméria por volta de 2550 a.C. Por volta de 2400 a.C., conseguiram impor a sua hegemonia sob as cidades-Estado sumerianas. Já em 2330 a.C., o rei acadiano Sargão I promoveu a unificação da porção centro-sul da Mesopotâmia.
O período de ascensão do império acadiano foi relativamente curto, pois diversas tentativas de invasão militar enfraqueceram seriamente sua unidade política e territorial. Em 2180 a.C., os gutis – originários das montanhas da Armênia – empreenderam uma grande ofensiva contra várias cidades mesopotâmicas. Somente a cidade de Ur conseguiu reagir contra os gutis e impor sua dominação. Entretanto, por volta de 2000 a.C., os povos elamitas deram fim à supremacia acadiana.

Guti (tribo)

Os guti, gutis ou gutu foram um povo do este do Tigris, que habitava os Montes Zagrosno final do terceiro milênio a.C.; possíveis ancestrais dos curdos, que desde o 2000 a. C. participaram nas lutas por dominar Akkad, reino uma parte do qual chegaram a ocupar primeiro brevemente (2180 a. C.-2175 a. C.) e mais tarde por mais tempo (2159 a. C.-2116 a. C.). Aparecem na História Universal quando Naram-Sim, rei acádio, empreende uma expedição punitiva em sua contra. A famosa estela de Naram-Sim reflete o triunfo militar deste. No entanto, em um século depois os gutis cobraram-se sua revanche ao deixar-se cair sobre o Império Acádio, desmantelando-o. Os gutis impuseram-se em Mesopotâmia durante  aproximadamente em um século, até que a ressurreição política da antiga cidade suméria de Ur permitiu os destruir definitivamente.  

OS ACÁDIOS
Tribo de nômades que vieram do deserto da Síria, os acádios chegaram à  Mesopotâmia por volta de 2050 a.C., enquanto este território estava dominado pelos sumérios. As cidades sumerianas ocupavam as melhores terras da MESOPOTÂMIA. Por esse motivo atraíram a atenção dos acádios povos que habitavam a cidade de  ACAD, esses povos estabeleceram ao norte dos sumérios, fundando algumas cidades, vindo ACADÉ a ser a mais importante.
Ali reinaram, pouco depois, o rei SARGÃO, e seu neto NARAM-SIN, conquistaram um vasto império  englobando todos os povos da  CALDEIA, o ELÃ - no extremo ocidental da meseta do IRÃ - seria a Alta Mesopotâmia, até chegar à Ásia Menor.
As cidades-Estado foram unidas pela primeira vez pelo soberano Lugal-zage-si, de Uruk, por volta de 2375 a.C. Quase um século depois, o imperador Sargão I, que comandava a cidade de Acádia, conquistou a maioria do território outrora ocupado pelos sumérios, chegando a cobrir todo o Mar Mediterrâneo e a Anatólia. A partir da margem esquerda do rio Eufrates, entre Sippar e Kish (onde hoje localiza-se o Iraque), os acádios conquistaram a Mesopotâmia meridional e Elam, criando os estados de Isin, Larsa e Babilônia O centro hegemônico acádio seria a cidade de Akad.
Apesar disso, as cidades-Estado sumerianas ainda eram dominadas pelos mesmos governantes, com a rígida condição de que pagassem os tributos exigidos pelos acadianos. Por seu extenso domínio, Sargão I chegou a ser reconhecido como “soberano dos quatro cantos da terra”, ou seja, rei do mundo inteiro.
Sob a liderança de Sargão I, os acádios criaram um Estado centralizado, nos moldes sumérios, e avançaram nas táticas militares através da mobilidade pelo deserto, com armamentos leves como o venábulo (lança) para elevar a resistência de seus guerreiros. Na religião, a crença politeísta permitiu que novos deuses fossem cultivados, incluindo o próprio rei.
Por volta de 2.500 a.C.; os acádios dominaram as cidades dos sumérios. Nas batalhas, os acádios utilizaram o arco e a flecha, mostrando-se mais rápidos e eficientes que a infantaria (tropa que luta a pé) armada com pesadas lanças e escudos. Comandados por  SARGÃO I, os acadianos conquistaram e unificaram as cidades sumerianas, fundaram o primeiro império mesopotâmico que expandiu desde o Golfo Pérsico até as regiões de AMORRU e da ASSÍRIA.
Sargão foi um homem notável que se  ergueu da humilde posição de copeiro para tornar-se o primeiro dos construtores do império semita. Era conhecido como o "soberano dos quatros cantos da terra". Ao mesmo tempo o Império Acadiano incorporou a cultura sumeriana, com destaque para os registros da nova língua semítica em caracteres cuneiformes. Estendeu seus
domínios sobre os assírios, invadiu as Montanhas Zagros para leste e chegou mesmo a alcançara a Ásia Menor, a Síria, assim como a conquistar terras da Suméria e tornar a influência semítica, ali mais forte do que nunca. Por suas conquistas Sargão obteve o controle das regiões de grande riqueza mineral e comercial que pretendiam organizar como partes de seu império.
A unidade do Império Acádio durou pouco. Revoltas interferiram nos planos de  Sargão I e seus sucessores não foram capazes de manter o império.
O sistema político acadiano era centralista na pessoa do rei, a ponto de tornar-se divinizado. Com a morte de Sargão seguiu uma nova dinastia que se estabeleceu na cidade de UR, unificando acádios e sumérios. Nesta época - 2050 a l950 a.C.,- a região começou a sofrer a invasões e apesar dos sistemas de fortificações construídos ao longo do rio Eufrates, não foi possível evitar a penetração dos cananeus e o desmembramento do Império Acádio, isso ao redor de 2100 a.C., permitindo breve re-erguimento de algumas das cidadesestados sumerianas, como UR.
A antiga Mesopotâmia sempre foi alvo da disputa entre povos que se sucederam no controle da região, e o principal motivo da luta era a importante riqueza para aqueles que descobriram a agricultura: a água dos rios Tigre e Eufrates. Passados mais de 5 mil anos, a região continua sendo palco de guerras; na atualidade a invasão do Iraque e o foco do conflito sem dúvida é outra riqueza natural: o petróleo,  tão valioso para as sociedades industrializadas quanto a água para as teocracias de regadio.
Desde o início da década de 1990 o Iraque país que ocupa a região situada entre os rios Tigre e Eufrates envolveu-se em conflitos com países vizinhos como o Kuwait e outras nações especialmente os Estados Unidos.
Além das trágicas perdas humanas, essas guerras e essa invasão do Iraque arbitrária acarretam outros prejuízos também irreparáveis: a destruição de sítios arqueológicos e vestígios dos antigos povos da Mesopotâmia, importante material de estudo que nos auxilia a compreender o modo de vida da antigüidade. É lamentável ainda, perceber que, em pleno século XXI, interesses econômicos, mentiras da "inteligência" e demonstrações de "forças" de alguns países que querem ser os donos da verdade e a polícia do mundo, ainda sobrepõem à vida e à história. que ameaçavam a espécie humana. 

O desenvolvimento da escrita cuneiforme pelos sumérios possibilitou o registro da primeira língua semítica da Antiguidade: a língua acadiana, que já chegou a ser usada como língua internacional por todo o Oriente Médio. Inclusive, o Código Hamurabi, escrito pelo monarca amorita de mesmo nome e conhecido como o primeiro código penal que se tem registro, foi elaborado em acadiano.
Por volta de 2150 a.C., os constantes ataques dos guti, povos asiáticos da região montanhosa da Armênia, acabariam com o domínio acádio, que já estava abalado com as revoltas internas após a fraqueza política que se instaurou com a morte do Imperador Sargão 
*OS CASSITAS*
Os Cassitas eram, segundo parece, de raça indo-européia, embora seja possível que, como os hicsos, constituíssem um conglomerado heterogêneo em que os indo-europeus seriam apenas os donos da situação. Os  Cassitas eram bárbaros e não demonstraram nenhum interesse pelas realizações culturais de seus predecessores. A sua única contribuição foi a introdução do cavalo no Vale do Tigre e do Eufrates.O certo é que, pouco depois do reinado de  HAMURABI,  os  cassitas - unidos talvez aos hititas - apareceram na Mesopotâmia e a percorreram em rápidas conquistas. Muitos deles permaneceram ali, tais como soldados mercenários; mas por volta de 1769 a.C., um grupo de cassitas se apoderou do poder e fundou uma dinastia que se radicou na Babilônia e dominou a região durante quase dois séculos. Os  cassitas quando viam algo que desejavam não hesitavam em lutar por isso. Assim esses viris montanheses tornaram-se os novos senhores da Babilônia. A história desse período é pouco significativa e não se conhece muito bem. Os  cassitas assimilaram prontamente a civilização babilônica  e não introduziram nela alterações importantes, motivos por que o aspecto do país pouco mudou durante o tempo de sua dominação. Não foi uma brilhante era, mas o comércio continuou a ter importância e são conhecidos as relações que a Babilônia teve naquela altura com todos os estados da época. Finalmente, ante a violência da agressão dos assírios, a Mesopotâmia Meridional caiu em poder deste povo que estava destinado a impor sua hegemonia sobre uma vasta extensão do Mundo Antigo. Governaram a  Babilônia por quase seis séculos, mas nunca seu domínio foi tão grande como os anteriores de Sargão e Hamurabi. *A famosa cidade de Uruk é um testemunho da melhor arquitetura do quarto milênio a.C. e sua descoberta tem revelado objetos de arte de valor incalculável.* 
AMORITAS ( 2000 a.C. a 1750 a.C.antigos babilônios)
Vindo do deserto Arábico por volta de 2000 a.C., o povo  amorita, também conhecido como babilônico, chegou a Mesopotâmia e estabeleceram se nno centro-sul da Mesopotâmia (Babilônia).sob a liderança de Hamurabi formaram o Primeiro Império Babilônico, que ia do Golfo Pérsico aos Montes Zagros. Por isso os  Amoritas ficaram conhecidos como babilônicos. Dali governaram um vasto império que ultrapassou os limites do que tinham logrado formar Sargão e Naran-sin: organizaram com prudência e firmeza
As características mais importante dos dominadores da Babilônia consistiu em saberem assimilar prontamente a civilização cujas bases tinham sido lançadas pelos sumérios. Sua técnica arquitetônica, suas invenções para o controle das inundações, sua escrita,  suas indústrias, tudo foi aproveitado pelos babilônios e desenvolvidos até em grau notável de progresso.
A cidade cuja, divindade protetora chamava-se  MARDUC,  e possuía notáveis templos, cobriu-se de construções belíssimas e se tornou centro importante de atividades de toda a sorte. Ali reinou entre 2133 a 2081 a.C., um rei chamado  HAMURABI que passou a história como um dos grandes codificadores da Antiguidade. 
No início do segundo milênio a.C., a região da Mesopotâmia constitui-se em um grande e unificado império que tinha como centro administrativo a cidade da Babilônia, situada nas margens do rio Eufrates. Os amoritas, povos semitas proveniente da Arábia, edificaram o Primeiro Império Babilônico. Este povo é conhecido também como "antigos babilônicos" o que os diferencia dos caldeus, fundadores do Segundo Império Babilônico,.
O soberano que mais se destacou foi Hamurabi (1728 a 1686), Hamurabi decidiu ampliar seus poderes políticos e econômicos na região e chefiando os amoritas, venceu os povos vizinhos e expandiu os domínios babilônicos por toda a Mesopotâmia,  desde o Golfo Pérsico até o norte da Assíria. Com efeito, Hamurabi mandou recopilar os diversos dispositivos que regiam a vida civil e ordenou que fossem gravados em pedra para que todos os povos submetidos a sua autoridade  os conhecessem elaborando leis que ficaram conhecidas como Código de Hamurabi, que tinha como base um código sumeriano " Ur-nammu". O " Código de Hamurabi"que continha 282 artigos e 3600 linhas de texto, legislava sobre questões penais e dividia a sociedade em três classes: homens livres, subalternos e escravos. O  Código de Hamurabi foi encontrado por arqueólogos  em 1901, na cidade de Susa e acha-se atualmente no Museu do Louvre em Paris.Hamurabi exorta o juiz a ser imparcial. O falso testemunho era. O caráter das leis que constituíam o Código de Hamurabi era bastante severo - a pena era equivalente à falta cometida. severamente castigado. Quando se acusava alguém de homicídio ou de magia, o acusado deveria dar provas de sua inocência submentendo-se a experiência da água (nesta prova o réu era atirado ao rio) e, se não sobrevivesse, estaria cumprida a sentença. Segundo as  leis de Hamurabi, "os ladrões e seus colaboradores pagariam seus feitos com a vida na  maior parte dos casos, às vezes eram cortadas as mãos e em outras era exigida uma indenização que não excederia 30 vezes o valor dos bens roubados". "Aquele que acusava falsamente alguém de haver participado em um roubo devia ser entregue á morte". “Era enterrado no lugar da violência." 

"Se alguém penetra com violência em uma casa, deve morrer. "Se alguém coloca fogo em uma casa e um dos que ajudaram a apagar o incêndio olha com cobiça o que possui o proprietário da casa e toma alguma coisa, deve ser jogado ao fogo".
"Um soldado que não cumpre seu dever e retrocede diante do inimigo devia ser condenado à morte, e aquele que o denuncia podia apropriar-se da casa do covarde".
 "A esposa que odeia seu marido e diz: tu não és meu marido, deve ser lançada ao rio com pés e mãos amarrados, ou ser jogadas do alto da torre do recinto".
"Se um filho agredisse um pai, teria as mãos decepadas. Caso um médico perdesse seu paciente, responderia pelos seus erros, tendo também as mãos decepadas. Dessa forma,pode-se dizer que as leis deste governantes se baseavam no princípio do olho por olho, dente por dente. Apresenta uma série de penas para delitos domésticos, comerciais, ligados à propriedade, à herança, à escravidão e as falsas acusações, sempre baseadas na Lei de Tailão ("Olho por olho, dente por dente")
Um exemplo de expansão e  unificação política da Mesopotâmia ocorreu por volta de 1763 a.C., sob o governo de  Hamurabi, rei babilônico que consolidou seu poder tomando medidas marcantes em diferentes aspectos sociais. Impôs o deus babilônio  Marduk aos povos vencidos e repartiu a propriedade da terra entre o Estado, templos e os particulares. Consagrou a divisão da sociedade em três grandes categorias:
- os  awilum, homens livres de elevada posição (sacerdotes, grandes proprietários, ricos comerciantes) a  quem as normas jurídicas conferiam tratamento privilegiado.
- os  mushkenum, homens livres de média posição que trabalhavam como servidores dos palácios, artesãos ou pequenos comerciantes.
- os escravos, prisioneiros de guerra ou homens livres que não conseguiam pagar suas dividas e se tornavam propriedade do credor. Normalmente, a escravidão por dívida durava certo período, estipulado pelo juiz da questão.
 Na  Babilônia existia um exercito regular cujos guerreiros recebiam como pagamento pequenos lotes de terras. Nas épocas das guerras os camponeses eram obrigados a prestar o serviço militar, o que os afastava da produção de alimentos. Essa circunstância acabava  por arruiná-los, levando-os muitas vezes, a contrair empréstimos, que não podiam pagar, tornando-se então muitas famílias devedores escravizados, cujo número aumentava sempre.
Os sucessores de  Hamurábi lutaram contra vários povos asiáticos (cassitas e hurritas). Em 1513 a.C., a Babilônia foi tomada pelos  hititas, terminando assim o 1º Império Babilônico. Até 1137 a.C a Babilônia foi dominada por vários povos, mas conseguiu sua independência sob a liderança de Nabucodonosor. Após sua morte  a Babilônia caiu sob o domínio dos Assírio. 
Após sua morte, a Mesopotâmia foi abalada por sucessivas invasões, até a chegada dos Assírios. Desenvolveu um preciso relógio de sol.
"O Código de Hamurabi é um conjunto de leis criadas na Mesopotâmia, por volta do século XVIII a.C, pelo rei Hamurabi da primeira dinastia babilônica. O código é baseado na lei de talião, “olho por olho, dente por dente”. 
Leis e objetivos do código 
As 281 leis foram talhadas numa rocha de diorito de cor escura. Escrita em caracteres cuneiformes, as leis dispõem sobre regras e punições para eventos da vida cotidiana. Tinha como objetivo principal unificar o reino através de um código de leis comuns. Para isso, Hamurabi mandou espalhar cópias deste código em várias regiões do reino.
As leis apresentam punições para o não cumprimento das regras estabelecidas em várias áreas como, por exemplo, relações familiares, comércio, construção civil, agricultura, pecuária, etc. As punições ocorriam de acordo com a posição que a pessoa criminosa ocupava na hierarquia social.
Algumas leis do Código de Hamurabi:
- Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então aquele que enganou deverá ser condenado à morte.
- Se uma pessoa roubar a propriedade de um templo ou corte, ele será condenado à morte e também aquele que receber o produto do roubo deverá ser igualmente condenado à morte.

