sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

CHUVA…



Chuva!
Chuva abundante de um lado,
de outro a longa estiagem.
As mãos calejadas dos velhos,
trêmulas pela forte emoção,
lançam sementes na terra sedenta,
regada de esperança no viço da plantação.
Quando a chuva cai no sertão,
e, apesar  do solo desnutrido,
os brotos cobrem o chão,
o pobre povo sofrido
abre o peito e solta o grito,
cheio de felicidade no coração.
Nas taperas enfeitadas de flores,
as famílias dos moradores,
ainda que, apenas por algum tempo,
suprida a falta de alimento,
toca a sanfona em oração,
elevando ao Pai a sua gratidão.
Ah, meu Deus, permiti, a partir de agora,
que a chuva não vá mais embora!
Que seja constante a alegria
na terra, n’alma e no coração!
Por favor, Senhor,não deixeis mais a agonia
chegar perto do meu sertão!
SP
Julho/06
Alceu Sebastião Costa

Um comentário:

  1. Navegando pelo Google, deparei-me com esta inusitada postagem do poema Chuva,da nossa lavra.
    Emocionado e feliz, agradeço a sua atenção e carinho.
    Abraço fraterno.
    Alceu Sebastião Costa

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