- Se uma pessoa roubar o filho menor de outra, o ladrão deverá ser condenado à morte.  
- Se uma pessoa arrombar uma casa deverá ser condenado à morte na parte da frente do local do arrombamento e ser enterrado.
- Se uma pessoa deixar entrar água, e esta alagar as plantações do vizinho, ele deverá pagar 10 gur de cereais por 10 gan de terra.
.- Se um homem tomar uma mulher como esposa, mas não tiver relações com ela esta mulher não será considerada esposa deste homem.
- Se um homem adotar uma criança e der seu nome a ela como filho, criando-o, este filho quando crescer não poderá ser reclamado por outra pessoa."

Hamurabi também empreendeu uma ampla reforma religiosa, transformando o deus MARDUC da Babilônia no principal deus da Mesopotâmia, mesmo mantendo as  antigas divindades. A Marduc foi levantando um templo, junto ao qual foi erguido o zigurate da BABEL, citado pelo LIVRO GÊNESIS (Bíblia) como uma torre para se chegar aos céus.

A noção de Direito aqui utilizada refere-se ao conjunto de regras obrigatórias que disciplinam A VIDA EM SOCIEDADE. Nesse sentido amplo nenhuma sociedade funcionaria sem a adoção de um mínimo de regras de Direito. Por isso os antigos romanos afirmavam: onde houver sociedade, ai estará o direito -"Ubi societas, ibi jus" *OS HITITAS* 
OS HITITAS
Os  hititas eram de origem indo-européia e haviam chegado à Ásia Ocidental no princípio do segundo milênio. Percorreram durante algum tempo extensas regiões, estabelecendo transitoriamente na Mesopotâmia; mas acabaram preferindo radicar-se no centro da meseta da Anatólia, no país que depois chamou Capadócia. Ali fundaram sua capital HATI, onde começaram a se estender em diversos sentidos; não tardou que se chocassem com os egípcios, iniciando-se uma série de lutas em que estes últimos levaram a melhor, devido a sua aliança com os mitanianos, os assírios, e os babilônicos.
Contudo no século XIV os hititas conseguiram algumas vantagens por causa da crise interna que debilitou o poderio egípcio; de modo que as forças chegaram a contrabalançar-se. Em tais circunstância eis que irrompeu um novo povo que lhes invadiu os territórios, ameaçando a ambos que, então resolveram se unir. Ao que parece os hititas alcançaram grande poderio militar já nos princípios do segundo milênio a.C.. Já haviam feito conquistas no norte da Síria antes de destruírem Babilônia por volta de 1600 a.C., e deixaram os destroços aos cassitas porque lhes  era impossível manter o domínio a tão longa distância. Só porém depois do  século XV Hati tornou-se uma grande nação imperial. Como seus predecessores, os hititas davam muita importância à religião. Seu governantes era um rei-sacerdote e o clero tinha grande influência. O deus principal era  TESHUB o deus da tempestade, às vezes montado num touro. Outra divindade principal era a deusa-mãe a que se associava um jovem deus masculino. Seu emblema era o leão sobre o qual divindades representando regiões favorecidas e forças da natureza, e uma das poucas conhecidas da literatura hitita são as  ORAÇÕES NO TEMPLO DA PESTE, dirigida por MURSILIS II ao deus-tempo.
O domínio  hitita trouxe consigo duas invenções de importância fundamental para o progresso da humanidade: a utilização do ferro e o uso do cavalo. Esse animal era muito ágil para o transporte veloz de carros de guerra, construídos não mais com rodas cheias já conhecidas pelos sumérios, mas rodas com raios mais leves e de fácil manejo. Por diversos meios os hititas deixaram sua marca imprensa nos registros da história: pelos trabalhos pioneiros no uso do ferro; por seu grande império, que tão fortemente influenciou o curso da história no segundo milênio a.C., por sua adaptação e transmissão das realizações de outros povos asiáticos e por originais contribuições nas artes. *Demônios da Mitologia Hitita.

A história dos hititas era desconhecida até alguns anos. Hoje apareceram suas cidades e foram exploradas as suas ruínas.*
O rei hitita era chefe do exército, juiz supremo e sacerdote. As rainhas dispunham de certo poder. Apesar da decadência, o Império Hitita durou em torno de 1200 a.C., certos elementos  do mundo hitita sobreviveram três séculos nos pequenos reinos situados no sudeste da Anatólia e no norte da Síria.
A importância desta civilização reside no fato de ter sido ela que nos legou os mais antigos documentos escritos numa língua indo-européia (língua que deu origem a maior parte das línguas faladas na Europa) até hoje descobertos. A maior parte dos textos que tratavam de história, de política, de legislação, de literatura e de religião, eram gravados em cuneiforme sobre tabelinhas de argila. 





*OS ARAMEUS*

Os arameus semíticos, valeram-se da queda dos antigos impérios a fim de mudar-se do deserto para o norte da Síria. Embora facilmente dominassem ou expulsassem os nativos dos locais em que se estabeleceram, tiveram depois dificuldades com os hebreus, que eram vizinhos. Conquistados e incorporados ao Império Hebreu pelo rei Davi,  mais tarde recuperaram a independência. No século VIII a.C., foram conquistados pelos assírios e daí por diante não recobraram a liberdade. A civilização aramaica contudo, não desapareceu, mas continuou sob dominação alheia.
A carreira cultural dos arameus nos séculos após a sua derrota foi parecida à dos fenícios, com exceção de que, em vez de se voltarem no rumo do oeste, pelo mar, desenvolveram um comércio terrestre para o Oriente. Adotaram o alfabeto fenício e transmitiram aos povos orientais: assírios, persas e indianos, assim como os vizinhos hebreus. Sua escrita simplificada e seu amplo e valiosos comércio tornaram-nos e a sua língua, conhecidos em toda a parte do Oriente Próximo. *OS ASSÍRIOS* 


"A Bíblia hebraica menciona os Arameus como um povo oriundo da Mesopotâmia, o Aram-Naharaim, ou "Aram dos dois rios", além das regiões circunvizinhas, como a Síria, a Pérsia, o vale do Jordão ou as montanhas do Líbano. Aram era também, biblicamente, o quinto filho de Sem, primogénito de Noé, embora a ligação do topónimo a esta origem onomástica seja muito discutida, principalmente na filologia comparada das línguas semíticas.
O problema dos "dois rios" é, de igual modo, um mistério histórico-filológico, mas muitos autores inclinam-se para a hipótese do Tigre e Eufrates, a partir também de fontes egípcias, como as Cartas de el- Amarna, do reinado do faraó monoteísta Akhenaton (Amenhotep IV, ou Amenófis IV, 1364-1347 a. C., XVIII Dinastia, Império Novo), onde se designa aquela região como Nahrima.
Os Judeus usavam o termo Arameus para distinguirem os seus povos aparentados mais afastados, os "povos de Aram", no Oriente, ou "filhos de Eber", como também era designado esse povo, unificado apenas pela língua (aramaico), não pela existência de um estado.
Visto os Arameus terem sido nómadas durante grande parte da sua história e se dividirem num mosaico de tribos separadas, apenas unidas pela língua, e pelo facto de não terem constituído um estado unificado perene, não se conhecem os seus costumes próprios ou práticas sociais, hábitos, com o seu património cultural a assimilar as tendências sócio-culturais dos povos dominadores ou dos estados em que deambulavam ou a que estavam subordinados. A sua identidade cristã é talvez o traço mais marcante que os distingue, hoje como desde há cerca de 1500 anos, da tendência maioritariamente islâmica que os rodeia, mas da qual receberam tradições alimentares, de vida quotidiana, de habitação, educação, entre outros. Como o faziam antes do advento do Cristianismo, ao assimilarem ora elementos judaicos, ora assírios, ora persas ou de outros povos siro-palestinenses.
Historicamente, sabe-se que os Arameus se instalaram em definitivo no Aram bíblico no século XII a. C., então uma região entre o Sul da Turquia, a Síria e o Iraque, um pouco aquilo que é hoje o Curdistão. Há também a referência a um efémero reino arameu, na região de Damasco, Síria, no 2.º Livro de Samuel, por exemplo, o qual nos começos do século VIII estaria já decadente e quase extinto. Os Assírios foram os carrascos deste pequeno reino, que deixou, porém, uma forte influência linguística e cultural na região, principalmente na Palestina. Salmanasar III (reinado 859-824 a. C.), rei Assírio, foi o primeiro dominador dos Arameus, cerca de 840 a. C. Os Arameus, como povo, diluíram-se etnicamente nos povos do Mediterrâneo Oriental, apesar da língua ter perdurado.
A sua língua, o aramaico, era mais importante que o povo que a falava como primeira língua, os Arameus. Chegou mesmo a ser a língua franca do Médio Oriente na primeira metade do I milénio a. C., muito usada nas cortes e na administração dos impérios babilonense e persa, mas utilizando, muitas vezes, o alfabeto fenício. O Aramaico, idioma semítico, com alfabeto próprio e mais de três milénios de formação, era, segundo se crê, a língua falada domesticamente por Jesus Cristo e boa parte dos judeus do seu tempo no Norte de Israel, já depois de ter sido assumida como idioma oficial por Assírios e Persas. As primeiras formas escritas próprias de Aramaico datam do começo do I Milénio a. C., embora de forma mais decorativa e artística do que é o hebraico clássico, por exemplo. Foi substituído pelo Árabe a partir da Hégira islâmica, a conquista árabe iniciada pelos seguidores de Maomé no século VII da nossa era. Actualmente é ainda falado em algumas aldeias da Síria. O aramaico está assimilado àquilo que é o siríaco, uma língua mais litúrgica e religiosa que vulgar, pois os descendentes dos Arameus, maioritariamente na Síria, ainda que mesclados noutros povos, são cristãos em grande parte."
Como referenciar este artigo:Arameus. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-02-18].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$arameus>.



OS ASSÍRIOS
Os assírios eram um povo que antes de 2500 a.C., estabeleceram-se no norte da Mesopotâmia, na região de Assur e Nínive. A partir de 883 a.C.
Assíria é uma palavra derivada de assur, que significa lugar de passagem. A criação do Império assírio no século IX a.C., após termo à era dos pequenos Estados da  Síria e  Palestina. Dali por diante os assírios ocuparam o centro do malco da Ásia  Ocidental, até a sua queda no fim do século VII a.C.

A assíria ficava na Alta mesopotâmia na região leste. A parte ocidental do apís era altiplano ondulado, ao passo que a área a leste do rio Tigre, estendendo-se até as montanhas do  Zagros era terra de colinas, matos e grandes rios. Ali haviam estabelecidos os semíticos assírios antes do meado do terceiro milênio a .C, e haviam avançado ainda mais longe, enquanto seu domínio se ia estendendo de Élan até as fronteiras do Egito.

O Império Assírio chegou ao ápice sob  SARGÃO II (722-705 a.C.). Derrotou-o os israelitas e todos os outros inimigos, incluindo os egípcios, mas quando revoltas irromperam em  ELÃ e BABILÔNIA os egípcios se valeram da oportunidade para recobrar sua independência.os assírios iniciaram um movimento de expansão territorial. Em virtude da baixa produção agrícola (solos pobres), os assírios dedicaram-se as técnicas de guerra, com um poderoso exército, o primeiro exército organizado do mundo. O segredo de sua eficácia militar era o domínio da tecnologia do ferro na fabricação de armas e ferramentas. A eficiência de seus ataques explica-se também pelos velozes carros de guerra puxados por cavalos. Seu objetivo era saquear os povos conquistados e obrigá-los a pagar tributos.ntre o século VIII e VII a.C., seus domínios ultrapassaram a Mesopotâmia, abrangendo Síria, Fenícia, Palestina e Egito. Os responsáveis por essa expansão foram Sargão II, Senaqueribe e Assurbanipal. Guerreiros extremamente cruéis pilhavam as áreas conquistadas e massacraram sua população, provocando uma série de revoltas durante o reinado de Assurbanipal, que desestabilizaram e enfraqueceram o Império Assírio. Em 612 a.C., os caldeus, aliados aos medos, destruíram as principais cidades assírias. Nabopolassar, comandando caldeus e medos, povos vizinhos, puseram fim ao Império Assírio e inaugurou o Segundo Império Babilônico.Os assírios organizaram um dos primeiros exércitos permanentes do mundo. Comandados por reis como Sargão II, Senequerib e Assurbanipal, os assírios fizeram grandes conquistas militares e construíram um dos maiores impérios da antiguidade.
A Assíria estava localizada em um lugar de fácil acesso e possuía muitos atrativos, por isso sofreu ataques de muitos invasores. Foi talvez o perigo constante de invasões que despertou no povo assírio um feroz espírito de guerra.
Do século VIII ao século VI a.C. dominaram uma extensa região que incluía toda a Mesopotâmia, o Egito e a Síria. As conquistas sem precedentes dos assírios foram devidas ao seu exército que foi o mais altamente organizado da história do Oriente Antigo.
Nos primeiros tempos, o exército baseava-se no recrutamento dos camponeses porém mais tarde tornou-se uma força permanente constituída de soldados que se engajavam por longo tempo. Posteriormente estrangeiros tiveram que ser alistados, assim como os assírios.
O exército compreendia vários ramos: engenheiros, cujos serviços eram usados em operações de sitio como nas marchas, cavalaria, corpo de carretas, infantaria em que se incluíam ladeiros e arqueiros. Os soldados eram providos de malhas protetoras, escudos de metal ou vime. Utilizavam muitos espiões e a topografia da região a ser invadida era cuidadosamente estudada antes de ser iniciada uma campanha.
Em suas campanhas, os assírios deliberadamente recorriam a uma política de aterrorização. Não só matavam ou escravizavam seus inimigos e devastavam-lhes as terras, como se vangloriavam com o maior sangue-frio de suas atrocidades. Cidades eram arrasadas ou destruídas por meio do fogo e inundações. As cabeças dos cadáveres eram cortadas e amontoadas em pirâmide, ou fincadas em seteiros. Vítimas eram esfoladas vivas, cegadas, empaladas ou sepultadas vivas. Outras eram mutiladas e deixadas ao sol para morrer lentamente. Faziam-se holocausto de jovens virgens e para culminar, os reis registravam seu prazer em face do sofrimento e do temor que cusavam, cortavam orelhas, órgãos genitais e narizes daqueles que ousassem ameaçar seu domínio, buscando a total intimidação dos
 conquistados. Foram os  ASSÍRIOS, um dos povos mesopotâmicos, os responsáveis
pela criação de um dos primeiros exércitos permanentes do mundo. Tratavase de um exercito poderoso e bem equipado: a infantaria utilizava lanças, escudos e espadas de ferro; a cavalaria tinha carros de combate com rodas reforçadas, um aperfeiçoamento da invenção dos sumérios. Até por volta do ano 3000 a. C. os veículos utilizados pelos sumérios eram os trenós puxados por bois ou outros animais. A necessidade de transportes mais eficientes levou-os a utilizar a roda nos veículos. O usa da roda representou uma revolução na locomoção terrestre e contribuiu para acelerar as comunicações.
*AGRICULTURA*
Era o elemento mais importante da vida econômica dos Assírios. Muita terra era de propriedade do rei, dos nobres e sacerdotes, mas algumas estavam nas mãos de indivíduos livre de posição inferior. Contudo, a maioria dos camponeses eram de servos. Produziam  tâmaras,  uvas,  legumes e temperos; o  carneiro e a  cabra eram criados pelos donos dos grandes terrenos.
 Os  assírios herdaram a cultura dos povos da Baixa Mesopotâmia, os sumérios e os acádios. Quanto as artes, a Assíria parece muito inspirada nas dos babilônios, e em escultura predominou a preferência pelo relevo.
*COMÉRCIO E INDÚSTRIA*
Nunca foram tão importantes para a economia assíria. Essas fontes de riqueza eram deixadas a escravos e estrangeiros, como os arameus, que obtinham muitos lucros comerciando. A mineração porém, era fonte de riqueza que interessava aos reis do mesmo modo que a guerra, que também na Assíria era quase negócio.
*SOCIEDADE*
O grupo mais privilegiado da sociedade assíria compreendia a família real, os nobres e os sacerdotes. A seguir vinham os ricos mercadores, os proprietários de terra e os artesãos, em baixo ficavam os servos, os escravos cuja sorte era dura.
A integridade da família era muito respeitada pelos assírios. Por essa razão, os escravos raramente eram separados de seus parentes próximos. As mulheres todavia, ficavam sob absoluto controle de seus maridos, considerados proprietários legais das esposas.  O mundo dos assírios, como o de  outros povos antigos era um mundo masculino.
*RELIGIÃO*
A religião assíria era uma crença sombria, baseada na ignorância e no medo das forças de natureza, entretecida de magia e adivinhações e quase nada oferecendo no sentido de inspiração étnica e de esperança para o futuro.
O deus principal era ASUR, originalmente o deus solar, que fora proclamado o rei dos deuses e o senhor de toda a criação. Em certa época foi exaltado a tão elevada posição que a religião assíria  esteve a beira do monoteísmo, mas nunca chegou inteiramente a isso.
 Os Assírios adotaram os deuses sumérios, mas praticavam sacrifícios humanos, principalmente de crianças, pois acreditavam que o mundo era habitado por demônios e, com essa prática, podiam acalmá-los. ISTAR, também era adorada, tanto como uma deusa-mãe da fertilidade quanto como uma severa senhora da caça. Outras divindades eram MARDUK, NABU,  de origem babilônica e  SHAMASH que se tornou deus-sol quando ASUR subiu a uma categoria superior como rei dos deuses.
A vida futura era concebida como tediosa como também era por outros semitas. Grande grupo de sacerdotes  existia para a realização dos ritos de adoração nos templos. Outros sacerdotes serviam como interpretes da vontade divina, oráculos do futuro e  senhores de encantamento mágico que afastariam as forças maléficas.
No ano de 722 a.C, um chefe militar de gênio poderoso apoderou-se do trono assírio e adotou o nome de Sargão em memória do famoso patesi de Agadé.
observava os astros. 
*REIS ASSSÍRIOS*
Tiglath-Pileser I............... aprox 1115- 1102 a .C.
Asurnasirpal III................... aprox 884-860 a . C
Salmaneser III…................. morto em 825 a . C
Tiglath-Pilese III……..........745-728 a . C
Salmaneser IV ....................728-722. a . C
Sargão II..............................722-705 a . C
Senaqueribe.........................705-687 a . C
Esar-Haddon........................681-668 a . C
Assurbanipal........................aprox. 669-626 a .C
*ARTES*
A arquitetura era imponente e ornamentada. Vastos palácios foram construídos de tijolos e madeira sobre alicerce de pedra e decorados com relevos, estátuas de metal, pintura nas paredes e trabalhos coloridos de esmalte. Intrincados arranjos de pátios, salas, escadarias, corredores e jardins, davam-lhes grandes qualidades de grandeza. As abobadas e portas arqueadas aparecem assim como colunas.


*CIÊNCIAS*
Os assírios praticamente nada acrescentaram de próprio, foram celebres em adotar dos babilônios a medicina, a astronomia e a matemática e realizaram esplêndidos trabalhos em esclarecer detalhes, neste fundo de conhecimento. A vasta biblioteca da Assurbanipal em Nínive é uma indicação dessa capacidade dos assírios. Nela os eruditas da corte reuniram tudo quanto puderam encontrar da herança cultural babilônica, muita da qual de outra
forma já teria desaparecido.
*No reinado de Assurbanipal foi construída a Biblioteca de Nínive, com mais de 22 mil tabletes de argila contendo grande parte da literatura mesopotâmica, e outros conhecimentos científicos. Nesta foto o Rei Assírio Assurbanipal - 668-62 a.C.- lutando contra um leão.*
Por volta de 612 a.C., os caldeus aliaram-se aos medos e conseguiram destruir as principais cidades assírias entre elas ASSUR, JARRAN e a capital NÍNIVE. O fim do Império assírio foi comemorado com entusiasmo pelos povos que sofreram as brutalidades de sua dominação.
"Contra seus 20.000 guerreiros e 5 reis eu batalhei, e os venci. Fiz que o sangue deles se derramasse nos vales e nas planícies. Cortei-lhes as cabeças e empilhei-as como montes de trigo diante das suas cidades. E as suas cidades eu as incendiei, as demoli, as arrasei. (Inscrição narrando às vitórias de Teglatefalasar III rei cujos exércitos conquistaram a Babilônia e a Síria). Esse expansionismo assírio começou no século VIII a.C.”
*A VIOLÊNCIA ASSÍRIA CONTRA OS POVOS VENCIDOS*
Numa inscrição de 884 a.C., o rei assírio  ASSURBANIPAL, relatou o modo cruel com que trata os vencidos sempre demonstrando sua superioridade. "Eu sou Assurbanipal, o Grande Rei, o Poderoso Rei, Rei do Universo, Rei da Assíria, Rei das Quatros Regiões do Mundo, Rei dos Reis, Príncipe inigualado, que ao comando de Assur, exerce o governo do mar superior e inferior, e pôs submisso a seus pés todos os príncipes".
Ao fazer esse relato, seu objetivo era provocar medo nos povos vizinhos. "A cidade de TÉLA era protegida por três fortalezas. Seu povo confiava nessas fortes muralhas e nas suas tropas. Por isso não se atirou aos meus pés, em súplica. Por meio de violentas batalhas, conquistei a cidade de TÉLA. Matei três mil guerreiros, lancei muitos outros ao fogo, fiz grande número de
prisioneiros vivos. De uns cortei as mãos e os dedos; de outros, cortei o nariz as orelhas ou furei os olhos, seus filhos e filhas, afoguei nas águas." *A Cidade Real de Nimrud 880 a.C. (localizada ao norte do Iraque).Por volta do ano de 880 a.C. a capital Assíria foi transferida da sua sede original em Assur para a cidade de Nimrud, e depois para Khorsabad.

*CALDEUS OU NEOBABILÔNICOS*

Com o fim do Império Assírio, a cidade da Babilônia ficou independente, logo depois foi novamente dominada, agora pelos caldeus.
Com a morte de Assurbanipal,  Nabopolossar, governante da Babilônia, estabeleceu a independência babilônica e aliando-se a medos e persas, ajudou a levar a cabo a tomada de Nínive e a queda dos assírios. Embora a poderosa força da Babilônia durasse menos de cem anos, sua influência foi imediatamente sentida e o Império que  Nabopolossar criou é conhecido tanto como Império Caldeu quanto Império Neobabilônico.
Dominando seguramente a área do Fértil Crescente,  Nabopolassar empenhou-se em reprimir os intentos egípcios de restabelecer seu império no Oriente Próximo e após uma série de lutas, seu filho,  Nabucodonosor, derrotou totalmente os egípcios na Batalha de Carchemish em 605 a.C. Daí por diante, a Síria passou para o domínio caldeu e, quando o Reino de Judá se rebelou em 597 a.C.,  Nabucodonosor tomou Jerusalém. Onze anos depois verificada nova rebelião, ele saqueou Jerusalém e deixou-a em ruínas, aprisionando na Babilônia o rei e muitos nobres; este foi o chamado "cativeiro da Babilônia " dos judeus.
Os jardins suspensos da Babilônia
Tidos como a terceira maravilha do mundo, os Jardins Suspensos da Babilônia são entre as sete, o que menos se conhece. Nenhum sítio arqueológico foi encontrado que provasse os seus vestígios, o que faz com que muitos historiadores duvidem da sua existência, transformando-o numa lenda de amor. Em 1913, Robert Koldewey, um arqueólogo alemão, afirmou ter desenterrado ruínas que seriam dos jardins, mas as provas que apresentou não foram contundentes, sendo descartadas.
Dúvidas à parte, os Jardins Suspensos da Babilônia continuam a suscitar a imaginação dos homens através dos séculos. Os poucos registros sobre a sua existência originaram-se somente no século II a.C., vindos de relatos dos gregos Strabo e Diodoro. Nesses registros, os jardins teriam sido erguidos por ordem do rei Nabucodonosor II, entre 605 a.C. a 560 a.C., às margens do rio Eufrates, na cidade da Babilônia, Mesopotâmia, no sul do atual Iraque. Nabucodonosor II, reza a tradição, quis amenizar o sofrimento da sua esposa preferida, a bela Amitis, que vivia a suspirar de saudades da sua terra natal, a Média, coberta por montanhas e florestas. Assim, os jardins seriam frutos da homenagem e grande prova de amor de um rei para a sua mulher.
Para que se entenda o esplendor dos jardins, é preciso que se saiba sobre o apogeu do império caldeu e da Babilônia, a sua capital. Sob o reinado de Nabucodonosor, a cidade tornou-se a mais rica e importante do mundo antigo. Babilônia tornou-se um centro de comércio, navegação e estudos astrológicos, astronômicos e científicos. A expansão do império passava pelo comércio com os vizinhos, indo da península Arábica à Índia, passando por toda Ásia Menor. Babilônia tornou-se a cidade de maior esplendor, com construções arquitetônicas grandiosas. Este apogeu seria encerrado quando foi conquistada pelos persas, em 539 a.C. Dois séculos mais tarde, o império caldeu passou a ser dominado por Alexandre, o Grande, que fez de Babilônia a capital oriental do seu imenso reino, assimilando a cultura daquele povo, mesclando-a com a cultura helenística. Com a morte de Alexandre, Babilônia deixou de ser a capital do império, declinando pouco a pouco, até que foi riscada do mapa. Com o fim da cidade, todas as construções desapareceram, inclusive os seus famosos jardins suspensos. 

Possuía terraços superpostos, apoiados em colunas de 25 a 100 metros de altura, onde foram plantadas árvores e flores, sendo irrigados pela água bombeada do rio Eufrates. No meio das plantas estavam exóticas árvores e flores tropicais, com alamedas de palmeiras. Uma escada de mármore era utilizada para que se chegasse aos jardins. Por entre as árvores e as folhagens, belas fontes jorravam água e mesas serviam de descanso aos visitantes, que dali podiam ver as belezas do fulgor da antiga Babilônia.

Se a existência dos jardins é questionada, nada se sabe do seu fim. Também chamado de Jardins Suspensos de Semiramis, a sua destruição, suspeita-se, deve ter ocorrido na época da destruição do palácio de Nabucodonosor. Sobre as ruínas da poderosa Babilônia, ergueu-se a cidade de Al-Hillah, a 160 quilômetros de Bagdá, capital do Iraque.

Sob  Nabucodonosor, o Império Caldeu chegou ao auge e a Babilônia tornou-se a cidade que o historiador  grego Heródoto descreveu. As grandes muralhas foram reconstruídas, erigiram-se templos e imensos palácios; e os famosos jardins em terraços, Jardins Suspensos, que eram uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo - foram restaurados.

*AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO SÃO* 
Pirâmides do Egito
Jardins Suspensos da Babilônia
Estátua de Júpiter Olímpico
Colosso de Rodes
Templo de Diana
Túmulo do Rei Mausolo
Farol da Alexandria
O número 7, tem tido grande influência na vida da humanidade: 7 são aos dias da semana; 7 são as notas musicais; 7 são as cores do arco-íris; 7 foram as maravilhas do mundo; 7 foram os sábios da Grécia; 7 são os sacramentos; 7 são os pecados mortais; 7 são os eclipses; 7 é conta de mentiroso. Se os caldeus, cujo nome só aparece na história pouco antes da ascensão do Império, eram exilados de retorno a babilônia ou um povo semítico aparentando, é coisa sem importância. Seus governantes, de qualquer modo eram antigórios por excelência e cuidaram de restaurar muitos aspectos da antiga civilização de Hamurabi no governo, nas leis, na literatura e na indústria.
Quando verificaram ter pobre sucesso e tentativa de reviver a velha religião babilônica, os caldeus removeram dos deuses todas as qualidades humanas e identificara-se com os planetas. Mais tarde essa religião "celeste" deveria influenciar os romanos e, sob eles MARDUK tornou-se  JUPITER; NABU, Mercúrio e Istar.  Elevados  os  deuses  a  tais  altitudes,  os  caldeus,  a fim de aprenderem o futuro que as divindades lhes preparavam, começaram a
estudar intensamente as estrelas, numa mistura de astronomia e astrologia.
*REIS CALDEUS*
Nabopolassar............aprox. 625-695 a . C
Nabucodonosor.........aprox. 605-562 a . C
Nabonid.....................morto em 538 a . C.
É bastante curioso não ter ao que parece o pessimismo dos caldeus afetado gravemente sua moral. Tanto quanto se sabe, eles não se abandonaram aos rigores do ascetismo. Não modificaram a carne, nem mesmo praticavam o abandono de si mesmo. Aparentemente tinham como certo que o homem não podia evitar o pecado, por mais que tentasse.
Mostram-se tão presos aos interesses materiais da vida e à busca de prazeres dos sentidos quanto os povos que precederam. Parece mesmo que foram ainda mais cobiçosos e sensuais. Referências ocasionais a reverências, à benevolência e à pureza do coração como virtudes, à opressão, a calunia e a ira como vícios aparecem em seus  hinos e preces, mas de mistura com concepções ritualista de limpeza ou falta de limpeza e com expressões do desejo de satisfação física. Quando os caldeus oravam, nem sempre era por poderes aos deuses torná-los bons, mas com maior freqüência porque eles lhes poderiam conceder longos anos, descendência numerosa e uma vida de prazeres.
Ao lado da religião, a cultura caldaica diferia da dos sumerianos, babilônio e assírios principalmente no que diz respeito às realizações científicas. Os caldeus foram, sem dúvida os mais capazes cientistas de toda história mesopotâmica, apesar de limitarem  suas conquistas principalmente à astronomia. Criaram o mais perfeito sistema de registro cronológico até então imaginado, inventando a semana de sete dias e a divisão do dia em doze horas duplas de 120 minutos cada uma. Guardaram assentamento minuciosos de suas observações dos eclipses e de outros fenômenos celeste durante mais de 350 anos, até muito depois da queda do império.
Duas de suas notáveis realizações foram efetuadas por astrônomos cujos nomes chegaram até nós. No século VI a.C.,  NABU-RIMANNU calculou a duração do ano com uma aproximação de vinte seis minutos e mais ou menos uma centena de anos depois KIDINNU descobriu e provou a variação anual da inclinação do eixo da Terra.
A força investigadora da astronomia caldaica era a religião. O principal objetivo dos mapas celestes e da coleção de dados astronômicos era descobrir o futuro que os deuses tinham preparado a raça humana, sendo os próprios planetas deuses, podia-se melhor adivinhar o futuro pelo movimento dos corpos celestes.
Os Caldeus acreditavam que a vida das pessoas eram influenciada pelos astros. Por isso, os sacerdotes estudavam Astrologia e elaboravam horóscopos. Foram sem dúvida, os mais capazes cientistas de toda a história mesopotâmica, tendo deixado importantes contribuições no campo de astronomia.
Por esta razão a  astronomia era principalmente astrologia, outras ciências que não a astrologia, continuavam em situações inferiores por não se relacionarem intimamente com a religião. Em particular a medicina mostrou pequeno adiantamento, além do alcançado pelos assírios. A mesma coisa quanto aos restantes aspectos da  cultura caldaica. A arte distingue-se apenas por sua maior magnificência.  A literatura dominada pelo gosto das antiguidades, revelava uma monótona falta de originalidade. Os escritos dos antigos babilônios foram extensamente copiados, mas ganharam pouca coisa de novo.
Até muito depois da queda do Império, permaneceram os caldeus como os cientistas mais capazes do Antigo Oriente Médio. Foram eles que fizeram mapas de todo o céu e durante séculos observaram e registraram todos os acontecimentos do firmamento.
Mas a construção de templos, a religião e a ciência não bastaram. NABONID, o último rei - na Bíblia, o último rei é chamado de BELCHAZAR- estava em tais disputas com os sacerdotes e era tão detestado pelo povo, que a Babilônia facilmente caiu nas mãos de  CIRO em 538 a.C.,  passando a tornar-se parte insignificante do Império Persa.

O EGITO
*A colina que foi a primeira terra a se levantar das águas, de acordo com a mitologia egípcia antiga"..


A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C (unificação do norte e sul) a 32 a.c (domínio romano).
Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.


Período Pré-Dinástico - 5500-3000 a.C.
A era anterior à subida dos faraós é chamada de Período Pré-Dinástico. Várias culturas surgiram ao longo das margens férteis do Nilo durante essa época. No baixo Egito, grupos de pessoas viviam em torno de Merimda, ao norte do que viria a se tornar Men-Nenfer (Mênfis). Outra cultura formou-se no Faium. Ao sul do Alto Egito, formaram-se culturas perto de Ábidos e vária sem Naqada, ou Nubt.
Algumas dessas pequenas civilizações exibiram facetas do que viria a se tornar à cultura egípcia antiga. Por volta de 5500 a.C. a agricultura tornou-se a principal fonte de alimentos, em particular no sul, ou Alto Egito. Trigo e cevada eram cultivados e armazenados em celeiros de diferentes formatos e tamanhos. Comunidades agrárias formaram-se para manter as fazendas.
Os costumes funerários também evoluíram para uma forma conhecida. Os mortos eram enterrados em cemitérios nos subúrbios das aldeias, longe dos vivos e das terras cultiváveis. Ferramentas e alimentos que eles teriam usado durante a vida eram enterrados junto com os corpos. Por volta de 4000 a.C., quando uma segunda cultura havia se estabelecido em Naqada, os túmulos evoluíram para câmaras subterrâneas, que eram supridas com objetos da vida cotidiana.
Outras convenções praticadas pelos primeiros egípcios incluíam o uso da malaquita como maquiagem para os olhos, a fim de reduzir o efeito do brilho do sol, e o uso de óleos côo perfume. As lanças de madeira, usadas por todo o período da história egípcia antiga para a caça, também eram usadas nos tempos pré-dinásticos.
Conforme as comunidades agrárias se desenvolviam em aldeias mais organizadas, líderes iam aparecendo, e algumas dessas aldeias alcançaram uma posição dominante. No Alto Egito, destacavam-se as cidades de Tinis e Nubt (Naqada), que eram ligadas a Seth, Deus da Destruição. No Baixo Egito, Perwadjyt (Buto) e Behdet (Apolinópolis) eram o centro do poder.

Período Arcaico (Dinástico Antigo)3000-2649 a.C.
Dentro do quadro de fortes líderes regionais é que o Antigo Egito foi unificado pela primeira vez. Os historiadores não chegaram a um acordo sobre qual líder de fato foi o primeiro a unir o Egito. Na tradição egípcia antiga, o faraó mítico Menés, que veio de Tinis, recebe o crédito pela façanha; porém, nenhum artefato encontrado do tempo em que Menés teria vivido menciona seu nome.
A maioria dos historiadores concorda que Narmer foi um dos primeiros governantes do Egito, embora ninguém saiba ao certo qual parte ele governou. A Patela de Narmer, um artefato de pedra encontrado em Tinis, mostre Narmer usando a coroa do Alto Egito de um lado e a do Baixo Egito do outro. Alguns historiadores apontam essa patela como evidência clara que Narmer reinou sobre ambas as partes.
Os historiadores estão seguros de que Hor-Aha governou o Egito unificado e fundou sua primeira capital em Men-nenfer. Hor-Aha selecionou um local no meio da região, entre as duas terras. Ele chamou sua capital de "Muros Brancos", porém ela seria conhecida mais tarde como Men-nefer (Mênfis). O terreno para a capital foi criado por meio do desvio do curso do Nilo usando um grande dique. Hor-Aha também estabeleceu Ptah como o deus principal e realizou expedições militares e comerciais á Núbia, Líbano e Sinai.
Os sucessores de Hor-Aha seguiram seu modelo de liderança e a cultura egípcia floresceu. Papiros e hieróglifos começaram a sr utilizados, e a capacidade de centralizar o governo foi significativamente auxiliada pela manutenção de registros. O governo egípcio media as cheias do Nilo e gerenciava o trabalho nas fazendas. Foram escritos papiros médicos e a pedra foi usada pela primeira vez em construções e esculturas. A nobreza era enterrada em mastabas finamente decoradas em Abedju (Ábidos) e Sacara.
Vários faraós seguiram-se a Hor-Aha, mantendo a união e acrescentando terras. No final da Segunda Dinastia, porém, a união se desfez. Dois homens, Persiben e Khasekhem, reivindicaram o trono. Afastando-se do padrão, Persiben adotou um "nome de Seth" em vez do tradicional "nome de Hórus". Além de estar intimamente associado ao Baixo Egito, Seth, na mitologia egípcia, é inimigo de Hórus. Khasekhem manteve a prática de adotar um "nome de Hórus".Durante o conflito, Khasekhem foi forçado a recuar para o sul até Nehken
Hieracômpolis), mas acabou conseguindo derrotar Persiben e suas forças e reunificou o Egito. Depois da reunificação, Khasekhen adotou o nome de Khasekhemy, que significa "dois poderes apareceram".
No final do Período Arcaico, o Egito estava novamente unificado sob o governo de um único líder. O sepultamento numa grande mastaba era a prática comum para a nobreza. A roda do oleiro havia sido inventada, resultando em peças de cerâmica mais fortes e duradouras. O comércio com os vizinhos trazia bens e matérias-primas nescessárias.E, devido ao conflito entre Khasehkemy e Persiben, Hórus foi finalmente estabelecida como a divindade dos faraó


Antigo Império - 2649-2195 a.C.
 O Antigo Império foi um tempo de prosperidade no Egito. Os faraós uniram firmemente a terra com um governo bastante centralizado. O Egito foi dividido em nomos, cada um deles administrado por um monarca. Em geral, os monarcas eram parentes próximos dos faraós e muito leais a eles.
Com a união entre o Alto e o Baixo Egito solidificada, os faraós voltaram sua atenção para as expedições ao exterior com a intenção de aumentar a riqueza da nação. O Egito olhava principalmente para o sul, em busca de ouro, e par o leste, em especial para Serabit el- Khadim, no Sinai, onde havia cobre e turquesa. Os egípcios fundaram assentamentos nesses locais e lutaram contra os beduínos, núbios, sírios, cananeus e palestinos. Também estabeleceram assentamentos no oeste, no oásis de Bahariya no deserto ocidental. Esse local era determinante para facilitar o comércio por terra. As expedições às essas áreas tiveram o efeito desejado: a riqueza do Egito aumentou e os faraós puderam gastar a recente fortuna conquistada em imensos monumentos.
 O Antigo Império também presenciou o surgimento do culto solar. As pirâmides têm a forma do benben*, onde Aton-Rá, o deus criador no culto solar, apareceu pela primeira vez. Mais tarde no Antigo Império, o culto solar tornou-se mais dominante com a construção de templos do sol em várias cidades por todo o Egito.
O Antigo Império começou com a subida ao trono da Terceira Dinastia, e a construção das pirâmides teve início quase imediatamente. O segundo faraó da dinastia, Dsojer, mandou construir a primeira pirâmide em Sacara. Imhotep, seu vizir, conhecido por sua inteligência, também serviu como sumo sacerdote do culto solar em On (Heliópolis), supervisionou a construção da pirâmide e foi seu arquiteto. A pirâmide, chamada de "pirâmide de degraus", é, em essência, seis mastabas, uma sobre a outra, com cada nível menor que o anterior. Ninguém sabe muito bem o que a pirâmide pretendia representar, mas alguns arqueólogos imaginam que a idéia era de que o monumento tivesse a aparência de uma escada para o céu.
Várias pirâmides de degraus foram construídas para outros faraós até o tempo de Snefru, o primeiro faraó da Quarta Dinastia, a forma desse monumento foi aperfeiçoada. O primeiro projeto de Snefru foi o término da pirâmide de seu pai Huni em Meidum. A pirâmide de Huni começou como a de degraus. Quando Snefru concluiu o projeto, porém, ele alisou as laterais, num prenúncio de estilo que as pirâmides viriam a assumir.
Snefu começou pelo menos três projetos de suas próprias pirâmides. O primeiro desabou sob seu próprio peso. O segundo, a "pirâmide inclinada", ainda se encontra em Dashur. O ângulo das laterais muda da metade para cima, embora ninguém saiba ao certo por quê. Uma teoria é que os arquitetos temeram outro desabamento e reduziram o ângulo. Outra teoria é que Snefru morreu durante a construção, por isso o ângulo foi reduzido para acelerar os trabalhos.Uma terceira teoria é que a pirâmide inclinada seria um gigantesco obelisco, projetado para representar um dos raios do sol. De qualquer forma, a pirâmide inclinada exibia as laterais lisas, que iriam distinguir as pirâmides verdadeiras das pirâmides de degraus.
Os arquitetos se Snefru por fim chegaram à forma da pirâmide verdadeira co ma Pirâmide Vermelha. Também localizada em Dashur, ela apresentava as laterais lisas características e o revestimento externo d pedra polida, que as pirâmides subseqüentes iriam copiar. O nome desse monumento se deve à cor que ele adquire ao pôr-do-sol.
Essas construções atingiram seu ápice com a pirâmide de Khufu (Kheops) em Rostja (Gizé). A pirâmide, a maior que ainda resiste, tinha originalmente cerca de 145 metros de altura com laterais de 2300000 blocos de calcário. Foi inteiramente revestida de calcário de Tura, trazido para a construção a partir de On (Heliópolis). A construção de pirâmides continuou por todo o Antigo Império e alguns dos primeiros faraós do Médio Império também as construíram. No total, cerca de 50 pirâmides reais foram descobertas no Egito, com dezenas de outras menores construídas para a nobreza secundária.
A grandiosidade das pirâmides enfatizava a posição dos faraós como deuses sobre a terra e refletia o poder e riqueza que eles detinham durante a Terceira e Quarta Dinastias. Alguns historiadores calculam que a maior parte da riqueza do Egito era destinada à construção de pirâmides.
A Quinta Dinastia marcou a interrupção na construção de pirâmides colossais. Elas ainda eram construídas, mas numa escala muito menor, pois mais recursos foram dedicados a construir templos do Sol.
Userkaf, o primeiro faraó da Quina Dinastia, construiu o primeiro templo do sol em Djedu (Abusir). Seis outros faraós da Quinta Dinastia construíram templos do Sol, firmando o culto solar como a teologia central.
Por fim, o governo fortemente concentrado que tornou possível a construção dos monumentos começou a se esfacelar. Embora os faros da quarta Dinastia tenham preenchido os postos do governo com parentes próximos, os faraós da Quinta Dinastia não fizeram o mesmo. A extensa rede de oficiais do governo permaneceu, mas esses postos não eram mais ocupados por parentes dos faraós. Em vez disso, a nobreza de outras famílias preencheu os cargos. Eles ganharam poder a partir de sua relação com o faraó, sem ter necessariamente o senso de lealdade que um parente de sangue teria.
Esse enfraquecimento do poder dos faraós, combinado à elevação do poder de outras famílias, foi decisivo para o colapso do Antigo Império. O último governante desse período, Pepi II, da Sexta Dinastia, administrou o Egito por cerca de 94 anos, o mais longo período de governo registrado na história. A idade por fim prejudicou sua capacidade de governar, e as famílias que haviam sido encarregadas de administrar as diferentes áreas, ou nomos, do Egito tomaram o poder. A fome completou a queda do governo central. Clima havia mudado e as monções anuais que ocasionavam a cheia do Nilo cessaram. Sem a cheia, as terras das fazendas tornaram-se menos férteis até que não produziram mais. A base da economia se fora, as pessoas estavam passando fome e o Faraó, um deus vivo na terra, não podia fazer nada. O antigo Egito despedaçou-se novamente em pequenas comunidades, cada uma delas com um líder provincial à sua frente. O governo central desapareceu.
  
Primeiro Período Intermediário - 2195-2066 a.C.
O Primeiro Período Intermediário foi um tempo de contendas. A fome não dava trégua à população e os líderes das inúmeras pequenas comunidades faziam o que podiam para alimentar seu povo. Por fim, o Alto Egito e o Baixo Egito tomaram a forma de dois reinos separados outra vez.
Por volta de 2160 a.C., um grupo de governantes localizados em Henen-nesw (Heracleópolis) conseguiu reunificar o Baixo Egito. Os governantes de Heracleópolis eram os herdeiros legítimos ao trono do Egito e reivindicaram plena autoridade real. Expulsaram os líbios e asiáticos que haviam se instalado no delta do Nilo à procura de comida. Consertaram velhos canais de irrigação, fortificaram as fronteira se abriram o comércio com os Biblos, o Líbano. Os reis heracleopolitanos também eram famosos por sua crueldade. Ainda assim, conseguiram unir povos díspares durante um tempo difícil.
Simultaneamente, a família governante de Waset (Tebas) unificou o Alto Egito, embora numa confederação muito mais frouxa do que o Baixo Egito. Inyotef foi o primeiro governante de Waset a começar a unir o território. Ele conquistou terras ao sul e assumiu o título de "Grande Chefe do Alto Egito". Ao contrário dos heracleopolitanos, ele não reivindicou o título de Faraó.
Os sucessos de Inyotef fortaleceram a confederação do sul do Egito e, conforme seu poder aumentava, começaram a dar a si mesmos o título de Faraó. Depois que os nomos do sul foram subjugados, eles voltaram sua atenção para o norte. Os conflitos nas fronteiras do Alto e Baixo Egito eclodiram até assumir o caráter de uma guerra civil de grandes proporções.
Mentuhotep II, um descendente de Inyotefs, surgiu em cena e, finalmente, derrotou os heracleopolitanos. Ele adotou o nome de Sam-towe, que significa "unificador das duas terras", e estabeleceu uma nova capital egípcia em Waset.
Com uma nova capital, um novo deus patrono ganhou influência. O deus patrono de Waset era Amon, que suplantou Rá como o principal deus do Egito. Como no caso de Rá anteriormente, Amon era considerado agora o deus original, de quem todos os outros deuses sugiram. O culto solar permanecia forte, porém, e Amon acabaria se associando a Rá.
Além da nova dominância de Amon, o Primeiro Período Intermediário introduziu outras mudanças nas práticas religiosas. Enquanto o Egito esteve dividido em nomos, os governantes das aldeias e regiões adotaram para si os mesmos direitos funerários que antes haviam sido reservados aos faraós e seus parentes mais próximos. O culto a Osíris também ganhou maior proeminência, o que expandiu ainda mais o acesso a direitos funerários pela abertura da vida após a morte para todos. Logo, egípcios de todas as posições sociais podiam entrar na outra vida, desde que tivesse dinheiro suficiente para pagar pelo ritual.
Com essa pronunciada transformação no acesso a serviços funerários, veio uma mudança notável nos próprios costumes fúnebres.Os faraós, como os deuses, não eram julgados antes de entrar na outra vida. Quando a outra vida foi aberta aos mortais, os conceitos de julgamento final e última confissão foram introduzidos.
Artisticamente, a escultura e arquitetura sofreram durante o Primeiro Período Intermediário. Os recursos eram limitados e a tenção estava voltada para alimentar o povo e consolidar o poder. Nessa época, porém, foram estabelecidas as funções para as grandes obras literárias do Médio Império. Sem a força unificadora e religiosa dos faraós, os escritores sentiam-se mais livres para expressar opiniões pessoais sobre temas seculares



Médio Império - 2066-1650 a.C.

 No Médio Império, o Egito reconheceu novamente o faraó como o governante supremo da terra. As condições, porém, haviam mudado consideravelmente em relação ao Antigo Império. O poder que os líderes regionais adquiriram no Primeiro Período Intermediário permaneceu no Médio Império e os faraós tinham a tarefa de manter seus monarcas sob controle. Muitos monarcas possuíam exércitos em prontidão, e contavam com a permissão dos faraós, desde que fornecessem tropas quando os faraós as solicitassem.
Depois de reunificar o Egito, Menhuhotep II e seus sucessores formaram a Décima Primeira Dinastia e reinaram por cerca de 70 anos. O poderio militar foi marcante durante essa dinastia e expedições ao Sinai, Palestina, Núbia e Líbia foram empreendidas para inimigos e aproveitar os recursos naturais disponíveis. A mineração na península do Sinai a na Núbia proporcionou novamente as matérias-primas necessárias para a produção de belos objetos de arte.
A Décima Primeira Dinastia também atentou para a renovação das relações comerciais com outros países. Antigas rotas de comércio foram reabertas, entre elas o Wadi Hammamat, o leito de rio seco que servia de ligação entre o Mar Vermelho e Kebet (Coptos). Mentuhotep III ordenou uma viagem à distante Pwenet (Punt) para adquirir mirra.
Com a entrada de matéria-prima e a revitalização dos cofres da nação, a arte e a arquitetura egípcia começaram novamente a florescer. Mentuhotep II construiu um grande complexo mortuário escavando num rochedo em Djeseru-Djeseru ( Deir el-Bahri). Mentuhotep III construiu muitos templos em todo o sul do Egito, em Abu (Elefantina), Abedju (Ábidos) e Waset (Tebas), entre outros locais. Os templos eram decorados com belos relevos e desenhos, mostrando que a habilidade artística considerável sobrevivera no Egito apesar de toda a convulsão anterior.
A última ação empreendida pela Décima Primeira Dinastia foi uma expedição a Wadi Hammamat a fim de escavar pedras para o sarcófago de Mentuhotep IV. O líder dessa expedição de mineração foi Amenemhet, vizir do Alto Egito. Amenemhet subiu pacificamente ao trono e tornou-se faraó, talvez ilustrando que mesmo governantes provinciais podem subir até esse posto se forem particularmente bem sucedidos. Ele deu início à Décima Segunda Dinastia, que governou o Egito por mais 200 anos.
Depois de subir ao poder, Amenemhet fundou uma nova capital egípcia. Ele escolheu um local no centro do Egito, cerca de 45 quilômetros ao sul de Mênfis, e chamou sua nova capital de Itjawi, ou "conquista das duas terras". Amenemhet empenhou-se numa campanha agressiva para expandir as fronteiras do Egito. Para o sul, ele entrou na Núbia até a terceira catarata e assentou a cidade de Heb (Senma), onde Sesóstris III construiria, mais tarde, uma impressionante fortificação. Amenemhet também forçou os líbios a desocuparem o Faium e restabeleceu assentamentos egípcios na região. Com a expansão, eram construídas também novas fortificações para proteger as fronteiras. A mais famosa destas é o Muro do Príncipe, uma série de fortalezas ao longo de vias de entradas comuns do Egito.

                                                                Muro do Principe (Israel)
Enquanto Amenemhet estava fora, em expedições ao exterior, rivais tentaram usurpar o seu trono. Como resultado, Amenemhet introduziu a prática de co-regência, que se tornou uma das chaves de longevidade de sua dinastia. No décimo segundo ano de seu reinado, ele nomeou seu filho herdeiro, Sesóstris, co-regente. Os dois governaram juntos até a morte de Amenemhet. Com o faraó seguinte firmemente no poder desde a morte do atual, os pretendentes ao trono tiveram dificuldades para usurpar o governo.
O Médio Império também presenciou a expansão das relações comerciais. Foram estabelecidas parcerias com a Síria, o Líbano e a Palestina. Artefatos egeus datados do Médio Império também foram encontrados, indicando comércio com nações egéias diretamente ou por intermédi9o do Líbano.
A construção de monumentos na Décima Segunda Dinastia teve um retorno da pirâmide tradicional, em vez dos túmulos escavados na rocha. Os faraós dessa dinastia espalharam suas pirâmides pelo Egito. Vários as construíram em Dashur, outros as ergueram nos arredores de Itjawi, e Amenemhet III construiu sua segunda pirâmide em Hawara, no Faium. A maioria as construções era de tijolos de argila, com revestimento de calcário de Tura. Uma exceção notável é a Pirâmide Negra de Amenemhet III, construída em parte com basalto, que lhe deu sua cor escura.
A antiga literatura egípcia atingiu seu ápice durante a Décima Segunda Dinastia. Surgiu um novo conjunto de textos, que incluía os de instrução e narrativas. Esses textos eram muito populares nas escolas de escribas e, mais tarde, os escribas passaram a aprender a sua arte copiando os manuscritos repetidamente. Por exemplo, há quatro papiros, duas pranchetas de desenho e cerca de 100 óstracos, ou fragmentos de cerâmica, com a inscrição da Sátira sobre as Profissões. Embora o manuscrito tenha sido feito durante o Médio Império, todas as cópias ainda existentes datam do Novo Império, o que atesta a popularidade do texto. Faz sentido que a Sátira sobre as Profissões tenha agradado aos aspirantes a escribas: é um texto de instruções que exalta as virtudes de ser escriba por meio da crítica bem-humorada a todas as outras profissões.
A evolução da teologia egípcia teve seqüência ao longo do Médio Império. Além da emergência de Amon, Osíris continuou a ganhar importância como o Deus dos Mortos. O conceito de julgamento antes da entrada na vida após a morte tivera início durante o Primeiro Período Intermediário e Osíris foi instituído como o juiz no Médio Império. Os faraós procuravam honrar Osíris, e o número de belos monumentos em Abedju (Ábidos), uma das cidades de Osíris, é evidência da importância do Deus.
O final da Décima Segunda Dinastia marcou o início do declínio do Médio Império, o último faraó da Décima Segunda Dinastia teve um reinado excepcionalmente longo. Quando ele morreu, instaurou-se uma confusão quanto a quem seria o legítimo sucessor. Uma mudança climática novamente complicou a situação. As cheias do Nilo foram particularmente altas e levaram muito tempo para recuar, encurtando a estação de cultivo.
A situação não era tão calamitosa quanto no final do antigo Império, mas as dificuldades agrícolas, mesmo assim, enfraqueceram o poder dos faraós. A Décima Terceira Dinastia, cujos faraós haviam transferido a capital de volta para Men-nefer (Mênfis), foi caracterizada por dezenas de faraós com reinados extremamente curtos, o que evidência o túmulo que envolvia os postos mais elevados do governo. Os vizires acabaram sendo mais duradouros do que os faraós dessa dinastia e vários deles serv9iram a mais de um governante e ajudaram a manter o território unido.
Sem m líder forte, o Egito inevitavelmente fragmentou-se outra vez.Uma nova linhagem de faraós estabeleceu-se em Xois, localizada na parte ocidental do delta do Nilo. Os faraós em Xois governaram ao mesmo tempo que os da Décima Terceira Dinastia.
Com esse pano de fundo, o Médio Império teve fim e uma vez mais houve a divisão em Alto e Baixo Egito.



Segundo Período Intermediário - 1650-1550 a.C.

Durante o Médio império, a imigração aumentou. Povos da Ásia, em particular os hicsos, cruzaram as fronteiras até o Egito e ofereceram seus serviços, geralmente como servos contratados. Com o passar do tempo, os hicsos melhoraram a posição na sociedade egípcia. Quando o caos dominou a situação política no final do Médio Império, eles assumiram o poder.
Os hicsos dominaram o Baixo Egito e estabeleceram sua capital em Rowaty (Avaris). Embora governassem diretamente apenas o Baixo Egito, exerciam influência também sobre o Alto Egito. Os governadores do Alto Egito, sediados em Waset (Tebas), pagavam tributo aos hicsos.
O Baixo Egito continuou a ter boas relações comerciais sob o governo hicso. As rotas de comércio para o Sinai e a Palestina permaneceram abertas e os hicsos formaram uma nova parceria comercial com os cushitas, que haviam conquistado terras ao norte ate a primeira catarata em Abu (Elefntina). Os cushitas tinham uma nação e uma cultura distintas e estabeleceram uma bela capital em Kerma.
As relações entre o Alto e o Baixo Egito continuaram bastante amistosas até que Apaphis III, um governante hicso, fez um insulto a Tao II, líder de Waset (Tebas). Em retaliação, Tão II invadiu o território dos hicsos e, com a ajuda de mercenários núbios, iniciou uma guerra. Tão II morreu em combate, mas seu filho Kamósis continuou a luta. Quando ele foi morto, seu irmão Amosis I encerrou a guerra, expulsando os hicsos de volta para a Ásia e, uma vez mais, unificando o Egito sob um único governante.
O breve período de governo hicso teve efeitos duradouros sobre a cultura egípcia. Eles introduziram o bronze, um metal muito mais resistente e versátil que o cobre. Esse novo metal foi usado em armas como adagas e espadas. A contribuição mais famosa dos hicsos foi o carro de guerra puxado por cavalos.
Os hicsos fizeram ainda outras contribuições. É atribuído a eles o crédito de ter introduzido o tear vertical, que melhorou a indústria têxtil; instrumentos musicais como a lira, o oboé e o tamborim; e novos alimentos, Omo a romã e a azeitona.



Novo Império - 1550-1064 a.


Amósis começou o Novo Império da mesma forma como encerrou o Segundo Período Intermediário: Com guerra. Depois de expulsar os hicsos do Egito, ele voltou-se para o sul a fim de tomar partes da Núbia. Restabeleceu a capital em Waset (Tebas) e restaurou o forte na Núbia, em Buhen. Com o apoio de seus militares, Amosis também destituiu os monarcas locais de boa parte de seu poder, limitando-os ao governo de cidades e aldeias. A atividade militar de Amosis definiu o tom para boa parte do Novo Império. O Egito tornou-se uma força imperial, expandindo suas fronteiras para dentro da Ásia.
Essa primeira parte da Décima Oitava Dinastia, porém, também enfrentou alguns problemas internos. A rainha Hatshepsut, mãe de Tutmés (ou Tutmósis) III, usurpou o trono enquanto ele ainda era pequeno e governou o Egito assumindo todos os adereços de um faraó, inclusive a falsa barba cerimonial. Hatshepsut manteve o império e construiu muitos templos e monumentos, destacando-se entre eles seu templo mortuário em Deir el-Bahri.
Mais tarde na Décima Oitava Dinastia, o Egito passou por uma mudança radical. Quando Amenófis IV subiu ao trono, mudou seu nome para Akhenaton e introduziu o monoteísmo no Egito. Ele cultuava o deus Aton, que era o Deus do Disco Solar, e estabeleceu uma nova capital chamada Akhenaton. Akhenaton fechou templos dedicados a todos os outros deuses e confiscou tudo que havia dentro deles. Também interrompeu expedições militares a outras terras e, com isso, boa parte do império egípcio foi perdido durante seu governo.
Embora o Egito tenha sofrido politicamente sob o comando de Akhenaton, as artes prosperaram. Uma nova forma de representação começou a ser usada, em que pessoas, até mesmo o próprio faraó, eram mostradas de modo mais realistas, com eventuais deformidades físicas plenamente à vista.
Quando Akhenaton morreu, o antigo sistema teológico foi restaurado e a capital voltou para Waset (Tebas). Após um breve reinado de vários faraós (entre eles Tutankhamon), Horemhab, um general do exército egípcio, assumiu o trono. Horemhab restaurou a ordem dentro das fronteiras do Egito e deu início ao trabalho de reconquista das terras egípcias perdidas. Antes de sua morte, indicou Ramsés I como herdeiro do trono.
O período ramessista teve início com a morte de Horemhab. Ramsés I transmitiu a capital do Egito de Tebas para uma nova cidade, Per-Ramsés, perto de Rowarty (Avaris). Neto de Ramsés I, o famoso Ramsés II (conhecido como "o Grande"), conquistou novas terras e assinou tratados com potências asiáticas. Ele também comissionou um grande número de projetos de construção e sua imagem era encontrada numa variedade de monumentos por todo o Egito.
As explorações militares de Ramsés II culminaram ma batalha de Qadesh, cujo relato é a primeira descrição detalhada conhecida de um grande combate. A batalha foi contra os hititas, e essa foi a primeira vez em que o Egito enfrentou um inimigo cujo poder era comparável ao seu. A Batalha de Qadesh poderia ter sido desastrosa para o exército egípcio. Em desvantagem numérica e estratégica, Ramsés II manteve o alto moral de suas tropas atacando agressivamente o inimigo. O exército egípcio foi poupado de uma derrota esmagadora pela chegada de reforços. Os dois lados lutaram até um impasse e, então, foi assinado um tratado dividindo a terra reclamada. Partes de ambas as cópias do tratado sobreviveram até hoje.
Com o Novo Império, os egípcios lutaram contra muitos inimigos, tanto conhecidos como desconhecidos. Além dos hititas, os mitanos e os babilônios rivalizaram com o Egito pelo controle da Ásia ocidental. Os povos do mar, que parecem ter sido um amálgama de várias culturas, entre elas os filisteus e os minóicos, também entraram no combate.
Enquanto os faraós conduziam expedições militares, a cultura doméstica continuava a prosperar. O Novo Império viu outra mudança nos costumes funerários. Como eram vítimas de constantes assaltos, as pirâmides foram abandonadas como sepultura dos faraós. Em vez disso, eles deram preferência a túmulos escavados em rochedos do Vale dos Reis. O Vale dos Reis é vizinho do Vale das Rainhas, que abrigava as esposas e filhos dos faraós, eram bem escondidos de possíveis ladrões de sepulturas. Para dar suporte ao contínuo trabalho de construção nos vales, foi fundada a aldeia de Deir el-Medina, que alojava os artesãos e operários que trabalhavam no Vale dos Reis. Boa parte do que sabemos sobe a vida do povo egípcio antigo vem de artefatos recuperados em Deir el-Medina.
O Nov Império também foi marcado por um grande aumento na atividade de construção. Os faraós mandaram erguer imensos exemplos por todo Egito. Esculturas também foram produzidas em grande escala e vários exemplares famosos ainda permanecem. Os Colossos de Mêmnon, por exemplo, são estátuas de Amenófis III com 20 metros de altura.
A arte continuou a prosperar e os artesãos começaram a trabalhar com faiança, um tipo de vidro. Eles moldavam o vidro para produzir recipientes e usavam a faiança para incrustações.

Depois do Novo Império
O Novo Império com o fim da Vigésima Dinastia. O equilíbrio do poder político na Ásia mudou, e o Egito, prejudicado por uma série de faraós fracos depois de Ramsés III, perdeu boa parte de suas terras. Os líbios, a oeste, estava invadindo cada vez mais o território egípcio, em busca de terras férteis. Internamente, os sacerdotes de Amon ganharam poder e acabaram por usurpar o trono.
Depois de governos tempestuosos de líbios e cushitas, os assírios invadiram o Egito e assumiram o controle. Ao contrário dos invasores estrangeiros anteriores, os assírios não adotaram o título de faraós e consideraram o Egito uma província de seu império. No entanto, eles não permaneceram no poder por muito tempo. Devido à turbulência contínua na Ásia, o Egito passou por muitas mãos e foi governado em diversos momentos por babilônicos e persas. Um egípcio, Nectanebo, viria a governar brevemente o Egito, que passaria outra vez para o domínio estrangeiro

                                                                Ptolomeu
Período Ptolomaico - 332-30 a.C.


Em 332 a.C. Alexandre, o Grande, tomou posse do Egito sem luta. Durante sua breve estada, iniciou a construção de Alexandria, que nos próximos cem anos tornar-se-ia a maior e mais opulenta cidade do mundo, com um grande centro de aprendizagem da cultura clássica, além do mais rico e movimentado porto, com um farol que faz parte das sete Maravilhas do Mundo Antigo e uma biblioteca que reunia a maior coleção de manuscritos do mundo.
Após a morte prematura de Alexandre, um de seus generais, Ptolomeu, repartiu o império entre outros militares e ascendeu ao trono do Egito. Ptolomeu nomeou-se faraó e declarou a independ6encia egípcia. Surgiu então um novo período de florescimento para o país do Nilo.
Durante os 250 anos seguintes, o Egito foi governado como país independente, com seus próprios interesses, mesmo que esses não fossem o da população local.
Os primeiros Ptolomeus foram bons regentes, anexando novos territórios ao Egito (coisa que não era feita há séculos). Ptolomeu II era chamado de Filadelfo ("amante da irmã"), pois casou-se com a irmã Arsione. Ptolomeu III conquistou a Babilônia e a Pérsia, trazendo grandes tesouros ao Nilo. Mas, com o passar do tempo, esses gregos tornaram-se inescrupulosos a ponto de perder a maioria das possessões egípcias. Passou a predominar na família real uma brutalidade singular, em que os assassinatos eram constantes. Ptolomeu V conseguiu perder todos os territórios estrangeiros; para ele não era tão importante seu monumento na ilha de Philae que mandou esculpir seu nome em grego para que seus amigos o pudessem ler. Ptolomeu VIII só pensava em festa; decorou seu quiosque em Philae com cenas de banquetes e dos deuses tocando instrumentos. Ele matou seu próprio filho, cortou o corpo em pedaços e o enviou para a mãe do garoto como presente de aniversário. Ptolomeu XII era chamado de Auletes ("o tocador de flauta"), pois só gostava de tocar flauta e evitava os deveres como rei do Egito.
Este último era o pai de Cleópatra VII, a mais famosa mulher da história e uma excelente governante. Ela foi à única ptolomáica que se identificou com os egípcios e tinha a ambição de restaurar o poder faraônico e a influência de seu país sobre o resto do Mediterrâneo. No entanto, seus ideais de conquistas e ambições provocaram a ira do influente Império Romano em ascensão. Com a morte de Cleópatra, o Egito faraônico deixou de existir. O reino, sob o controle dos lágidas há três séculos, foi transformado em província romana e submetido aos decretos do Senado de Roma.




Período Romano - 30 a.C. – 395 d.C.

Com a morte de Cleópatra VII, o Egito faraônico morreu. Em 30 a.C. o imperador romano Augusto transformou o país em mera província romana. Embora tenha permitido que a cultura local fosse mantida, o povo já não adorava seus governantes como deuses. O único elo entre a cultura egípcia original e o Egito romano era a religião, mais precisamente o culto à deusa Ísis.
                                                                     Deusa Isis
Em 395 d.C. esse único elo restante foi finalmente apagado. O imperador Constantino impôs o Cristianismo como a religião oficial do Estado. Assim, o Egito foi considerado uma província pagã. Seus sacerdotes (os remanescentes conhecedores da língua hieroglífica) foram mortos ou silenciados, e a língua egípcia com eles. Templos foram destruídos, imagens de deuses apagadas e esquecidas. O conhecimento profundo sobre o Egito Antigo só seria novamente revelado em 1922, com a tradução das linguagens hieroglíficas e demótica por Jean-François Champollion, através da Pedra de Roseta, encontrada pelas tropas de Napoleão.
Após a queda do Império Romano, os Árabes conquistaram o Egito e,desde então, ele se encontra como conhecemos hoje.




Cidades Egípcias
A seguir têm-se os nomes das principais cidades do Antigo Egito mais importantes desde o começo até o fim de todo o "Império".
 - Alexandria
 Mais de 2000 anos atrás Alexandria era a capital e a maior cidade do Egito. Hoje, entretanto, foi ultrapassada pela cidade do Cairo em tamanho e importância; Alexandria é o porto marítimo mais avançado do Egito e sua segunda maior cidade. Estradas, trens, e linhas aéreas conectam esta cidade com o Cairo.
Alexandre, o Grande, conquistou e fundou Alexandria em 322 a.C. A cidade litorânea foi projetada para controlar o comércio no Mediterrâneo entre a Grécia, que era o centro do império de Alexandre e a nova província egípcia capturada. Depois da morte de Alexandre, em 323 a.C., os generais deles dividiram o Egito em três dinastias principais.
Farol de Alexandria:

                                         Uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo
 Ptolomeu assumiu o governo do Egito com Alexandria como sua capital. Sob a Dinastia Ptolomaica, Alexandria era um porto muito movimentado e um centro difusor da cultura grega. Um farol foi construído na entrada do porto; tinha uma altura aproximada de 120 metros e foi considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo. A cidade era um centro renomado de ensino.
Euclídes escreveu seu texto sobre geometria em Alexandria, ficando conhecida como geometria euclidiana. A biblioteca da antiga Universidade (chamado de Museu, isto é, casa das Musas) guardou meio milhão de manuscritos, a maior coleção de escritos clássicos da antigüidade.
Na era Cristã, Alexandria logo desfrutou de proeminência no mundo romano como o centro difusor do Cristianismo. Muitos cristãos se mudaram para o deserto para viver como ermitões; depois, estes homens se uniram para formar comunidades monásticas poderosas.
A grandeza da Alexandria antiga terminou com a conquista árabe em 624 d.C. Os árabes construíram uma capital nova, Cairo, e negligenciaram a cidade mais velha, Alexandria. O Islã substituiu o Cristianismo como a religião principal.

- Giza
 É um subúrbio da capital egípcia. A sudoeste da cidade encontram-se as três grandes pirâmides dos faraós: Khufu, Khafre e Menkaure que datam da 4ª Dinastia, aproximadamente 2613 a 2494 a.C. Outros monumentos incluem a Esfinge, pirâmides menores, tumbas e templos. As indústrias de Giza são diversas.
Durante o domínio muçulmano, Giza era parte de uma linha de defesa do império, juntamente com a ilha de Rodes e com o Cairo.

- Tanis
 Cidade do Egito Antigo localizada no delta oriental do Nilo, era o principal porto marítimo e a capital do Egito na 21ª Dinastia. A cidade permaneceu importante até que a inundação do Lago Tanis (agora lago Mazala) acarretou seu abandono gradual durante o 4º século d.C Em 1866 o egiptologista alemão Karl Lepsius achou, em Tanis, uma inscrição conhecida como o Decreto de Canopus; como a Pedra de Rosetta, foi escrito em hieroglífico e em grego.

- Tebas

Capital do Egito Antigo, Tebas aumentou sua importância quando serviu como lar para várias famílias reais da 11ª Dinastia. Apesar dos reis da 12ª Dinastia morarem em Menphis, continuavam a honrar o deus de Tebas, Amon, e tornou-se novamente a capital do Império Egípcio durante as 17ª e 18ª Dinastias. Os reis da 19ª e 20ª Dinastias viveram mais ao norte mas, mesmo assim, continuaram a dedicar sua atenção à Tebas. Como o império começou a enfraquecer (1200 a.C.), Tebas, que era controlada por sacerdotes militaristas, foi dominada pelos assírios em 661 d.C. Tebas continuou sendo um centro importante até o domínio grego, mas, depois disso, recuou e agora consiste nas aldeias de Luxor e Karnak.
Em Luxor localizam-se o famoso Colosso de Amenhotep III, o Vale dos Reis e Rainhas, o Ramesseum e outros templos do necrotério real, e as tumbas finamente enfeitadas de altos funcionários do Egito Antigo.
Alguns monumentos de Tebas são muito bem preservados. O Templo de Amon, em Karnak, é o maior, cobrindo cerca de 133 acres e representando quase 2000 anos de construção egípcia.
Sociedade


A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras.Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida. 


Os Faraós eram Reis e Deuses

 No topo da pirâmide vem o faraó, com poderes ilimitados. Isso porque ele era visto como uma pessoa sagrada, divina, e aceito como filho de deus ou como o próprio dês. É o que se chama de governo teocrático, isto é, governo em nome de deus.

O faraó era um rei todo-poderoso, proprietário do país inteiro. Os campos, os desertos, as minas, s rios, os canais, os homens, as mulheres, o gado e todos os animais – tudo lhe pertencia. Ele era ao mesmo tempo rei, juiz, sacerdote, tesoureiro, general. Era ele que decidia e dirigia tudo, mas, não podendo estar em todos os lugares, distribuía encargos para centenas de funcionários eu o auxiliavam na administração do Egito. A sagrada figura do faraó era elemento básico para a unidade de todo o Egito. O povo via no faraó a sua própria sobrevivência e esperança de sua felicidade.

Os Sacerdotes
Os sacerdotes tinham enorme prestígio e poder, tanto espiritual quanto material, pois administravam as riquezas e os bens dos grandes e ricos templos. Eram também sábios do Egito, guardadores dos segredos das ciências e dos mistérios religiosos relacionados com seus inúmeros deuses.

 A Nobreza
 A nobreza era formada por parentes do faraó, altos funcionários e ricos senhores de terras.

 Os Escribas
Os escribas, provenientes das famílias ricas e poderosas, aprendiam a ler e a escrever e se dedicavam a registrar, documentar e contabilizar documentos e atividades da vida do Egito.

Os artesãos e Comerciantes
Os artesãos trabalhavam especialmente para os reis, para a nobreza e para os templos. Faziam belas peças de adorno, utensílios, estatuetas, máscaras funerárias Trabalhavam muito bem com madeira, cobre, bronze, ferro, ouro e marfim. Já os comerciantes se dedicavam ao comércio em nome dos reis e nobres ou em nome próprio, comprando, vendendo ou trocando produtos com outros povos, como cretenses, fenícios, povos da Somália, da Síria, da Núbia, etc. O comércio forçou a construção de grandes barcos cargueiros.

Os Camponeses
Os camponeses formavam a maior parte da população. Os trabalhadores dos campos eram organizados e controlados pelos funcionários do faraó, pois todas as terras eram do governo. As cheias do Nilo, os trabalhos de irrigação, semeadura, colheita e armazenamento dos grãos, obrigavam os camponeses a trabalhos pesados e mal remunerados. O pagamento geralmente era feito com uma pequena parte dos produtos colhidos e apenas o suficiente para sobreviverem. Viviam em cabanas humildes e vestiam-se de maneira muito simples. Os camponeses prestavam serviço também nas terras dos nobres e nos templos. O Egito ra essencialmente agrícola, pois não sobrava terra e vegetação suficiente para criar muitos rebanhos. À custa da pobreza dos camponeses era cultivado trigo, lentilhas, árvores frutíferas e videiras. Faziam pão, cerveja e vinho. O Nilo oferecia peixes em abundância.

Os Escravos
Os escravos eram, na maioria, capturados entre os vencidos nas guerras. Foram duramente forçados ao trabalho nas grandes construções, como nas pir6amides, por exemplo.



Faraós 
O Antigo Egito era governado por faraós que, além de monarcas, eram considerados deuses. Eles eram donos de todas as terras do Egito que eles governassem (isso se deu devido à separação do Alto e do Baixo Egito, surgindo assim dois faraós) e de toda a produção agrícola. Esses reis são divididos em dinastias que se sucederam nas várias épocas da história egípcia.
O Egito era dividido em dois: o Baixo Egito, no delta do Nilo, mais poderoso e ligado ao comércio, e o Alto Egito, essencialmente agrícola. Durante as primeiras dinastias, os mandatários do Baixo Egito usavam uma coroa vermelha e os do Alto Egito uma coroa branca. A coroa azul era usada como escudo de guerra.
Um dos primeiros faraós a ser desvelado para o mundo atual foi Menes (sua tumba foi descoberta em 1897).
Os monarcas casavam-se com membros da própria família real porque não queriam dividir o poder com outros clãs. Thutmose II casou-se com sua meia-irmã Hatshepsut. Entretanto, o faraó teve um filho, Thutmose III, com uma outra esposa; quando Thutmose II morreu o filho dele, Thutmose III se tornou faraó. Porém, Hatshepsut foi designada regente por causa da pouca idade do menino (o regente governava para o faro caso lê ainda não tivesse idade para ocupar o cargo).
Hatshepsut e Thutmose III governaram juntos até que Hatshepsut se declarou faraó. Vestida em trajes masculinos, Hatshepsut administrou os negócios da nação.
Thutmose III revoltou-se e tomou trono à força, matando Hatshepsut destruindo todos os santuários e estátuas que homenageavam a antiga governanta.
Ahkenaton e a sua rainha Nefertiti implantaram o monoteísmo no Egito, obrigando a adoração a Aton, o deus Sol. Eles construíram grandes estátuas a Aton e ordenaram que estátuas que honrassem qualquer outro deus fossem destruídas. Após a morte do casal real, politeísmo voltou a tona.
Tutankhamon só tinha nove anos quando se casou com a filha de Akhenaton e Nefertiti. O "rei menino" nunca se tornou um "rei adulto" porque morreu devido a uma pancada na cabeça provocada, provavelmente, por disputas pelo trono real.
Sob o domínio dos romanos, cabe ressaltar a mais famosa



Reis Egípcios
Abaixo segue uma lista com os nomes dos principais regentes do Antigo Egito, que deixaram suas marcas permanentes na história.

- Akhenaton
 Quando Amenófis IV (Akhenaton) recebeu a coroa, ele se deparou com um excessivo poder clerical. Os sacerdotes de Heliópolis desejavam que Rá fosse o deus-supremo de seu reinado; os hierofantes de Mênfis, por sua vez, desejavam Ptah e os de Tebas, Amon.
Amenófis IV, tentando neutralizar o poder religioso dos sacerdotes, não escolheu nenhum dos deuses sugeridos, mas sim, um deus até então secundário, Aton ("Raios do Sol").
O conflito com os sacerdotes de Amon foi tão grande que Amenófis IV muda a capital do Egito e confisca todos os bens dos templos de Amon e repassa-os para Aton. Ele próprio muda seu nome, retirando Amon (Amenófis IV) e colocando Aton (Akhenaton).
As reformas propostas por Akhenaton visavam a implantação do monoteísmo no Egito, em substituição ao panteão de deuses até então existentes. Imagens e inscrições de outros deuses foram todas destruídas, além do mais, a transferência da capital do país de Tebas para Akhetaton, foi uma forma de pressionar o povo a abandonar o politeísmo.
As reformas de Akhenaton não sobreviveram por muito tempo. Todo o tempo dele era dedicado à implantação das mudanças religiosas ocorrendo, daí, uma desintegração do Egito como império. Isto, combinado com a oposição dos sacerdotes politeístas, provocou o enfraquecimento de seu reinado.
Depois da morte de Akhenaton, a capital do país voltou a ser Tebas, bem como, os deuses anteriores restabelecidos.
Cabe ressaltar que Aton, idealizado por Akhenaton, foi o primeiro deus verdadeiramente ecumênico, não apenas dos egípcios, mas de todos os homens. Em última análise, Akhenaton tinha uma visão mais holística que Moisés, que pregava um deus único pertencente aos hebreus somente.
Akhenaton é considerado o fundador da Ordem Rosa-Cruz.

Cleópatra VII
Cleópatra VII, rainha do Egito, foi uma das mulheres mais fascinantes de todos os tempos. Ela tinha grande inteligência e beleza, usando-as politicamente em favor do Egito. Cleópatra assumiu o trono em 51 a.C.
Em 48 a.C César desembarcou no Egito em perseguição ao seu rival, Pompeu. Quando Cleópatra soube que César estava em seu palácio em Alexandria, ofereceu um tapete como um presente.
Cleópatra teve com César um filho chamado Cesário, que significa "pequeno César". Quando César voltou a Roma, ela o seguiu com o bebê e morou na vila de César fora de Roma onde ele constantemente a visitava.
Cleópatra voltou ao Egito, em 44 a.C., após o assassinato de César. Cleópatra nomeia seu filho Cesário como novo faraó após a morte do regente egípcio, provavelmente envenenado por ela.
O Império Romano foi tomado pela guerra civil que se seguiu após a morte de César. Marco Antônio, sucessor no trono romano, chamou Cleópatra para responder sobre um suposto auxílio que ela estava dando aos seus inimigos. A rainha chegou, vestida como Ísis, numa barcaça magnífica; ela deu boas-vindas a Marco Antônio com festas e entretenimentos. Fascinado por ela, ele a seguiu até Alexandria.
Depois de um inverno festivo com Cleópatra, Marco Antônio voltou a Roma. Ele se casou com Octávia, irmã de Otaviano (depois chamado de Augustus), contudo, ele ainda amava Cleópatra.
Otaviano descobriu a relação entre Marco Antônio e Cleópatra e declarou guerra aos dois. Marco Antônio e Cleópatra juntaram 500 navios, que ficaram bloqueados por Otaviano ao largo da costa oeste da Grécia, em 31 a.C., fato este, conhecido como Batalha de Actium.
Cleópatra escapou do bloqueio e Marco Antônio a seguiu, mas a frota deles se rendeu. No ano seguinte, Otaviano atacou Alexandria e novamente derrotou os dois.
Marco Antônio morreu nos braços de Cleópatra e ela, após, cometeu suicídio através da picada de uma serpente venenosa.

Tutankhamon

                                                       Múmia de Tutankhamon
Ele só tinha 18 anos quando morreu. Tutankhamon (originalmente Tutankhaton) deve sua fama principalmente ao fato da descoberta de sua tumba completamente intacta em 1922. Os artefatos notáveis da tumba, inclusive a sua máscara funerária, estão à mostra no Museu Egípcio do Cairo.Tutankhamon era possivelmente o filho de Amenófis IV e de sua esposa Nefertiti. Tutankhamon se tornou faraó após a morte do pai (1362 a.C.) e se casou com sua meia-irmã Ankhesenamon, para solidificar a sua ascensão ao poder.
A morte de Tutankhamon foi súbita e surpreendente, ao deixando nenhum herdeiro. Ele foi enterrado no Vele dos Reis, em Luxor.
Ankhesenamon, viúva de Tutankhamon, manda uma carta ao rei hitita Suppiluliuma onde relata suas preocupações:
"… o meu consorte morreu sem deixar herdeiros. Tu, pelo que se diz, tem muitos filhos. Se aceitas enviar-me um dos Teus filhos, Ele será o meu esposo e o Rei do Egito. Jamais me sujeitarei a desposar um dos meus servos e tenho medo dos demais…"
Zannanza, filho do rei hitita, foi enviado para casar com Ankhesenamon, mas foi morto ao ingressar em terras egípcias. Como o prazo de setenta dias necessários para o sepultamento de Tutankhamon tinham se passado e não havia nenhum herdeiro legal, Ay, o vizir de Tutankhamon casou-se com Ankhesenamon, sendo ele, provavelmente responsável pela morte do príncipe hitita e de Tuthankhamon, em sua ambição de chegar ao poder do Egito.
Das 60 tumbas do Vale dos Reis só a de Tutankhamon não foi descoberta e seus tesouros roubados. Não foi descoberto mais cedo em parte porque o nome dele, junto com o de outros faraós da mesma dinastia, estavam ausentes das listas reais da 19a Dinastia.

- Djoser
Era o segundo rei da 3a Dinastia, filho de Khasekhem (Khasekhemwy). Também conhecido como Netjerykhet, ele regeu durante quase duas décadas e construiu a pirâmide de Saqqara, projetada pelo seu vizir Imhotep. Durante o seu reinado, o Egito enfrentou sete anos de escassez de água e Djoser pediu ajuda a Imhotep para solucionar o problema; seu Sumo-Sacerdote sugeriu que ele erguesse um templo ao deus Khnum em Elefantino. Assim que o templo ficou pronto, milagrosamente, a escassez de água terminou, e Djoser e Imhotep foram imortalizados por esse ato de fé.

- Ramses II
 Da sua vida pessoal, quase nada se sabe. A sua primeira e favorita rainha foi Nefertari. O fato de, em Abu Simbel, o mais pequeno lhe ter sido dedicado, e à Deusa do Amor, mostra o afeto que existiu entre eles. Ela parece ter morrido comparativamente cedo, no reinado, e o seu belo túmulo, no Vale das Rainhas, em Tebas, é bastante conhecido.
Outra função dos faraós era travar batalhas constantes contra os invasores do Alto e do Baixo Egito. Quatro anos após Ramses II ter sucedido seu pai, Seti I, aos 25 anos, os inimigos de sempre dos egípcios, os Hititas, invadiram o Baixo Egito pelo norte. O inexperiente faraó juntou rapidamente um exército de 20000 homens, e marchou para a faixa de Gaza para enfrentar um exército hitita com quase o dobro de soldados. A batalha acabou, em termos territoriais, igual. Depois de muitas mais escaramuças, durante cerca de quinze anos, o sucessor de Muwatalli, Hatuusilis III, pediu um tratado de paz, que o Egito aceitou.
Este tratado durou o resto da vida de Ramses. No entanto foi muito ajudado pelo se casamento com Maat-Hor-Neferure em 1246 a.C., casamento este que por pouco não se realizava por causa de divergências quanto ao dote. Sabe-se também que, mais tarde, o faraó casou com outra filha do rei Hitita cujo nome se desconhece.
Numa época em que a expectativa de vida era, em média, de 40 anos, Ramses deve ter parecido quase imortal ao viver até os 92 anos, idade em que, finalmente e faraó vai para o "Mundo de Osíris".


Religião

A religião foi uma instituição dominante em todos os aspectos da vida egípcia. A princípio, foi acentuadamente politeísta; cada localidade possuía seus próprios deuses
A religião egípcia era repleta de mitos e crenças interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. 
As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida. Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.
Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para, uma outra vida boa aqueles de coração leve. Muitos animais também eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que apresentavam chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade nos rios e pântanos), serpente (poder de ataque), água (capacidade de voar), escaravelho (ligado a ressurreição).
A unificação política do país reduziu os inúmeros deuses locais a um conjunto de grandes deuses nacionais, no qual se destacam: Ptah, representado pelo boi Ápis; Hórus, filho do casal Osíris e Ísis, deus do céu e tronco da monarquia faraônica; Anúbis, deus do vale dos mortos e da mumificação; thoth, deus da escrita e do tempo; Maat, deusa da justiça; Nut, divindade celeste; Hathor, deusa da magia, entre outros.

Segundo a gênese egípcia, o mundo primordial era composto de um oceano primitivo (Num) e um botão de lótus, que continha Rá (deus sol). Rá ao se libertar, iluminou todo o Caos inicial e originou seus dois filhos divinos: Shu, o deus do Ar, e Tefnet, a deusa da Umidade. Deles nasceram Gheb, deus da Terra, e Nut, deusa do Céu. Gheb e Nut tiveram quatro filhos: Osíris, Seth, Ísis e Néftis..
A divindade mais popular era Osíris. Simboliza, muitas vezes, o próprio Nilo e seu nome estava ligado a uma lenda na qual seu irmão Seth o assassinara, reduzindo-lhe o corpo em pedaços. Recuperando a vida, graças a sua esposa Ísis, passou a habitar a morada dos deuses, onde julgava os mortais de acordo co suas ações na terra, no Tribunal de Osíris.
A tentativa de implantação do monoteísmo na religião egípcia foi feita por Amenófis IV, criando um novo culto que personificava todos os deuses em um único, Aton, representado pelo disco solar. Amenófis IV chegou a mudar a capital (Tebas) para uma nova cidade. Ikutaton – "horizontes de Aton", a fim de dominar completamente o poderoso clero tebano devotado ao antigo culto de Amon-Rá.
Com morte prematura de Amenófis IV, a reação sacerdotal contra a nova concepção religiosa fez-se sentir bem forte. Foi restaurado o culto a Amon-Rá, sendo que o sucessor de Amenófis IV trocou o nome de Tutankhaton para Tutankhamon.

Deuses

Anúbis: 
o deus-chacal, protetor do embalsamamento, curandeiros, e cirurgiões; na cura e em cerimônias de mumificação, Anúbis era a deidade protetora que preparava o morto e curava o vivo. É considerado que Anúbis é o grande deus-necrópole. Anúbis era uma deidade com a cabeça de chacal, que presidiu em cima do processo de embalsamamento e acompanhava reis mortos no pós-mundo. Quando os reis estavam sendo julgados por Osíris, Anúbis colocava os corações deles em um lado de uma balança e uma pena (representando Maat) no outro. O deus Thoth registrava os resultados que indicaram se o re poderia entrar no pós-mundo. Ele era o "senhor da Terra do Silêncio de Ocidente, a Terra dos Mortos, o preparador do caminho para o outro mundo".

Osíris
a história de Osíris pode ser interpretada de várias maneiras: primeiramente, nos relatos da criação do mundo, sua geração é a ultima a nascer e não representa mais elementos materiais do mundo (espaço, luz, terra, céu...). Osíris é rei, esposo e pai: ele representa a existência das estruturas normais da sociedade humana. Outra versão: Osíris morto, destruído e ressuscitado evoca o retorno da cheia todos os anos, a morte, o renascimento da vegetação e dos seres humanos. Por essa razão, ele é o deus dos mortos e do renascimento.
  
Hórus:
após encontrar o corpo de Osíris, Ísis tenta restituir-lhe a vida abanando suas asas sobre o marido. Nesta tentativa, a deusa é fecundada divinamente e fica grávida de Hórus.
Na maioridade, Hórus reúne os fiéis súditos de seu pai e sai à procura de seu tio Seth, assassino de seu pai. Quando se encontram, lutam por três dias e três noites. Derrotado, Seth arranca o olho esquerdo de Hórus e a Lua deixou de brilhar no Egito.
Ísis, que era irmã de Seth, pediu que Hórus poupasse a vida de seu tio mas, como resposta, teve sua cabeça decepada pela ira do filho. Thoth intervém no conflito curando Ísis e Seth, bem como, restituiu o olho perdido de Hórus. O conflito é resolvido num tribunal presidido por 

Thoth 
Como sentença final, Thoth deu o Baixo Egito para Hórus e o Alto Egito para Seth.que durou oitenta anos.
No solstício de inverno, a imagem de Hórus, sob forma de menino recém-nascido, era retirada do santuário para ser exposta à adoração da multidão.
Era considerado id6entico e feito "da mesma substância de seu pai, Osíris". Hórus é uma divindade solitária, não possuindo uma contrapartida feminina. Assim como seu pai, estava relacionado ao juízo das almas no mundo inferior, apresentando as almas ao Juiz Divino.
Thoth: é o deus da sabedoria e do mistério. Permanece imutável desde a sua origem, ao contrário dos outros deuses que sofreram alterações no decorrer das dinastias egípcias.
É o deus escrevente, o juiz, cuja sabedoria e autoridade é marcante sobre todos os outros deuses. Ele anota todos os pensamentos, palavras e ações dos homens durante a sua vida e as pesa na balança da justiça divina (carma).

Uma antiga oração para Hórus: 
"Por ele o mundo é julgado naquilo que contém. O céu e a Terra encontram-se sob sua presença imediata. Governa todos os seres humanos. O Sol dá volta segundo sua vontade. Produz abundância e a distribui pela Terra. Todos adoram sua beleza. Doce é seu amor em nós".

Hathor: 
deusa de muitas funções e atributos; representada, freqüentemente, como uma vaca ou uma mulher, ou como uma mulher com cabeça-vestido cornudo; o "Um Dourado"; era cultuada em Mênfis, Cusae, Guebelein, Dendera; é a deidade protetora da região mineira do Sinai; identificada, pelos gregos, com Afrodite. Fora enviada por Rá para limpar a terra. Depois matar todos que são opositores de rá, ela pediu para descansar e se tornou o equivalente à forma grega de Afrodite, a deusa do amor, fertilidade, mulheres, e também a protetora. Há muitos mitos que cercam a deusa Hathor.
Maat: deusa da verdade, direito e conduta em ordem; representada como uma mulher com uma pena de avestruz na cabeça. É dito que no julgamento do morto, ela segura as balanças que pesam o coração humano. Maat é a deusa da verdade e da justiça.
Maat nos lembra que o que fizermos aos outros, a nós será feito". É Maat, que protege os tribunais.

Néftis
irmã de Ísis; uma das quatro deusas protetoras que defendiam os caixões e o Canopus; com Ísis, agiu como lamentadora para Osíris e conseqüentemente para outras pessoas mortas; representada como uma mulher. Néftis é a filha de Nut, irmã de Ísis e esposa de Seth, o deus da desordem. Porém, as lealdades dela se fez inválidas, pois deitou-se com Osíris, com quem ela teve uma criança, Anúbis.
Quando seth descobriu quem era o pai, ele assassinou Osíris, e Néftis uniu-se a Ísis na procura do corpo de Osíris. Junto com a irmã dela, Ísis, ela ajuda e protege os mortos. Ela é representada como uma fêmea com um hieróglifo do nome dela em sua cabeça.

Ptah:
era o deus protetor da antiga capital do Egito, Mênfis, sendo o criador das artes. É venerado pelos trabalhadores manuais, particularmente pelos ourives. Tem como esposa a deusa guerreira Sekmet e por filho o deus Nefertum. Ptah criou o mundo pela sua palavra após concebe-lo em pensamento.

:
o primeiro dos deuses, criado a partir do cós inicial (Num), ele emergiu da escuridão numa flor de lótus. Esta flor ao abrir-se, liberou toda a luminosidade de Rá, iluminando tudo que existia. Também era conhecido como Amon-Rá, o deus Sol.
Foi um os deuses mais cultuados no antigo Egito. Amon e considerado o Sol espiritual do mundo, cheio de mistérios e senhor do Universo.
Amon produziu-se a si mesmo, sendo, portanto, "incriado". Criou a bondade no mundo em contrapartida ao mal produzido por Seth. Este deus criou o mundo e o mantém vivo com a cama ardente de seu calor solar.

Oração para Rá:
 "Senhor dos tronos da Terra... Senhor da verdade, Pai dos deuses, Criador do Homem, Criador dos animais. Senhor da existência, Iluminador da Terra, que navega tranqüilamente nos céus... Todos os corações se abrandam ao contemplá-lo, Soberano da vida, da saúde e da força! Adoramos teu espírito, o único que nos criou."

teve dois filhos: Chu e Tefnet. Depois que Rá ficou muito velho, deixou a coroa do Egito para seu filho Chu, que não teve a mesma capacidade de governar do pai. Chu não tem um papel de destaque na mitologia egípcia.

Uma lenda relata que Rá reinava num esplendido palácio no Egito iluminando a todos com seus raios solares e, à noite, brilhava no reino das trevas (Duat). Mas com o passar dos anos, ele ficou cada vez mais velho e sua popularidade entre seus súditos começou a declinar.
Rá indignado com os egípcios, resolveu punir a todos e convocou uma reunião na qual estavam presentes todos os deuses de seu panteão. Com medo da ira de Rá, a população fugiu para o deserto; o soberano chamou à sua presença a deusa Hathor e transformou-a em Sekhmet, deusa da guerra com cabeça de Leão, que iniciou uma matança geral no Egito.
Sekhmet ficou fora de controle de Rá, temeroso de que ela iria eliminar toda a humanidade, mandou que suas escravas preparassem uma cerveja com grãos vermelhos. A deusa da guerra pensando que fosse sangue bebeu este líquido e embreagou-se, não reconhecendo mais os homens. Dessa forma, Rá salvou a humanidade das mãos da terrível Sekhmet.
Rá, desgostoso de reinar, resolve subir aos céus e chama Num para ajudá-lo. Num transforma a deusa Nut numa vaca que, sustentada pelo deus do ar Chu, leva Rá para a morada dos deuses.
Rá devia combater todos os dias a serpente do mal Apópis, que representava as trevas e as tempestades; ele triunfava sempre, entretanto, nos dias que vacilava na luta, acontecia o eclipse solar (domínio de Apópis).



Chu 
casou-se com sua irmã Tefnet. Eles tiveram um casal de filhos que estavam predestinados a se apaixonarem, Nut e Gheb (pais de Osíris, Ísis, Seth e Néftis).
A irmã-esposa de Chu, Tefnet, 
era uma pálida sombra de seu marido e, freqüentemente, era representada como uma mulher com a cabeça de um leopardo.
Em um mito, um dos poucos onde ela é caracterizada, Tefnet se torna um leopardo e deixa sua casa divina nos céus e dirige-se para o Egito. Lá, ela encanta a terra e bebe profundamente o sangue das pessoas; somente a esperteza de Thoth faz com que ela volte aos céus. O povo do Egito celebrava este dia em um grande festival.
Rá costuma ser representado por um disco solar entre duas serpentes ou entre as asas de um falcão.





Ísis: 
Ísis é conhecida como a mãe divina e como esposa de Osíris e mãe de Hórus; Ísis é uma das quatro grandes deusas da proteção (Bastet, Néftis, e Hathor), guardando caixões e Canopus. Ísis é a irmã de Néftis com quem ela agiu como um Mourner divino para o morto e é divinamente representado pelo Ankh. No Novo Império, Filae era a principal região para o seu culto. Ela é também conhecida como a Rainha do Céu (semelhante a Astarde) e regimenta em cima de todos os assuntos relativos a vida, maternidade e feitiçaria. No mito da origem de Rá e o mundo, foi escrito que ela descobriu o nome de Rá encantando uma serpente venenosa para morde-lo. A serpente mordeu Rá e Ísis só poderia cura-lo se soubesse o verdadeiro nome de Rá. Sabendo o nome de Rá, ela teve poder igual ao dele e era, então, determinado todo o poder mágico dela e era conhecida como a feiticeira divina.

Outros dos mitos relacionam Ísis, Osíris e Hórus. Neste mito, Seth mata Osíris e difunde o corpo dele em dezesseis pedaços ao redor do mundo. Ísis vai achar estes pedaços enquanto ela está agüentando hórus. Durante este tempo, Osíris se tornou o senhor dos mortos. Hórus nasceu e foi vingar a morte de seu pai matando seth. Ísis viveu dali em diante como uma lamentadora divina na terra e no céu.



Seth: 
o deus das tempestades e violências; identificado com muitos animais, inclusive o porco, asno, e hipopótamo; representado como um animal do tipo não identificado; o irmão de Osíris e assassino do mesmo; o rival de Hórus; comparado pelos gregos com Tifon. Seth é o descendente de Gheb e Nut. Como o deus da desordem, ele era responsável por matar o irmão dele, Osíris. No dualístico conceito egípcio do cosmo, Seth é colocado em justaposição com Hórus, o deus que regeu a terra com a ordem e estabilidade. Seth é uma deidade animal com uma conversa curvada, orelhas altas e uma cauda ereta com uma seta na ponta. O animal que ele representa não foi identificado. Ele às vezes é retratado com um corpo humano e uma cabeça de pássaro comprida, semelhante em aparecimento com o deus Thoth


Bastet: 
uma deusa-gato cujo o culto a ela era feito em Bubastis no Delta; no Novo império, era considerada uma deidade beneficente. Ela foi vista como a protetora dos gatos, de mulheres, e proteção. Uma Deusa-gato, Bastet representa os aspectos mais protetores da maternidade, comparada com a agressiva deusa-leão Sekhmet. Com um corpo de uma mulher e a cabeça de um gato, ela é vista segurando, freqüentemente, um sistrum
 Bes: 


uma deidade-anã com características leoninas. Visto como um deus doméstico. Protetor contra serpentes e vários terrores; o ajudante de mulheres nos nascimentos de crianças. Este Deus-anão tem uma grotesca face máscara-igual e lábios protraídos. Ele que leva, freqüentemente, instrumentos musicais, facas ou hieróglifos representando proteção. Apesar do aparecimento dele, Bes é um protetor da família e é associado com sexualidade e parto



Apedemak: 
deus sudanês da guerra. Descrito com cabeça de um leão e corpo de humano. O elefante e o gado eram sagrados para ele.

Outros deuses:

Selkhet: uma deusa-escorpião, identificada com o calor abrasador do Sol; uma das quatro "deusas-protetoras" guardando caixões e Canopus; às vezes é mostrada como mulher com um escorpião na cabeça. Ela é a protetora do Canopus com figura de falcão. Ela era ajudada por Ísis, Néftis e Neith.

Neith: deusa de Sais; representada como uma mulher que usa a coroa vermelha; o emblema dela é um escudo com setas cruzadas; umas das quatro "deusas-protetoras" no qual defendia os caixões e Canopus; identificada pelos gregos como Atenas. Uma deusa com a guerra e suavidade, Neith é uma personagem importante do culto funerário, junto com Ísis, Néftis e Selknet. Ela é descrita, normalmente, usando uma coroa vermelha do Baixo Egito.

 Khnum: deus-carneiro de Elefantino, deus da região-catarata; pensou ter moldado o homem na roda de um oleiro. Um cornudo-forte, Deus-carneiro, que é descrito criando, freqüentemente, os humanos na roda, Khnum emergiu de duas cavernas no mundo subterrâneo no oceano de Num. Ele era o deus da Primavera Catarata do Nilo no Alto Egito e controlava a fertilidade enviando para a metade das águas do rio para o sul e outra para o norte.

 Sobek: deus-crocodilo, muito venerado no Baixo Egito, nos nomos próximos às margens do Nilo.

Nekhbet: deusa-abutre protegia com suas asas os soberanos do Alto Egito.

Ureu: Deusa-serpente venerada no Baixo Egito.
Sekhmet: uma deusa-leão adorada na região de Mênfis; a esposa de Ptah; ela leva a destruição aos inimigos de Rá. Sekhmet é descrita como uma mulher com a cabeça de leão que usa um disco do Sol e um uraeus (naja). Ela era uma deusa importante na capital Tebana durante o Novo Império. O nome dela significa "ela que é poderosa", e como tal, ela personifica os aspectos agressivos de deidades fêmeas.

Tauret: deusa-hipopótamo que protegia os nascimentos nesta e na vida além-túmulo.
Heqet: deusa cabeça de rã ligada ao parto e à ressurreição. Seu marido deu forma aos homens a partir da argila.

Nefertum: o deus do loto e conseqüentemente de ungüentos; adorado em Mênfis como filho de Ptah e Sekhmet, representado como um homem com a cabeça vestida com uma flor de Lótus.

Tefnet; a deusa da umidade; com Shu que forma o primeiro par Heliopolitano. Tefnet simboliza o ar úmido ou corrosivo que provoca mudanças e cria conceitos de tempo. Shu e Tefnet são os descendentes de Rá (ou Atum, uma forma do deus-sol), um deus cósmico primordial, progenitor dos elementos do universo.

Num: deus do caos primordial, Num também foi visto como a água primordial da qual os deuses, terra e humanos foram criados do caos dos quais a ordem foi criada.

Amon-Rá: o grande deus de Tebas de origem incerta; representado como um homem, o sol; é identificado com Rá, após a união do deus Amon com Rá; os animais sagrados deles eram o carneiro e o ganso.

Amon: chefe dos deuses durante o Novo Império, Amon foi descrito como um homem com duas plumagens altas que sobem sobre sua cabeça, ou como um carneiro ou um ganso. Ele, a esposa dele, Mut, e o filho deles, Khonsu, representaram a Tríade Tébana, a família sagrada de Tebas. Amon subiu em proeminência, mas não se tornou uma deidade estatal. Ele era associado com o deus Rá e venerado como deus Amon-Rá.

Ammit: descrito como sr que possui o "traseiro" de um hipopótamo, à frente de um leão e a cabeça de um crocodilo. Ammit "devorava" os corações dos que foram julgados culpaos, quando o coração deles forem mais pesados no pós-mundo.

Anat: deusa de origem Síria, possui caráter bélico; é representada como uma mulher que segura um escudo e um machado.

Anukis: deusa da região-catarata em Aswan; a esposa de Khnum; representada como uma mulher com uma pena alta vestindo a cabeça.

 Arsaphes: deus-carneiro de Heracleópolis.

Astarte: deusa de origem Síria; introduzida no Egito durante a 18a Dinastia. Ela também é freqüentemente conhecida como a Rainha do Céu e o culto dela em tempos se sobrepuseram aos adoradores de Ísis.
 Aton: deus do disco solar, adorado como o grande deus criador por Akhenatom.
Atum: o deus-sol original de Heliópolis, depois identificado com Rá; é representado como um homem. Um deus cósmico primordial, Atum é o deus sol como criador, a substância da qual toda a criação desfraldou. Ele é o Senhor do Universo. Na forma humana dele, ele representa o rei do Egito que usa a Coroa Dupla do Egito.

Gheb: o deus-terra; marido de Nut; o sócio de Heliópolis; representado como um homem. Estes dois deuses encarnam os opostos. O deus da terra, Gheb, que representa a terra seca, é o marido de Nut, a deusa do céu e que representa o céu, uma imagem espelho das águas do mar.

Hapi: deus do Nilo em época de inundação; representado como um homem de peitos cheios, pesados, uma aglomeração de papiros em sua cabeça e segurando mesas de oferendas. Hapi, o que traz abundância, controlava a inundação anual do Nilo, que fertiliza as suas margens. Esta deidade é descrita como um homem que tem plantas na cabeça e que segura uma mesa de oferendas com produtos providos da terra.

Haroeris: uma forma de Hórus, o "Hórus mais velho"; identificado como o deus falcão e particularmente o protetor do Faraó.

Harpócrates: uma forma recente de Hórus no aspecto de filho de Ísis e Osíris; representado como uma criança desnuda usando a fechadura de mocidade e segurando um dedo em sua boca.
Harsiesis: Uma forma de Hórus, especificamente designado "o filho de Ísis".
Hat-mehit: deusa-peixe da região de Mendes no Delta; às veze
representada como uma mulher com um peixe na cabeça.

Imhotep: o principal ministro divinizado de Dsojer e arquiteto da pirâmide do Passo; no Novo império, fora venerado como o deus da aprendizagem e medicamento; representado como um homem sentado que segura um papiro aberto; comparado pelos gregos com Asclépios.

Khepri: o deus escaravelho-besouro, identificado com Rá como um deus-criador, freqüentemente representado por um besouro dentro do disco solar.

Khonsu: o deus-lua, representado como um homem; com Amon e Mut como pai e mãe, eles formam a Tríade Tébana. Ele é freqüentemente descrito com a cabeça de um falcão sobrepujada com uma lua crescente e um disco lunar. Khonsu também é visto como uma mocidade com uma fechadura lateral no cabelo e uma lua crescente e um disco lunar em sua cabeça.

 Min: o deus primordial de Coptos; depois venerado como um deus da fertilidade e aproximadamente associado com Amon; representado como uma estátua humana. Um humano ou um deus mumificador, Min é descrito com um falo ereto. Ele leva um mangual na mão direita, que se encontra elevada, e usa uma coroa com duas plumagens. Ele é o protetor da fertilidade e das viagens no deserto.

Month: originalmente a deidade local de Hermontis, sul de Tebas; depois deusa da guerra do Faraó, representada com uma cabeça de falcão.

Mut: a esposa divina de Amon; o deu culto era feito na região de Asheru, sul do templo principal de Amon-Rá em Karnak; originalmente uma deusa-abutre, depois normalmente representada como uma mulher. Mut, Amon, e seu filho, Khonsu, representavam a Tríade Tébana, a família sagrada de Tebas.

Neheb-kau: uma deidade serpente do submundo, às vezes representado com o corpo de um homem segurando o olho de Hórus.

Nut: a deusa-céu esposa de Gheb, o deus-terra; representada como uma mulher, o corpo desnudo dela é curvado para formar o arco dos céus. Nut é retratada como uma mulher de corpo curvado coberto com estrelas. Ela é filha de Shu e Tefnet.

Onuris: deus do Isto no Alto Egito; o caçador divino; representado como um homem.

Rá-harakhty: Um deus na forma de falcão, encarnando as características de Rá e Hórus.

Ptah-seker-osíris: deidade composta, incorporando os deuses principais da criação, morte e o pós-vida; representado como Osíris mumificado.

Qadesh: deusa de origem síria, freqüentemente representada como uma mulher que se levanta em um leão.

Reshef: deus da guerra e trovão, de origem síria.

Sarapis: um deus introduzido no Egito no período Ptolomaico que tem as características do deus egípcio (Osíris) e o grego (Zeus); representado como um homem barbudo que na cabeça um vestido de modius.

Satis: uma deusa da Ilha de Siheil na região-catarata; representada como uma mulher que usa uma coroa branca com um chifre de antílope; a filha de Khnum e Anukis. Seshat: a deusa da escritura; a guardiã divina dos anéis reais; representada como uma mulher.


Shu: o deus do ar; com Tefnet, formou o primeiro par de deuses Heliopolitanos; mostrado freqüentemente como um homem que separa Nut (céu) de Gheb (terra). Shu é um deus masculino que é emparelhado com a irmã dele, Tefnet. Juntos eles representam os dois princípios fundamentais da existência humana. Shu simboliza ar seco e a força da preservação. Shu e Tefnut são os descentes de Rá (ou Atum, uma forma do deus-sol), um deus cósmico primordial, progenitor dos elementos do universo.

Sokaris: um deus com cabeça de falcão de necrópole; a região de seu culto é em Mênfis.

Sopdu: o antigo deus-falcão deel-hena de Saft no Delta; um deus-guerreiro, protetor da fronteira oriental; representado freqüentemente como um guerreiro asiático.

Sothis: a estrela-cachorro Sírius, defendida como uma deusa; mostrada como uma mulher com uma estrela em sua cabeça.

Tatjenen: o deus-terra primordial de Mênfis, depois foi identificado com Ptah.

Unnefer: um nome que significa "aquele que é continuamente feliz", dado a Osíris após sua ressurreição.

Wepwawet: o deus-chacal de Asyut no Médio Império; um deus da necrópole e um vingador de Osíris

A escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de idéias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas principais de escrita: a escrita demótica (mais simplificada e usada para assuntos do cotidiano) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado papiro, que era produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos. 
A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).  
A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.




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Revista National Geographic, fevereiro 2008              1
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FENÍCIA

Fenícia foi uma antiga civilização cujo epicentro se localizava no norte da antiga  e Canaã, ao longo das regiões litorâneas dos atuais Líbano, Síria e norte de Israel . A civilização fenícia foi uma cultura comercial marítima empreendedora que se espalhou por todo o Mar Mediterrâneo durante o período que foi de 1500 a.C. a 300 a.C. Os fenícios realizavam comércio através da galé, um veículo movido a velas e remos, e são creditados como os inventores dos birremes.
Não se conhece com exatidão a que ponto os fenícios viam a si próprios como uma única etnia; sua civilização estava organizada em cidades-estado, de maneira semelhante à Grécia Antiga; cada uma destas constituía uma unidade política independente, que frequentemente se entravam em conflito e podiam dominar umas as outras - embora também colaborassem através de ligas e alianças. Embora as fronteiras antigas destas culturas antigas fossem incertas e inconstantes, a cidade de Tiro parece ter marcado seu ponto mais meridional. Sarepta (atual Sarafant), entre Sídon e Tiro, é a cidade mais extensivamente escavada pelos arqueólogos em território fenício.
Os fenícios foram a primeira sociedade a fazer uso extenso, a nível estatal, do alfabeto. O alfabeto fonético fenício é tido como o ancestral de todos os alfabetos modernos, embora não representasse as vogais (que foram adicionadas mais tarde pelos gregos). Os fenícios falavam o idioma fenício, que pertence ao grupo caananita da família linguística semita. Através do comércio marítimo, os fenícios espalharam o uso do alfabeto até o Norte da África e Europa, onde foi adotado pelos antigos gregos, que o passaram aos etrucos, que por sua vez o repassaram aos romanos Além de suas diversas inscrições, os fenícios deixaram diversos outros tipos de fontes escritas, porém poucas sobreviveram até os dias de hoje. A Preparação Evangélica, de Eusébio de Cesareia, faz citações extensas de Filo de Biblos e Sanconiaton.



Revista Novo Conhecer (1977) A Potência Fenícia







CIVILIZAÇÃO HELENÍSTICA


Revista Novo Conhecer (1977)   - Civilização Helenística